Modelo de Absolvição por Fragilidade Probatória em Caso de Estupro de Vulnerável

Publicado em: 12/09/2024 Direito Penal Processo Penal
Recurso Especial busca a absolvição de acusado de estupro de vulnerável, argumentando a fragilidade do conjunto probatório e a violação do princípio da presunção de inocência.

RECURSO ESPECIAL

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RECORRENTE: [Nome do Recorrente]

RECORRIDO: Ministério Público do Estado do Piauí

PROCESSO Nº: [Número do Processo]

COLENDA TURMA,

EMÉRITOS MINISTROS,

RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL

I. DO CABIMENTO

O presente Recurso Especial encontra amparo no art. 105, III, “a”, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), em face de violação do art. 155 do Código de Processo Penal (CPP).

II. DA TEMPESTIVIDADE

O presente recurso é tempestivo, tendo sido interposto dentro do prazo legal de 15 dias, conforme comprova o documento incluso.

III. DOS FATOS

O Recorrente foi condenado pela prática do crime de estupro de vulnerável, com base, principalmente, no depoimento da vítima. A defesa pugnou pela absolvição, argumentando a fragilidade do conjunto probatório, especialmente pela ausência de materialidade e pela contradição entre o depoimento da vítima e outras provas. O Tribunal de Justiça do Estado do Piauí negou provimento ao recurso de apelação, mantendo a condenação.

IV. DO DIREITO

a) Violação ao CPP, art. 155

O acórdão recorrido violou o CPP, art. 155, que exige um conjunto probatório robusto para embasar uma condenação criminal. No presente caso, o depoimento da vítima, embora relevante, mostrou-se contraditório e isolado, não encontrando"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos: O Recorrente foi condenado com base, principalmente, no depoimento da vítima, que se mostrou contraditório e não corroborado por outras provas. A defesa sustenta a insuficiência de provas para a condenação.

Direito: O Recurso Especial alega violação ao CPP, art. 155, que exige um conjunto probatório robusto para a condenação, e aos princípios da presunção de inocência, in dubio pro reo e ampla defesa.

Considerações Finais: A peça processual busca a reforma da decisão condenatória, destacando a importância da observância dos princípios constitucionais e da necessidade de provas sólidas para embasar uma condenação criminal, especialmente em casos de crimes sexuais, onde a palavra da vítima deve ser analisada com cautela e em conjunto com outras evidências.

 

TÍTULO:
RECURSO ESPECIAL EM DEFESA DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA NO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL


1. Introdução:

O Recurso Especial tem como objetivo discutir a decisão condenatória imposta ao acusado de estupro de vulnerável. A defesa sustenta que a condenação foi baseada em um conjunto probatório frágil, ferindo assim o princípio constitucional da presunção de inocência. A análise do tema exige examinar o alcance e os limites dos direitos e garantias processuais, como o in dubio pro reo e a ampla defesa, que são assegurados pela CF/88, art. 5º, LVII e pelo CPP, art. 155.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LVII: Garantia da presunção de inocência até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

CPP, art. 155: Determina que o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova, mas só poderá condenar com base em elementos concretos.

Jurisprudência:

Presunção de Inocência

In Dubio Pro Reo


2. Recurso Especial:

O Recurso Especial no processo penal tem por finalidade corrigir decisões judiciais que violam dispositivos legais ou constitucionais. No caso do estupro de vulnerável, a defesa busca demonstrar que o acórdão violou princípios fundamentais, como a presunção de inocência e o princípio da ampla defesa, devido à fragilidade das provas apresentadas.

Legislação:

CPC/2015, art. 1.029: Disciplinamento do cabimento de Recurso Especial.

Jurisprudência:

Recurso Especial

Fragilidade Probatória


3. Estupro de Vulnerável:

O crime de estupro de vulnerável é previsto no CP, art. 217-A, sendo caracterizado pela prática de ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos ou que, por qualquer razão, não tenha o discernimento necessário para a prática do ato. O debate jurídico centra-se na necessidade de provas robustas, dada a gravidade da acusação e o impacto de uma condenação.

Legislação:

CP, art. 217-A: Configura o crime de estupro de vulnerável e estabelece as penas correspondentes.

Jurisprudência:

Estupro de Vulnerável

Conjunto Probatório


4. Fragilidade Probatória:

O conjunto probatório é considerado frágil quando não há provas robustas e convincentes que sustentem a condenação. No caso em tela, a defesa argumenta que a decisão de primeira instância foi proferida com base em indícios insuficientes e relatos contraditórios. A condenação sem provas concretas viola o princípio do in dubio pro reo e a presunção de inocência.

Legislação:

CPP, art. 155: Provas obtidas por meios ilícitos ou insuficientes não podem sustentar uma condenação.

Jurisprudência:

Fragilidade Probatória

Presunção de Inocência


5. Presunção de Inocência:

A presunção de inocência é um princípio constitucional garantido pela CF/88, art. 5º, LVII. Este princípio estabelece que o réu deve ser considerado inocente até que a sua culpabilidade seja provada de maneira irrefutável. A decisão que condena com base em provas frágeis ou insuficientes ofende diretamente esse preceito.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LVII: Assegura a presunção de inocência.

Jurisprudência:

Presunção de Inocência

In Dubio Pro Reo


6. In Dubio Pro Reo:

O princípio do in dubio pro reo garante que, na ausência de provas suficientes, o juiz deve decidir em favor do réu. A defesa argumenta que, neste caso, as evidências apresentadas são contraditórias e insuficientes para uma condenação.

Legislação:

CPP, art. 386, VII: Determina a absolvição do réu quando não houver provas suficientes para a condenação.

Jurisprudência:

In Dubio Pro Reo

Provas Insuficientes


7. Ampla Defesa:

O direito à ampla defesa está previsto na CF/88, art. 5º, LV e assegura que o acusado tenha todos os meios legais para se defender. A decisão condenatória, baseada em provas insuficientes, viola esse princípio fundamental, pois impede a efetiva defesa do acusado.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LV: Garante o direito à ampla defesa e ao contraditório.

Jurisprudência:

Ampla Defesa

Contraditório


8. CPP, art. 155:

O CPP, art. 155 estabelece que o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova, mas não pode condenar com base apenas em elementos obtidos durante a fase investigativa. Esse dispositivo reforça a necessidade de provas concretas e irrefutáveis para sustentar uma condenação penal.

Legislação:

CPP, art. 155: Limita a utilização de provas obtidas na fase investigativa como base exclusiva para a condenação.

Jurisprudência:

CPP, art. 155

Livre Apreciação das Provas


9. Alcance e Limites da Atuação de Cada Parte:

A atuação de cada parte no processo penal é regulada pelo princípio da paridade de armas, ou seja, tanto a acusação quanto a defesa devem ter igualdade de condições. A defesa argumenta que, nesse caso, a condenação foi desproporcional à atuação da defesa, violando o direito à ampla defesa e ao contraditório.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LV: Garante a paridade de armas no processo judicial.

Jurisprudência:

Paridade de Armas

Ampla Defesa e Contraditório


Considerações Finais:

Este Recurso Especial busca a absolvição do acusado, destacando a fragilidade probatória e a violação dos princípios constitucionais da presunção de inocência e do in dubio pro reo. Em processos penais, a robustez das provas é imprescindível para assegurar que uma condenação seja justa e imparcial. A falta de elementos concretos que comprovem a culpabilidade do réu impõe a absolvição, nos moldes do princípio da presunção de inocência, garantido pela CF/88, art. 5º, LVII, e o princípio do in dubio pro reo, ambos essenciais para garantir uma decisão justa e pautada na verdade real dos fatos. Assim, o recurso deve ser provido para reformar a decisão condenatória, assegurando que a justiça seja feita com base em provas robustas e convincentes.

 

 

 


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