
A Legalidade do Uso de Inteligência Artificial como Sistema de Aprendizado Adaptativo para Alunos com Neurodiversidades: Princípios Constitucionais, Inclusão e Responsabilidades
Este documento aborda a legalidade do uso de Inteligência Artificial (IA) como ferramenta de aprendizado adaptativo voltada para o desenvolvimento de habilidades sociais em alunos com neurodiversidades. Analisa os fundamentos constitucionais, como o direito à educação e a inclusão, bem como as legislações infraconstitucionais, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Lei Geral de Proteção de Dados. Discute os benefícios, princípios aplicáveis e limitações éticas e legais, destacando a importância da proteção de dados, acessibilidade e inclusão educacional.
Publicado em: 18/03/2025 CivelConsumidorÉticaFilosofia AdvogadoA LEGALIDADE DO USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO SISTEMA DE APRENDIZADO ADAPTATIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS DE ALUNOS COM NEURODIVERSIDADES
O presente artigo tem como objetivo analisar a legalidade do uso de Inteligência Artificial (IA) como ferramenta de aprendizado adaptativo voltada ao desenvolvimento de habilidades sociais de alunos com neurodiversidades, observando os princípios constitucionais e legais aplicáveis. A aplicação de tecnologias avançadas no âmbito educacional é um tema que desperta debates relevantes no campo jurídico, especialmente quando focada em grupos que demandam atendimento especializado, como é o caso das pessoas neurodivergentes.
O DIREITO À EDUCAÇÃO E A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NEURODIVERSIDADES
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) estabelece a educação como um dos direitos sociais fundamentais, garantindo a todos os indivíduos acesso à educação de qualidade e a igualdade de oportunidades (CF/88, art. 6º). No caso de pessoas com neurodiversidades, esse direito é reforçado pelo princípio da inclusão, consagrado no art. 205 da CF/88, que define a educação como um meio para o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A legislação infraconstitucional também sustenta esse direito, com destaque para o Estatuto da Pessoa com Deficiência ( Lei 13.146/2015), cujo art. 28 impõe ao poder público e às instituições educacionais a oferta de acessibilidade e o uso de tecnologias assistivas para garantir a inclusão educacional.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O APRENDIZADO ADAPTATIVO
A Inteligência Artificial aplicada à educação consiste no uso de algoritmos e sistemas computacionais que se adaptam às necessidades específicas de cada aluno, promovendo um aprendizado personalizado e eficiente. No caso de alunos com neurodiversidades, essas tecnologias podem ser configuradas para auxiliar no desenvolvimento de habilidades sociais, como comunicação, empatia e interação interpessoal.
A utilização de sistemas de aprendizado adaptativo encontra respaldo legal no
art. 209 da CF/88, que permite a atuação de instituições privadas na oferta de
educação, desde que seja garantido o cumprimento das normas gerais da educação nacional. Além disso,
tais ferramentas podem ser compreendidas como tecnologias assistivas, conforme definido
pelo Estatuto da Pessoa c...Para ter acesso a todo conteúdo deste artigo jurídico Adquira um dos planos de acesso do site abaixo: