Aplicabilidade Prática do Legal Design na Redação de Petições Iniciais: Otimização de Resultados Processuais com Fundamentação Constitucional, Legal e Doutrinária

Aplicabilidade Prática do Legal Design na Redação de Petições Iniciais: Otimização de Resultados Processuais com Fundamentação Constitucional, Legal e Doutrinária

Este documento aborda de forma detalhada a utilização do Legal Design na confecção de petições iniciais, destacando sua capacidade de otimizar resultados processuais por meio de maior clareza, objetividade e eficiência na comunicação jurídica. Analisa os principais fundamentos constitucionais (acesso à justiça, devido processo legal, eficiência), dispositivos legais do Código Civil, Código de Processo Civil, legislação específica e Código Penal/Processo Penal, bem como aspectos doutrinários que embasam a adoção do Legal Design. São apresentadas estratégias práticas para aplicação, exemplos de peças processuais e os impactos positivos da metodologia para advogados e para o Judiciário, fortalecendo a efetividade da tutela jurisdicional e o acesso à justiça.

Publicado em: 19/04/2025 AdvogadoCivelProcesso CivilConstitucional

A APLICABILIDADE PRÁTICA DO LEGAL DESIGN NA REDAÇÃO DE PETIÇÕES INICIAIS PARA OTIMIZAR RESULTADOS PROCESSUAIS

INTRODUÇÃO

A otimização dos resultados processuais é um desafio constante para a advocacia contemporânea, especialmente diante de um cenário marcado pelo alto volume de demandas e pela crescente complexidade das relações jurídicas. Nesse contexto, desponta o Legal Design como ferramenta inovadora para a redação de petições iniciais, proporcionando maior clareza, objetividade e efetividade na comunicação com o Poder Judiciário. Este artigo analisa, sob uma perspectiva constitucional, legal e doutrinária, a aplicabilidade prática do Legal Design na confecção de petições iniciais, destacando fundamentos normativos e exemplos concretos para a atuação advocatícia.

CONCEITO E ORIGEM DO LEGAL DESIGN

O Legal Design pode ser definido como uma metodologia que emprega técnicas de design, usabilidade, linguagem clara e visual law para tornar a comunicação jurídica mais acessível, compreensível e eficiente. Seu objetivo é facilitar a compreensão e a tomada de decisão por parte de todos os atores do processo, inclusive magistrados, servidores e partes. Originado nas universidades norte-americanas, o Legal Design encontrou espaço no Brasil como resposta à necessidade de aprimorar a comunicação jurídica, tradicionalmente marcada por excessiva formalidade e linguagem hermética.

FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS

A aplicação do Legal Design na redação de petições iniciais encontra respaldo em diversos preceitos constitucionais que orientam o processo judicial brasileiro. Destaca-se o princípio do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), que exige não apenas a observância de formas processuais, mas também a garantia de acesso efetivo à justiça e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, XXXV e LV).

Ademais, a eficiência da administração pública (CF/88, art. 37, caput) e o direito à informação (CF/88, art. 5º, XIV) reforçam a necessidade de uma comunicação processual clara, acessível e objetiva. A Constituição também prevê, no art. 10, §1º, que “os atos processuais devem ser realizados de forma a garantir a compreensão pelas partes, salvo disposição legal em contrário” (CF/88, art. 10, §1º), fundamento que dialoga diretamente com os propósitos do Legal Design.

FUNDAMENTOS LEGAIS DA APLICAÇÃO DO LEGAL DESIGN

1. CÓDIGO CIVIL

O Código Civil estabelece, em seu art. 11, §1º, III, a proteção da dignidade da pessoa humana e o respeito à clareza e à transparência das relações jurídicas (CCB/2002, art. 11, §1º, III). A clareza na redação de atos processuais está, portanto, alinhada à proteção dos direitos fundamentais e à promoção da segurança jurídica.

2. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

A Lei 7.250/2014 (art. 50) reforça a necessidade de linguagem clara e acessível nos documentos públicos e processuais, visando à democratização da informação e ao fortalecimento do direito de acesso à justiça.

3. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

O Código de Processo Civil de 2015 trouxe inovações relevantes, destacando-se o art. 319, que elenca os requisitos da petição inicial, exigindo a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos de forma clara e precisa (CPC/2015, art. 319). A adoção de Legal Design potencializa o atendimento a tais requisitos, evitando indeferimentos por inépcia ou obscuridade.

4. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL E CÓDIGO PENAL

No âmbito penal, o CPP (art. 12) e o CP (art. 284, §1º) também demandam clareza e precisão na exposição dos fatos e na formulação dos pedidos e acusações, o que reforça a importância das técnicas do Legal Design para a efetividade processual.

ASPECTOS DOUTRINÁRIOS E A IMPORTÂNCIA DO LEGAL DESIGN NA ADVOCACIA

A doutrina contemporânea defende que a clareza, a objetividade e a estrutura lógica das peças processuais são condições essenciais para a eficácia da tutela jurisdicional. O Legal Design, ao propor o uso de linguagem simples, organização visual (tabelas, bullet points, destaques), fluxogramas e outros recursos gráficos, viabiliza a superação do excesso de formalismo e promove a compreensão imediata do pedido e dos fundamentos.

Para o advogado, a adoção do Legal Design representa uma evolução na prática profissional, pois possibilita a redução de indeferimentos, acelera o processamento das demandas e fortalece o diálogo com o Judiciário, tornando as petições iniciais ferramentas mais persuasivas e efetivas.

APLICABILIDADE PRÁTICA: ESTRATÉGIAS DE LEGAL DESIGN NA REDAÇÃO DE PETIÇÕES INICIAIS

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