Jurisprudência Selecionada
1 - TST AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA PETROBRAS . LEI 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA ECONÔMICA RECONHECIDA.
Em relação à transcendência econômica, esta Turma estabeleceu como referência, para o recurso da empresa, os valores fixados no CPC, art. 496, § 3º, conforme seu âmbito de atuação. No caso, o fato de se discutir condenação que inclui o pagamento de multa de R$10.000,00 por dia de descumprimento e por trabalhador afetado, e, ainda, por se tratar de categoria profissional composta por numeroso grupo de empregados, é de se reconhecer que tal pressuposto foi preenchido. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO ATENDIMENTO DA EXIGÊNCIA CONTIDA NO art. 896, §1º-A, IV, DA CLT. TRANSCENDÊNCIA NÃO EXAMINADA . A parte recorrente deverá demonstrar, de forma inequívoca, que provocou a Corte de origem no que se refere à matéria desprovida de fundamentação. É imprescindível transcrever o trecho pertinente da petição de embargos de declaração e o do seu respectivo acórdão, para possibilitar o cotejo entre ambos. No caso, a parte transcreveu integralmente a petição de embargos de declaração, sem a delimitação dos trechos em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre a questão veiculada no agravo de petição, apenas mantendo os destaques originais . Inexistindo a delimitação dos pontos suscitados na peça recursal, sobre os quais o Tribunal Regional, supostamente, teria deixado de se manifestar, torna-se inviável a análise da nulidade alegada. Aplicação do art. 896, §1º-A, IV, consolidado. Agravo interno conhecido e não provido . BANCO DE HORAS. SALDO PRETÉRITO À INSTITUIÇÃO . AUSÊNCIA DE PREVISÃO NORMATIVA. PRETENSÃO RECURSAL CALCADA NO REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. Em virtude de ser norma jurídica de caráter geral que objetiva reger relações jurídicas entre as partes, os acordos e convenções coletivas possuem vigência determinada em suas cláusulas e para o futuro; portanto, não possuem efeito retroativo, exceto quando houver cláusula expressa em sentido contrário e nos estreitos limites nela fixados, o que não ocorreu no caso em análise. Os termos da cláusula normativa transcrita na decisão regional não permitem concluir ter sido expressamente ajustada e autorizada a migração de saldo de horas negativo pretérito à instituição do banco de horas. Apesar de ter aludido à utilização do labor extraordinário para compensação de horas negativas, em nenhum momento a norma previu que esse saldo poderia ser apurado com base nos horários praticados antes da vigência do ajuste . No mais, é evidente que a tese recursal se fundamenta em premissas fáticas opostas àquelas fixadas na decisão recorrida, concernentes à extensão informal do banco de horas negociado para os empregados em jornada flexível àqueles que cumprem horário fixo; à escorreita quitação ou compensação da jornada extraordinária ou regular desconto de faltas e atrasos e à observância de acordos coletivos anteriores ao de 2019/2020 para o regime de folgas. Por outro lado, a partir do registro feito pela Corte a quo, não se verifica violação dos artigos indicados (4º e 58 da CLT; 2º e 3º da Lei no 5.811/72, 884 da CLT e 7º, XXVI, da CF/88), pela conclusão de que a ré assumiu o risco de implementar banco de horas fora dos parâmetros legais e convencionais. Mantida a condenação, nos termos ora afirmados, por não se verificar sequer a plausibilidade da pretensão recursal veiculada, mantém-se o acórdão regional também em relação ao indeferimento do efeito suspensivo da tutela de urgência. Agravo interno conhecido e não provido.... ()
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