Jurisprudência Selecionada
1 - TST AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. LEI 13.467/2017. RECLAMANTE. TRANSCENDÊNCIA HORAS EXTRAORDINÁRIAS. BANCO DE HORAS . PERMANÊNCIA À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR POR NÃO MAIS QUE DEZ MINUTOS DIÁRIOS AO INÍCIO E AO TÉRMINO DA JORNADA. Delimitação do acórdão recorrido: O TRT considerou válido o banco de horas implementado pelas partes no período contratual, uma vez que as únicas extrapolações da carga horária diária, rigorosamente demonstradas nos autos, não ultrapassaram o limite de cinco minutos por marcação ao início e ao final da jornada de trabalho, bem como não excederam à tolerância de dez minutos diários. Não há transcendência política, pois não constatado o desrespeito à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal. Não há transcendência social, tendo em vista que não se discute questão nova em torno de dispositivos constitucionais concernentes a direitos sociais. Não há transcendência jurídica, pois não se discute questão nova em torno de interpretação da legislação trabalhista. Não se reconhece a transcendência econômica quando, a despeito dos valores da causa e da condenação, não se constata a relevância do caso concreto, pois a matéria probatória não pode ser revisada no TST, e, sob o enfoque de direito, a tese do TRT vai ao encontro da jurisprudência desta Corte Superior, no sentido de que «não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários (Súmula 366/TST). Como as frações de excesso de tempo no local de trabalho não ultrapassaram os referidos limites, não há verificação concreta, nos limites do cenário fático consignado pelo Regional, de efetivo labor em horas extraordinárias. Afinal, observada tal limitação (cinco minutos por marcação, e dez minutos no total), não há configuração de horas extraordinárias. Dessa forma, o pressuposto jurídico indispensável ao início do debate acerca da descaracterização do banco de horas (labor em horas extraordinárias de forma habitual) não existe no caso em exame. Por conseguinte, o TRT manifestou-se em conformidade com a Súmula 366/STJ, ao deixar de constatar labor habitual em horas extraordinárias, diante da premissa fática consignada. Não há outros indicadores de relevância no caso concreto (art. 896-A, § 1º, parte final, da CLT). Agravo de instrumento a que se nega provimento.
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