Jurisprudência Selecionada
1 - TJSP Compromisso de compra e venda. Demanda revisional ajuizada pelos compradores. Resolução do negócio decretada em sede reconvencional, com previsão de reintegração na posse por parte da vendedora-ré. Sentença que transitou em julgado sem recurso, com previsão de pagamento, pelos autores inadimplentes, pela fruição do imóvel. Tentativa desses últimos, a partir daí, de devolução espontânea, deparando-se com a resistência injustificada da ré e negativa do Juízo a quo, que somente autorizou o depósito das chaves quase dois anos e meio após o pedido originalmente feito. Ré que em momento algum buscou o cumprimento da ordem de reintegração de posse em seu favor e que, inequivocamente, buscou procrastinar o recebimento das chaves, de modo a ampliar o pagamento pela fruição. Situação ofensiva à boa-fé. Consideração, ademais, do valor inerente à condenação no pagamento de taxa de fruição, sobretudo voltada a evitar enriquecimento indevido por parte do adquirente que se vê despojado do imóvel compromissado à compra. Autores que, no caso, não mais se utilizavam do imóvel, já desocupado. Descabimento, sob pena de distorção desses valores, da imposição a eles de encargo que não se confunde com a contraprestação natural do negócio (diversamente de uma locação, por exemplo), sem a existência de fruição efetiva. Responsabilidade dos autores, no caso dos autos, limitada ao momento da primeira tentativa de devolução do bem, com notícia de sua disponibilidade. Decisão agravada, que determinou a consideração do momento do depósito judicial das chaves, reformada. Agravo de instrumento dos autores-reconvindos provido para tal fim.
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