Jurisprudência Selecionada
1 - TJRJ RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. art. 121, §2º, VII, N/F DO art. 14, II, POR DUAS VEZES, AMBOS DO CÓDIGO PENAL. DAS PRELIMINARES. INÉPCIA DO ADITAMENTO DA DENÚNCIA. MATÉRIA JÁ ANALISADA EM SEDE DE HABEAS CORPUS. IDÊNTICOS ARGUMENTOS. CARÊNCIA DE FATO NOVO QUE JUSTIFIQUE NOVA ANÁLISE DA ALEGAÇÃO DEFENSIVA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA. INOCORRÊNCIA. MAGISTRADA A QUO APRESENTOU OS MOTIVOS DE FATO E DE DIREITOS EM QUE BASEU SUA DECISÃO. art. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E art. 413, §1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. OBSERVÂNCIA. MÉRITO. PRONÚNCIA. DECISÃO ESCORREITA. PALAVRA DAS VÍTIMAS. RELEVÂNCIA. ANIMUS NECANDI. DEMONSTRAÇÃO. PRIMEIRA FASE DO PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JURI. PRINCÍPIO IN DUBIO PRO SOCIETATE. INCIDÊNCIA. SUBMISSÃO DO RECORRENTE AO CRIVO DO CONSELHO DE SENTENÇA. QUALIFICADORA POR TER SIDO O DELITO COMETIDO CONTRA POLICIAIS MILITARES. MANTIDA. COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JURI.
DAS PRELIMINARES. DA INÉPCIA DO ADITAMENTO DA DENÚNCIA.A preliminar arguida pela Defesa já foi analisada e rejeitada, por esta Colenda Câmara Criminal, em Acórdão proferido em sede de Habeas Corpus ¿ processo 0007609-92.2024.8.19.0000 -, de relatoria desta Julgadora, datado de 05/03/2024, apresentando o patrono do réu, naquela oportunidade, idênticos argumentos aos, aqui, trazidos e, sem apresentar, neste recurso, qualquer fato novo que justifique uma nova análise da alegação defensiva. DA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA - De igual forma, não assiste razão à defesa ao pleitear a referida nulidade, pois, ao proferir o decisum, bem justificou a Magistrada a quo os motivos de fato e de direito em que baseou a sua decisão, tudo com amparo no CF/88, art. 93, IX e do art. 473, §1º, do CPP. Mérito. A pronúncia julga admissível a acusação, encaminhando-a para apreciação do Tribunal do Júri, cabendo, então, ao Juiz Presidente um simples juízo de prelibação acerca da materialidade do delito e indícios de autoria, possibilitando, com isso, a decisão pelos Juízes Leigos, em plenário e na segunda fase do procedimento, não se exigindo, portanto, um juízo de certeza, razão pela qual se afirma que, nesta fase, a regra do in dubio pro reo cede lugar a do in dubio pro societate. E, no presente caso, irretocável o decisum atacado de submeter o recorrente ao crivo do Conselho de Sentença, momento em que a prova colhida será examinada e sujeita à confirmação, ou modificação, cabendo ressaltar que a decisão de desclassificação, somente, será possível quando há prova segura e inequívoca da inexistência do crime doloso contra a vida, sob pena de se invalidar a competência constitucional do Tribunal do Júri, o que, neste feito, não ocorreu. Ademais, segundo a jurisprudência tranquila de nossos Tribunais, na decisão de pronúncia, as qualificadoras, apenas, serão afastadas se, manifestamente, improcedentes, ou seja, se solteiras dentro do acervo probatório coligido aos autos ¿ repise-se - sob pena de se invalidar a competência constitucional do Conselho de Sentença no Tribunal do Júri, o que, no caso sub judice, não aconteceu. Precedentes do TJ/RJ. ... ()
(Íntegra e dados do acórdão exclusivo para clientes)
Plano mensal por R$ 19,90 veja outros planos
Cadastre-se e adquira seu pacote