Jurisprudência Selecionada
1 - TST RECURSO DE REVISTA COM AGRAVO. I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR BENEFICENTE DO BRASIL. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO CONTRA ACÓRDÃO PROFERIDO EM SEDE DE AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO DE PETIÇÃO.
A interposição de recurso de revista com o intuito de desconstituir acórdão proferido pela instância regional em sede de agravo de instrumento esbarra no óbice de natureza formal da Súmula/TST 218. Agravo de instrumento conhecido e desprovido, por ausência de transcendência do recurso de revista. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO MUNICÍPIO DE CUBATÃO. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.467/2017. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO . NÃO CARACTERIZADA. TRANSCENDÊNCIA RECONHECIDA. 1. O apelo ultrapassa o óbice da transcendência, nos termos do CLT, art. 896-A, § 1º. 2. Ante uma possível violação do Lei 8.666/1993, art. 71, §1º e contrariedade à Súmula 331/TST, V, dá-se provimento ao agravo de instrumento para processar o recurso de revista. Agravo de instrumento conhecido e provido. III - RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.467/2017. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO NÃO CARACTERIZADA. TRANSCENDÊNCIA RECONHECIDA. 1. Ao julgar a ADC 16, o STF decidiu que a Lei 8.666/93, art. 71, § 1º é constitucional, mas que isso não impede a responsabilidade subsidiária da Administração Pública, desde que constatado que o ente público agiu com culpa in vigilando . Acompanhando o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior do Trabalho alterou a redação da Súmula 331, incluindo o item V, que assenta o entendimento de que a responsabilidade supletiva, em casos de terceirização de serviços, só pode ser atribuída à Administração Pública quando evidenciada a culpa in vigilando . 2. No caso, não é possível extrair daquela decisão a configuração da ausência na fiscalização pela entidade pública em relação às obrigações contratuais firmadas pela prestadora de serviços para com a parte autora, pressuposto que o Supremo Tribunal Federal entende necessário a fim de configurar a culpa in vigilando, justificadora da condenação subsidiária. Isso porque a condenação subsidiária da Companhia de Força e Luz não está amparada na prova efetivamente produzida nos autos, de que incorreu em culpa in vigilando, ante a ausência de fiscalização dos direitos trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços, mas sim em mera presunção decorrente do inadimplemento das verbas trabalhistas. 3. Registre-se, por oportuno, a recente decisão do STF no RE 760.931, com repercussão geral, que exige a prova efetiva e concreta da ausência da fiscalização e da configuração da culpa in vigilando da administração pública. 4. No caso dos autos, o TRT concluiu que « Conquanto o Município tenha acostado vasta documentação que a princípio possa demonstrar o cumprimento do seu dever de vigilância, a ausência de recolhimentos do FGTS da reclamante por mais de um ano, como se verá adiante, comprova a ausência de fiscalização eficaz. Ademais, incumbe ressaltar que o inadimplemento das verbas trabalhistas por parte das organizações contratadas pode ser atribuído à comprovada ausência de repasses por parte da recorrente, fato que levou até à intervenção do Ministério Público do Trabalho (Ação Civil Pública 1001069-35.2016.5.02.0252). (pág. 4.561). 5. Assim, considerando que em nenhum momento a Corte Regional explicitou concretamente a ausência na fiscalização pela entidade pública, além de não ter examinado a questão à luz do ônus da prova, é inviável a condenação subsidiária do tomador de serviços. Tendo o Tribunal Regional decidido de forma diversa, incorreu em violação do Lei 8.666/1993, art. 71, §1º e em contrariedade à Súmula 331/TST, V. Recurso de revista conhecido por violação do Lei 8.666/1993, art. 71, §1º e por contrariedade à Súmula 331/TST, V e provido.... ()
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