Jurisprudência Selecionada
1 - TJSP Apelação. Ação civil pública. Alegação da CBO que a ótica ré oferecia exames de vista e consulta oftalmológicas, atividades privativas de médico oftalmologista. Sentença de parcial procedência para condenar a ré a se abster de oferecer exames de vista, gratuitos ou onerosos, sob pena de incorrer em multa para cada infração cometida, condenando o autor ao ônus sucumbencial. Recurso do autor que merece prosperar parcialmente. Nulidade da sentença por falta de fundamentação em relação a sucumbência. Inocorrência. Conjunto probatório dos autos que demonstra que houve irregularidade pela veiculação de publicidade em rede social pela qual oferecia exame de vista gratuito. Inexistência de prova que os exames eram realizados no próprio estabelecimento comercial da ré ou que possuísse sala de exames e equipamentos. Meras suposições do autor a partir da publicidade veiculada. Infração cometida pela ré bem reconhecida em sentença (Decreto 24.492/1934, art. 16, §1º). Alegação que profissionais não médicos (optometristas) não podem realizar exames de vista. Restrições à atuação profissional previstas nos Decretos 20.931/22 e 24.492/34. ADPF 131 com modulação dos efeitos da decisão, em embargos de declaração, para esclarecer que as normas não se aplicam aos optometristas de nível superior. Precedentes. Descabe a condenação sucumbencial do autor em ação civil pública (Lei 7.347/85, art. 18). Ré que deu causa a ação ao veicular publicidade oferecendo exames de vista gratuito. Ré que deve arcar com a integralidade das custas, despesas processuais e honorários advocatícios em favor do patrono do autor. Sentença parcialmente reformada. Sucumbência alterada. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO
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