Jurisprudência Selecionada
1 - TST I - AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO AUTOR. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014.
Primeiramente, quanto aos temas não devolvidos, referentes às controvérsias em torno da competência da Justiça do Trabalho, cargo de confiança e honorários advocatícios, frise-se que incide o instituto da preclusão. No tocante à PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO REGIONAL POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, em que o autor aduz que « Há manifesta negativa de prestação jurisdicional e violação ao art. 93, IX da CR/88 e contrariedade à Súmula 297 desse C. TST, pois o Recorrente prequestionou em seus Embargos Declaratórios e requereu a análise de provas, imprescindíveis à demonstração de prova neste momento de que o pedido foi formulado de forma separada e independente na exordial (pág. 3059), DESTACA-SE que não se justifica tal alegação, porquanto sequer menciona a que tema/pedido ou temas/pedidos se refere(m), deduzindo, na verdade, insurgência genérica, sem cuidar, objetivamente, do desacerto do despacho agravado em seus temas e desdobramentos, o que atenta contra o princípio da dialeticidade e atrai, neste momento processual, a incidência da Súmula 422/TST . ATÉ AQUI, NEGO PROVIMENTO AO AGRAVO. NO ENTANTO, quanto ao tema remanescente (PRESCRIÇÃO DO FGTS. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO DE NATUREZA SALARIAL PAGO NO CURSO DO CONTRATO), vislumbra-se razão ao autor. Do cotejo da tese exposta no acórdão regional com as razões de agravo e o entendimento desta Corte no tocante à matéria devolvida, mostra-se prudente o provimento do presente agravo. Agravo conhecido e provido, no particular. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO AUTOR. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. PRESCRIÇÃO DO FGTS. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO DE NATUREZA SALARIAL PAGO NO CURSO DO CONTRATO. Agravo de instrumento a que se dá provimento em virtude de provável contrariedade à Súmula 362/TST, para processar o recurso de revista. Agravo de instrumento conhecido e provido. III - RECURSO DE REVISTA DO AUTOR. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017. PRESCRIÇÃO DO FGTS. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO DE NATUREZA SALARIAL PAGO NO CURSO DO CONTRATO. Discute-se nos autos a prescrição do FGTS, considerando-se parcela (auxílio-alimentação) paga no curso do contrato, cuja natureza salarial foi reconhecida em Juízo. Extrai-se do acórdão recorrido, notadamente à pág. 2768, que mesmo tendo reconhecido a natureza salarial do auxílio-alimentação, pago durante o contrato de trabalho, a Corte Regional afastou a tese de prescrição trintenária do FGTS, aduzindo que «aplica-se a Súmula 206 do C. TST, uma vez que a autora postulou em juízo o pagamento de parcelas trabalhistas (integração da ajuda alimentação, horas extras), bem assim a incidência reflexa dessas verbas sobre o FGTS, incidindo a prescrição quinquenal (pág. 2767). Ora, decerto que o pleito de FGTS decorre de parcelas que foram pagas no curso do contrato de trabalho, não se referindo a reflexos, mas sim ao próprio FGTS não recolhido sobre aquela verba (auxílio-alimentação), uma vez que os depósitos deveriam ter sido feitos no curso do contrato de trabalho, sendo trintenária a prescrição referente ao direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS. É esse o entendimento da Súmula 362/TST, que preconiza: «FGTS. Prescrição - É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. No caso, não se coloca em dúvida que foi observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho, devendo ser aplicada a prescrição trintenária. Por fim, frise-se que a presente controvérsia se adequa à regra de transição pronunciada em sede de modulação de efeitos para aplicação do Tema 608 do ementário de repercussão geral do STF. Recurso de revista conhecido por contrariedade à Súmula 362/TST e provido. IV - AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO BANCO. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. DECISÃO UNIPESSOAL QUE DENEGA SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. No tocante ao tema « PRESCRIÇÃO TOTAL - AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO , decerto que não se viabiliza a pretensão recursal de que deve ser pronunciada a prescrição total do auxílio-alimentação, porquanto, n o caso, depreende-se do acórdão regional (págs. 2766-2774) que tal auxílio (de natureza salarial) foi pago em razão do contrato de trabalho existente, desde o início do pacto laboral em 29/06/1987. Com efeito, uma vez constatado que o auxílio-alimentação foi percebido desde a admissão do empregado e que a pretensão se refere à declaração da natureza salarial da parcela em análise, afigura-se correto concluir pela incidência da prescrição apenas parcial, na medida em que se trata de lesão a direito que se renova a cada mês que o empregador deixa de promover a referida integração. Precedentes. Dessa forma, correto o despacho agravado ao aduzir que, «No que tange à prescrição do auxílio-alimentação, a Turma julgadora decidiu em sintonia com a Súmula 294/TST (pág. 3046), atraindo o óbice da Súmula 333 deste Tribunal e do CLT, art. 896, § 7º. No tocante à controvérsia em torno da NATUREZA JURÍDICA DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO E REFLEXOS, em que o Banco-agravante insiste nas teses de que «o auxílio-alimentação sempre possuiu natureza indenizatória, conforme previsão expressa nos acordos coletivos da categoria, assim como em razão do banco reclamado ao PAT. Mas, caso se admita a tese regional, ou seja, de suposta alteração posterior de sua natureza salarial para indenizatória, tem-se pela frente a tese fixada no tema 1046 (pág. 3080) e que «comprovou sua inscrição no PAT e a natureza indenizatória do benefício auxílio-alimentação estabelecida pela norma coletiva que institui a parcela no âmbito da empresa (pág. 3081), ressalta-se que não prospera, mais uma vez, a pretensão recursal, porquanto, em sede de embargos de declaração, a Corte Regional expressamente esclarece que o Banco não se desincumbiu de seu ônus de demonstrar a natureza indenizatória da verba em comento, « pois a norma coletiva vigente à época da contratação do reclamante (Acordo Coletivo/86) não foi juntada na integralidade, conforme se verifica no ID 8d2e2bf, não havendo cláusula relativa ao auxílio alimentação (pág. 2800), reputando-se, em consequência, verídica a alegação do autor de que percebia a parcela desde a admissão. Nesse contexto, decerto que restou bem aplicado pela Corte Regional o entendimento da OJ-413-SBDI-1/TST, atraindo, neste momento processual, o óbice da Súmula 333/TST. Ademais, decerto que a alegação de que «o auxílio-alimentação sempre possuiu natureza indenizatória, conforme previsão expressa nos acordos coletivos da categoria, assim como em razão do banco reclamado ao PAT (pág. 3080), encontra óbice na Súmula 126/TST. Em consequência, não se cogita de violação do art. 5º, XXXVI, e 7º, XXVI, da CF, assim como de aplicação do Tema 1.046 da Tabela de Repercussão Geral do STF, até porque não disponibilizado o conteúdo da norma em comento. Da mesma forma, não prospera a argumentação do Banco de que «comprovou sua inscrição no PAT e a natureza indenizatória do benefício auxílio-alimentação estabelecida pela norma coletiva que institui a parcela no âmbito da empresa (pág. 3081), na medida em que verídica a alegação do autor de que percebia a parcela desde a admissão (inteligência da OJ-413-SBDI-1/TST). Agravo conhecido e desprovido .... ()
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