Jurisprudência Selecionada
1 - TJSP APELAÇÃO.
Furto qualificado pelo abuso de confiança e receptação. Recurso defensivo. Pretensão absolutória. Cabimento. Atuação irregular dos guardas municipais. Guardas que foram acionados pela vítima e se deslocaram até a residência dela, onde também estava a ré, que lá trabalhava como doméstica. Diligência na residência dos réus efetuada sem autorização e sem mandado de busca e apreensão. Abordagem dos acusados na residência deles que se deu em novembro de 2022, enquanto os furtos estariam ocorrendo desde agosto daquele ano, e a revenda das joias havia se dado um mês antes da diligência realizada pelos guardas na joalheria. Ausência de situação de flagrância ou fundada suspeita apta a justificar a abordagem pelos guardas municipais. Atos de policiamento ostensivo e de investigação que competem às Polícias Militar e Judiciária. Função não prevista na CF/88 ou no Estatuto Geral das Guardas Municipais. Prova ilícita, que deve ser desentranhada dos autos. Embora os agentes públicos tenham justificado que o ingresso na residência se deu com autorização do casal, referida afirmação foi refutada pelos apelantes sob o crivo do contraditório. Provas consideradas ilícitas nos termos da CF/88, art. 5º, LVI e do CPP, art. 157. Outras joias apreendidas em mandado de busca e apreensão não ensejaram provas capazes de demonstrar a autoria dos crimes, notadamente porque os bens localizados não foram identificados pela vítima como de sua propriedade. Ausência de elementos probatórios seguros para a condenação. Absolvição que se impõe. Recurso provido... ()
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