Jurisprudência Selecionada

Doc. LEGJUR 962.0070.1401.6154

1 - TST AGRAVO INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA. PROVIMENTO DO RECURSO DE REVISTA DA PRIMEIRA RÉ. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE E FALTA DE INTERESSE RECURSAL DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO E UNITÁRIO. TEMA 18 DA TABELA DE INCIDENTES DE RECURSOS REPETITIVOS DO TST. 1.

Esta Corte Superior, no julgamento do Tema 18 da Tabela de Incidentes de Recursos Repetitivos, firmou tese no sentido de que « nos casos de lide decorrentes da alegação de fraude, sob o fundamento de ilicitude da terceirização de atividade-fim, o litisconsórcio passivo é necessário e unitário . Na ocasião, ficou assentado que «em sede de mudança de entendimento desta Corte, por força da unitariedade imposta pela decisão do STF («superação abrupta), a ausência de prejuízo decorrente da falta de sucumbência cede espaço para a impossibilidade de reconhecimento da ilicitude da terceirização. Sendo assim, como litisconsorte necessário, a empresa prestadora que, apesar de figurar no polo passivo, não sofreu condenação, possui interesse em recorrer da decisão que reconheceu o vínculo de emprego entre a parte autora e a empresa tomadora dos serviços. 2. Nesse sentido, não há falar em ilegitimidade ativa da primeira ré. Agravo a que se nega provimento. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. ATIVIDADE-FIM DE INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. TOMADORA DOS SERVIÇOS. LICITUDE. ADEQUAÇÃO AO PRECEDENTE FIRMADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADPF 324, RE 958.252 E ARE 791.932. 1. Confirma-se a decisão monocrática que deu provimento ao recurso de revista interposto pela primeira ré para, reformando o acórdão recorrido, reconhecer a licitude da terceirização de serviços, afastar o vínculo direto de emprego da parte autora com a tomadora de serviços e julgar improcedentes os pedidos daí decorrentes, declarando-se a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, por eventuais créditos trabalhistas remanescentes deferidos na presente demanda. 2. Na hipótese, o Tribunal Regional afirmou a ilicitude da terceirização, em razão, exclusivamente, da prestação de serviços em área-fim da instituição bancária. Na ocasião, a Corte de origem registrou no acórdão recorrido que se configurou, no caso em apreço, a subordinação estrutural, « onde a primeira reclamada contrata trabalhadores, através de empresa interposta, para exercer atividades inseridas em sua estrutura organizacional . 3. Todavia, após o julgamento da ADPF 324 e do RE 958.252 (Tema 725 de repercussão geral) pelo Supremo Tribunal Federal, considerando lícita a terceirização de serviços independentemente da natureza da atividade terceirizada, resulta superado o entendimento cristalizado na Súmula 331, I, deste Tribunal Superior, no sentido de que a terceirização de atividade-fim, por si só, implicaria o reconhecimento do vínculo de emprego do trabalhador com o tomador de serviços. 4. Apesar de esta Corte adotar entendimento no sentido de que remanesce a possibilidade de reconhecimento de vínculo com a empresa contratante nos casos em que o Tribunal Regional decline elementos fáticos que permitam concluir pela existência da relação de emprego, não foi acolhida a tese de subordinação estrutural, hipótese dos autos. Incidência do CLT, art. 896, § 7º e da Súmula 333/TST. Agravo a que se nega provimento.... ()

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