Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal Municipal: Pedido de Suspensão e Anulação de Débitos de IPTU em Nome de Terceiro Não Proprietário

Publicado em: 04/12/2024 AdministrativoProcesso Civil Execução Fiscal Direito Imobiliário Tributário
Propositura de Ação Anulatória para questionar a legitimidade de débitos fiscais de IPTU lançados em nome do autor, que vendeu o imóvel em 1990, mas permaneceu como sujeito passivo do tributo devido à ausência de registro no RGI por parte da compradora. O documento fundamenta-se na legislação tributária (art. 123 do CTN) e no devido processo legal (art. 5º, LIV, CF/88), buscando a nulidade dos débitos e a suspensão de execuções fiscais indevidas. Inclui jurisprudências e pedidos de tutela de urgência.

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL MUNICIPAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE __________

Nome do Autor: A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________;

Nome do Réu: MUNICÍPIO DE __________, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________.

PREÂMBULO

O Autor, por meio de seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL MUNICIPAL, com fundamento no art. 319 do CPC/2015, em face do MUNICÍPIO DE __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Em 1990, o Autor vendeu um lote de terreno localizado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, por meio de escritura pública devidamente lavrada em cartório. Todavia, a compradora não realizou o registro da escritura perante o Registro Geral de Imóveis (RGI), permanecendo o imóvel em nome do Autor.

Em 2007, o Autor comunicou à Prefeitura Municipal a transferência do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o nome da compradora. Contudo, o referido tributo continuou sendo lançado em nome do Autor, que passou a ser alvo de diversas ações de execução fiscal, incluindo pedidos de penhora online sobre suas contas bancárias.

Ressalte-se que o Autor não possui qualquer vínculo com a compradora desde a venda do imóvel e desconhece seu paradeiro. Em um dos processos de execução fiscal, houve parcelamento da dívida sem a anuência do Autor, sendo que a intimação foi assinada por terceiro desconhecido, o que reforça a nulidade dos atos praticados.

DO DIREITO

A presente ação encontra amparo no art. 319 do CPC/2015, que exige a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, bem como a indicação das provas pretendidas e do valor da causa.

O débito fiscal objeto da presente demanda é nulo, uma vez que o Autor não é o legítimo proprietário do imóvel desde 1990, conforme comprova a escritura pública de venda e compra. O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 123, dispõe que "a convenção entre particulares, relativa à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não pode ser oposta à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito "'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos

Em 1990, o Autor realizou a venda de um imóvel localizado no Município de __________, por meio de escritura pública devidamente lavrada em cartório. Contudo, a compradora do imóvel não procedeu ao registro da escritura no Registro Geral de Imóveis (RGI), fazendo com que o bem permanecesse registrado em nome do Autor.

Em 2007, o Autor comunicou formalmente à Prefeitura Municipal a transferência do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o nome da compradora. Entretanto, o tributo continuou sendo lançado em seu nome, resultando em execuções fiscais contra ele, incluindo penhoras online em suas contas bancárias.

O Autor esclarece que, desde a venda do imóvel, não tem qualquer vínculo com a compradora e desconhece seu paradeiro. Além disso, em um dos processos de execução fiscal, houve o parcelamento de dívidas sem sua anuência, com intimação assinada por terceiro estranho ao processo. Esses fatos reforçam a nulidade dos atos administrativos e judiciais praticados em desfavor do Autor.

Fundamentos de Direito

A ação tem como base o art. 319 do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), que exige a exposição clara dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido. A nulidade do débito fiscal decorre da inexistência de vínculo jurídico entre o Autor e o imóvel desde 1990, conforme comprovado pela escritura pública de compra e venda.

O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 123, estabelece que convenções entre particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição do sujeito passivo das obrigações tributárias. Nesse sentido, cabe à municipalidade direcionar a cobrança tributária ao verdadeiro proprietário do imóvel.

Ademais, a ausência de notificação válida ao Autor, com intimação assinada por terceiro desconhecido, viola o devido processo legal, garantido pelo art. 5º, inciso LIV, da Constituição Federal de 1988 (CF/88). Essa irregularidade compromete a validade dos atos processuais subsequentes e reforça a necessidade de anulação do débito fiscal.

Segundo a doutrina e jurisprudência, a responsabilidade tributária deve recair sobre o indivíduo que detém a propriedade ou posse do imóvel. A manutenção do débito em nome do Autor, que não possui relação com o bem, configura violação ao princípio da justiça tributária e enriquece indevidamente a Fazenda Pública.

Jurisprudência

A jurisprudência brasileira reconhece a nulidade de débitos fiscais lançados contra pessoas que não possuem relação jurídica com o imóvel. Exemplos relevantes incluem:

  • TJSP (18ª Câmara de Direito Público) - Apelação Cível 9193783-57.2007.8.26.0000 - São José dos Campos: "Ação Anulatória de Débito Fiscal. IPTU. [...] Julga-se prejudicado o recurso, diante do reconhecimento, de ofício, da nulidade das CDAs, nos termos lançados no acórdão."
  • TJSP (14ª Câmara de Direito Público) - Apelação Cível 1020746-04.2023.8.26.0053 - São Paulo: "[...] Sentença de procedência em parte, para anular os lançamentos sub judice, possibilitando que o Fisco efetue novos lançamentos retroativos considerando tão somente o fator de obsolescência apurado no processo administrativo."

Conclusão

A manutenção do débito fiscal em nome do Autor, que não possui qualquer relação jurídica com o imóvel desde 1990, viola os princípios do devido processo legal e da justiça tributária. A Fazenda Pública deve direcionar a cobrança ao real proprietário do bem, sob pena de enriquecimento ilícito. Assim, a presente ação busca a anulação dos débitos fiscais lançados em nome do Autor, garantindo a regularidade dos atos administrativos e judiciais.


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