Modelo de Ação de Indenização por Acidente de Trabalho: Pedido de Reparação de Danos Morais, Materiais e Estéticos em Razão de Negligência do Empregador

Publicado em: 12/11/2023 Civel Direito Previdenciário Trabalhista
Pedido judicial apresentado por ex-frentista contra empresa empregadora, requerendo indenização por danos morais, materiais e estéticos decorrentes de acidente de trabalho causado por negligência. O acidente resultou em queimaduras graves e traumas psicológicos, sendo apontada a ausência de treinamento e condições de segurança adequadas por parte da empresa. Fundamentação jurídica com base na Constituição Federal, Código Civil e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Inclui pedidos de citação, indenizações, honorários e designação de audiência de conciliação.

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara do Trabalho da Comarca de __________.

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, frentista, portador do CPF nº __________, RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRABALHO

em face de P. C. Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

O Autor foi contratado pela Ré em ___/___/___ para exercer a função de frentista em posto de combustível. Durante o vínculo empregatício, em outubro de 2020, o Autor sofreu um grave acidente de trabalho enquanto realizava o abastecimento de um veículo. O condutor do veículo arrancou o carro com a mangueira ainda engatada, causando uma explosão que resultou em queimaduras severas no cotovelo do Autor.

O acidente deixou marcas permanentes, sensibilidade ao calor e à luz solar, além de inflamações recorrentes no local atingido. Ademais, o Autor desenvolveu traumas psicológicos em decorrência do ocorrido, comprometendo sua qualidade de vida e capacidade laboral.

Ressalte-se que a Ré jamais ministrou cursos de proteção e segurança do trabalho, além de manter as bombas de combustível em condições precárias, com mangueiras velhas e soltas, descumprindo normas de segurança aplicáveis à atividade. Após o acidente, a Ré também impediu o Autor de investigar o condutor do veículo, demonstrando negligência e descaso com a segurança de seus empregados.

O contrato de trabalho foi encerrado em março de 2023, sem que a Ré tenha tomado qualquer providência para reparar os danos sofridos pelo Autor.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988 assegura, em seu art. 7º, XXVIII, o direito à indenização por danos materiais e morais decorrentes de acidentes de trabalho, quando comprovada a culpa ou dolo do empregador. No presente caso, a negligência da Ré é evidente, uma vez que não forneceu treinamento adequado nem manteve as condições mínimas de segurança no ambiente de trabalho.

O Código Civil Brasileiro de 2002, em seu art. 186, dispõe que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Já o art. 927 do mesmo diploma legal estabelece a obrigação de reparar o dano causado.

Ademais, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 157, impõe ao empr"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

RELATÓRIO

Trata-se de Ação de Indenização por Acidente de Trabalho proposta por A. J. dos S. em face de P. C. Ltda., na qual o autor alega que sofreu graves consequências físicas e psicológicas em razão de acidente ocorrido durante a prestação de serviços como frentista. Segundo o autor, a ré teria agido de forma negligente ao não fornecer treinamento de segurança e ao manter equipamentos em condições inadequadas.

A parte autora pleiteia indenização por danos morais, materiais e estéticos, além de honorários advocatícios, com base na violação de normas trabalhistas, civis e constitucionais.

FUNDAMENTAÇÃO

O art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 impõe o dever de fundamentação das decisões judiciais. Assim, passo à análise das questões de fato e de direito que compõem a controvérsia.

DOS FATOS

Conforme relatado, o autor sofreu queimaduras severas em acidente de trabalho causado por falha na operação de um veículo durante o abastecimento. As provas juntadas aos autos demonstram que a ré não ministrou treinamento de segurança e permitiu que os equipamentos de trabalho permanecessem em condições precárias, circunstâncias que contribuíram diretamente para a ocorrência do acidente.

Após o acidente, a ré não tomou nenhuma medida para investigar a situação, tampouco para reparar os danos causados ao autor, que sofreu sequelas físicas e psicológicas permanentes.

DO DIREITO

A Constituição Federal, em seu art. 7º, XXVIII, assegura o direito à indenização em casos de acidentes de trabalho, desde que comprovada a culpa ou o dolo do empregador. No caso concreto, a negligência da ré é evidente diante das provas que demonstram a ausência de medidas preventivas e de manutenção de segurança no ambiente de trabalho.

O Código Civil, em seus arts. 186 e 927, reforça a obrigação de reparar danos decorrentes de condutas negligentes. Ademais, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 157, impõe ao empregador o dever de cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho, o que também não foi observado pela ré.

A doutrina majoritária e a jurisprudência pátria corroboram a responsabilidade civil do empregador em casos como o presente, em que é constatado o nexo causal entre a conduta negligente e o dano sofrido pelo empregado.

JURISPRUDÊNCIA

A jurisprudência dos tribunais é pacífica ao reconhecer o direito à indenização em situações semelhantes. Destaco os seguintes precedentes:

Auxílio-acidente - queimaduras múltiplas de segundo e terceiro graus - Perícia: incapacidade parcial e permanente para o trabalho habitual - Nexo causal configurado - Presença de relação de causa e efeito entre o infortúnio e a lesão ou perda ou diminuição da capacidade laborativa - Laudo conclusivo - Indenização infortunística devida - Procedência mantida. (TJSP, Remessa Necessária Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Marcos Fleury, j. 05/11/2024).

Auxílio-acidente - Condições agressivas de trabalho - Função habitual de ponteador em montadora de automóveis - Tendinopatias nos ombros e cotovelos - Incapacidade parcial e permanente comprovada - Nexo causal configurado - Presente relação de causa e efeito entre o infortúnio e a lesão ou perda ou diminuição da capacidade laborativa - Laudo conclusivo - Sentença de procedência - Indenização infortunística devida. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Marcos Fleury, j. 01/10/2024).

VOTO

Diante do exposto, verifico que estão presentes todos os elementos necessários à configuração da responsabilidade civil da ré: a conduta negligente, o dano e o nexo causal. Assim, voto no sentido de dar procedência ao pedido, condenando a ré ao pagamento de:

  1. Indenização por danos morais, a ser arbitrada em valor proporcional à gravidade do dano;
  2. Indenização por danos materiais, correspondentes às despesas médicas, tratamentos futuros e lucros cessantes;
  3. Indenização por danos estéticos, em razão das marcas permanentes deixadas pelo acidente;
  4. Honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Determino, ainda, a produção de provas periciais e testemunhais para a liquidação do valor devido, conforme requerido.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, julgo procedente o pedido inicial, nos termos acima fundamentados. Intimem-se as partes. P.R.I.

Local e data.

_______________________________________
Magistrado
Vara do Trabalho


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