Modelo de Alegações Finais em Ação de Indenização por Acidente de Trânsito - Defesa do Réu com Fundamentação no CPC/2015

Publicado em: 07/01/2025 CivelProcesso Civil Trânsito
Documento apresenta alegações finais em uma ação de indenização por acidente de trânsito, elaborado pela parte Ré. O texto discute a ausência de culpa do Réu no evento danoso, fundamentado no Código Civil, Código de Trânsito Brasileiro e CPC/2015. São apontados argumentos sobre a inexistência de negligência, imprudência ou imperícia, além de questões relacionadas ao ônus da prova e à configuração de dano moral. O documento também inclui jurisprudências relevantes e solicita a improcedência dos pedidos da autora, bem como a condenação da mesma ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

ALEGAÇÕES FINAIS

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº: __________

Autor(a): A. J. dos S.

Réu: C. E. da S.

Por intermédio de seu advogado, devidamente constituído nos autos, vem a parte Ré, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos que seguem.

DOS FATOS

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais decorrentes de acidente de trânsito, em que a Autora, Sra. A. J. dos S., alega ter sido atingida por um objeto que se desprendeu da parte superior do veículo conduzido pelo Réu, Sr. C. E. da S.

Conforme os elementos constantes nos autos, o objeto estava devidamente anexado ao veículo, não havendo qualquer conduta culposa por parte do Réu. No entanto, o impacto foi causado pela carga que se desprendeu, gerando os danos alegados pela Autora.

É importante destacar que o Réu adotou todas as medidas de segurança necessárias para o transporte da carga, inexistindo qualquer negligência, imprudência ou imperícia que pudesse caracterizar culpa no evento.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que a responsabilidade civil no direito brasileiro está disciplinada no CCB/2002, art. 186, que estabelece a obrigação de reparar o dano quando houver conduta dolosa ou culposa. No caso em tela, não há comprovação de culpa do Réu, sendo inviável a imputação de responsabilidade.

Ademais, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê, em seu art. 29, II, que o condutor deve observar as regras de circulação e segurança. O Réu, ao transportar a carga, cumpriu integralmente as normas aplicáveis, não havendo qualquer indício de violação ao dever de cuidado.

Conforme o ônus da prova, previsto no CPC/2015, art. 373, I e II, cabe à parte autora demonstrar os fatos constitutivos de seu direito, o que não ocorreu no presente caso. A Autora não conseguiu comprovar que o Réu agiu de forma culposa ou negligente, sendo impossível atribuir-lhe a responsabilidade pelos danos sofridos.

Por fim, é importante ressaltar que, para a configuração do dano moral, é necessário que o evento tenha causado abalo significativo à esfera íntima da vítima, "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Indenização por Acidente de Trânsito, proposta pela Autora, Sra. A. J. dos S., em face do Réu, Sr. C. E. da S., na qual se pleiteia a reparação por danos materiais e morais, em razão de alegado acidente causado pelo desprendimento de um objeto da parte superior do veículo do Réu.

Da Análise Hermenêutica

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que preceitua a necessidade de fundamentação das decisões judiciais, passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao presente caso.

Dos Fatos

De acordo com os autos, a Autora alegou que foi atingida por um objeto que se desprendeu do veículo conduzido pelo Réu. Por outro lado, o Réu defendeu a inexistência de conduta culposa, sustentando que o objeto estava devidamente fixado e que todas as medidas de segurança foram observadas.

Observa-se que a controvérsia reside na comprovação da culpa do Réu e, por consequência, no reconhecimento de sua responsabilidade pelos danos alegados pela Autora.

Do Direito Aplicado

Nos termos do art. 186 do Código Civil, a responsabilidade civil exige a comprovação de dolo ou culpa. Ademais, conforme o art. 373 do CPC/2015, o ônus da prova incumbe à parte autora quanto aos fatos constitutivos de seu direito.

No caso em tela, a Autora não logrou êxito em demonstrar que o Réu agiu com imprudência, negligência ou imperícia. Pelo contrário, os elementos constantes nos autos indicam que o Réu adotou as medidas necessárias para prevenir acidentes, não havendo prova de violação ao dever de cuidado.

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, a jurisprudência consolidada estabelece que tal reparação é cabível apenas quando houver abalo significativo à esfera íntima do indivíduo, o que não restou demonstrado no presente caso.

Da Jurisprudência

Em consonância com o entendimento jurisprudencial, destacam-se os seguintes precedentes:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - "A responsabilidade por danos em acidentes de trânsito exige comprovação de culpa, sendo indevida a reparação por danos morais em situações corriqueiras."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - "Dano moral em acidentes de trânsito somente é indenizável quando comprovado abalo significativo à moral do indivíduo."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - "Ausência de comprovação de culpa impede o reconhecimento da responsabilidade civil e o deferimento do pedido de indenização."

Conclusão

Ante o exposto, considerando a ausência de comprovação de culpa do Réu e a inexistência de abalo moral significativo à Autora, voto pelo não conhecimento do pedido de indenização por danos morais. Ademais, julgo pela improcedência dos pedidos formulados pela Autora, com a condenação ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.

Termos Finais

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

__________________________________

Magistrado(a)


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