Modelo de Alegações Finais em Processo Criminal com Pedido de Absolvição por Ausência de Provas Robusta

Publicado em: 11/09/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de alegações finais em processo criminal, com fundamento nos artigos 403, §3º, e 386, VII, do Código de Processo Penal, requerendo a absolvição do acusado em razão da insuficiência de provas concretas e robustas. O documento destaca princípios constitucionais como a presunção de inocência e o in dubio pro reo, além de apresentar argumentos jurídicos, análise probatória, jurisprudências pertinentes e pedidos subsidiários, como a desclassificação do crime imputado e afastamento das qualificadoras previstas no art. 121, §2º, do Código Penal.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE CATENDE – PE

Processo nº: ____________

ALEGAÇÕES FINAIS

VALDENIS ANTONIO DA SILVA, já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fundamento no art. 403, §3º, do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

PREÂMBULO

O acusado foi denunciado pela prática do crime previsto no art. 121, §2º, II e IV, do CP, sob a alegação de que teria, no dia 23 de junho de 2019, entre 4h e 5h da manhã, no Distrito de Lage Grande, Catende-PE, assassinado a vítima utilizando-se de uma arma de fogo (revólver). Contudo, a acusação carece de provas robustas e suficientes, baseando-se em meras suposições e relatos frágeis do tipo "ouviu dizer".

DOS FATOS

Conforme narrado na denúncia, o acusado teria praticado homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Todavia, a narrativa acusatória não encontra respaldo em provas concretas, sendo sustentada por depoimentos frágeis e contraditórios, sem qualquer elemento que comprove, de forma inequívoca, a autoria do crime.

O acusado, desde o início, negou veementemente a prática do delito, apresentando álibi consistente que não foi devidamente confrontado ou refutado pela acusação. Ademais, as testemunhas ouvidas durante a instrução processual limitaram-se a reproduzir informações de terceiros, sem qualquer conhecimento direto dos fatos.

DO DIREITO

O princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da CF/88, estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Nesse sentido, é ônus da acusação demonstrar, de forma cabal, a autoria e a materialidade do delito, o que não ocorreu no presente caso.

O conjunto probatório apresentado é insuficiente para sustentar uma condenação, sendo evidente a ausência de provas concretas que vinculem o acusado ao crime. Conforme o art. 386, VII, do CPP, o réu deve ser absolvido quando não houver provas suficientes para a condenação.

Além disso, a fragilidade das provas apresentadas pela acusação viola o princípio do in dubio pro reo, segundo o qual, na dúvida, deve-se decidir em favor do acusado. Esse princípio é uma garantia fundamental do processo penal, assegurando que ninguém seja condenado com base em meras suposições ou indícios frágeis.

JURISPRUDÊNCIAS

Destaca-se o entendimento c"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

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Preâmbulo

Trata-se de processo que tramita sob o número __________, em que figura como acusado Valdenis Antonio da Silva, denunciado pela prática de homicídio qualificado, nos termos do art. 121, §2º, II e IV, do Código Penal, por fatos ocorridos em 23 de junho de 2019, na cidade de Catende-PE. A acusação alega que o réu, utilizando-se de arma de fogo, teria ceifado a vida da vítima com motivo fútil e de forma que dificultou a defesa desta.

No entanto, a defesa, em suas alegações, levanta a tese de ausência de provas robustas que vinculem o acusado à prática do crime, sustentando a aplicação do princípio do in dubio pro reo, além de pleitear a absolvição nos termos do art. 386, VII, do Código de Processo Penal.

Dos Fatos e Fundamentos Jurídicos

Após detida análise dos autos, verifica-se que a acusação não conseguiu demonstrar, de forma inequívoca, a autoria do delito imputado ao acusado. O conjunto probatório limita-se a depoimentos frágeis e contraditórios de testemunhas que não presenciaram os fatos, baseando-se em relatos de terceiros. Ademais, o réu apresentou álibi consistente, o qual não foi devidamente refutado pela acusação.

O princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988, garante que nenhum indivíduo será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Nesse sentido, é ônus da acusação comprovar, de forma cabal, a autoria e materialidade do delito, o que, no presente caso, não foi realizado.

Ainda, o princípio do in dubio pro reo, amplamente reconhecido no direito penal brasileiro, determina que, na ausência de provas concretas e robustas, deve-se decidir em favor do acusado. Tal princípio encontra amparo no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, que prevê a absolvição do réu quando não houver provas suficientes para a condenação.

Jurisprudência Aplicável

STJ, AgRg no AREsp. Acórdão/STJ: "Decisão do Tribunal do Júri que não contraria o caderno probatório. Impõe-se a preservação da decisão do Tribunal Popular, a quem incumbe valorar os elementos amealhados e proferir o veredicto, em respeito ao princípio constitucional da soberania dos veredictos."

TJSP (15ª Câmara de Direito Criminal) - Recurso em Sentido Estrito Acórdão/TJSP: "Certa a materialidade do crime doloso contra a vida e suficientemente indiciada a sua autoria, de rigor o encaminhamento do processo para julgamento pelo Tribunal do Júri. Ausente nesta fase prova inequívoca de que o réu tenha efetuado os disparos."

Dos Pedidos e Conclusão

Diante do exposto, considerando a ausência de provas suficientes para sustentar a condenação, voto pela procedência do pedido da defesa e, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, declaro a absolvição do acusado Valdenis Antonio da Silva.

Subsidiariamente, caso este não seja o entendimento majoritário, sugiro a desclassificação da conduta para crime menos gravoso, afastando-se as qualificadoras previstas no art. 121, §2º, II e IV, do Código Penal.

Assim, conheço do recurso interposto pela defesa e concedo-lhe provimento para absolver o réu, aplicando os princípios constitucionais e processuais que regem o ordenamento jurídico pátrio, em especial o princípio da presunção de inocência e o in dubio pro reo.

Termos em que,

Pede deferimento.

Catende – PE, ___ de __________ de 2023.

Magistrado


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