Modelo de Contestação em Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais Decorrente de Acidente de Trânsito com Denunciação da Lide à Seguradora em Liquidação Extrajudicial
Publicado em: 22/04/2024 CivelConsumidorCONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
Processo nº __________
A. J. dos S., já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO à ação de indenização por danos morais e materiais ajuizada por M. F. de S. L., também já qualificada, nos termos do CPC/2015, art. 319, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
Trata-se de ação de indenização por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trânsito ocorrido em ___/___/____, envolvendo o veículo de propriedade do Autor e o veículo conduzido pelo Réu. O Autor alega que sofreu prejuízos materiais e morais em razão do acidente, imputando ao Réu a responsabilidade exclusiva pelo ocorrido.
Em sua contestação, o Réu promoveu a denunciação à lide da seguradora X. Y. Seguros, com quem mantinha contrato de seguro à época do acidente. Contudo, a seguradora denunciada encontra-se em processo de liquidação extrajudicial, o que traz implicações jurídicas relevantes à presente demanda.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que a denunciação à lide é instituto previsto no CPC/2015, art. 125, que permite ao réu chamar ao processo terceiro que tenha responsabilidade pela indenização pleiteada. No caso em tela, a seguradora denunciada possuía contrato de seguro vigente à época do acidente, o que justifica sua inclusão no polo passivo.
Contudo, a seguradora encontra-se em liquidação extrajudicial, situação regulada pela Lei 6.024/1974. Nos termos dessa legislação, as ações e execuções contra a seguradora em liquidação devem ser suspensas, sendo os créditos habilitados no processo de liquidação. Assim, a inclusão da seguradora no polo passivo da presente demanda é juridicamente inviável, devendo ser reconhecida a impossibilidade de sua condenação direta.
Ademais, a responsabilidade solidária entre o Réu e a seguradora denunciada, prevista no contrato de seguro, não pode ser afastada. Nos termos do CCB/2002, art. 265, a solidariedade decorre de lei ou contrato, sendo aplicável ao caso em tela. Contudo, eventual condenação deve observar os limites da apó"'>...