Modelo de Contestação em Ação de Indenização por Perdas e Danos com Base na Teoria da Perda de uma Chance
Publicado em: 28/04/2024 CivelCONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Réu: A. J. dos S.
Autor: M. F. de S. L.
A. J. dos S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO à ação de indenização por perdas e danos ajuizada por M. F. de S. L., pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
A parte autora ajuizou a presente demanda alegando que a conduta do réu, enquanto advogado, foi marcada por desídia e negligência, resultando na perda de uma chance concreta de obter um resultado favorável em ação judicial anteriormente manejada. Sustenta que o réu teria deixado de adotar medidas processuais essenciais, o que teria causado prejuízos materiais e morais.
Contudo, a narrativa apresentada pela parte autora carece de comprovação fática e jurídica, sendo necessário esclarecer os fatos para demonstrar a improcedência da pretensão indenizatória.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que a responsabilidade civil do advogado está condicionada à comprovação de três elementos essenciais: a conduta culposa ou dolosa, o nexo causal entre a conduta e o dano, e a existência de dano efetivo (CCB/2002, art. 186 e art. 927). No presente caso, nenhum desses elementos foi devidamente demonstrado pela parte autora.
A teoria da perda de uma chance, invocada pela parte autora, exige que a oportunidade perdida seja séria, real e possua alta probabilidade de sucesso. A mera expectativa ou esperança de resultado positivo não é suficiente para ensejar reparação (TJSP, Apelação Cível 1002127-38.2022.8.26.0125). No caso em tela, não há qualquer elemento probatório que demonstre que a chance alegadamente perdida possuía tais características.
Ademais, o réu atuou dentro dos limites do contrato de mandato e das informações fornecidas pela própria autora. Não há qualquer evidência de que tenha agido com negligência, imprudência ou imperícia. Pelo contrário, as decisões tomadas no curso do processo foram baseadas em critérios técnicos e jurídicos adequados.
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