Modelo de Contrarrazões ao Recurso de Apelação em Ação de Obrigação de Fazer c/c Reparação por Danos Morais e Materiais

Publicado em: 12/08/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Documento de contrarrazões ao recurso de apelação interposto por SAFECAR Proteção Mútua em ação judicial movida por Fernando Oliveira Meneses, envolvendo negativa de indenização contratual após o roubo de veículo. A peça defende a manutenção da sentença de primeira instância que condenou a recorrente ao pagamento de indenização material com base na Tabela FIPE, sob alegação de cumprimento contratual pelo recorrido e ausência de provas de descumprimento por parte da recorrente. Fundamentação baseada nos artigos 422 e 187 do Código Civil, artigo 373 do CPC/2015 e jurisprudência dominante.

CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO

RECORRENTE: SAFECAR PROTEÇÃO MÚTUA

RECORRIDO: FERNANDO OLIVEIRA MENESES

PROCESSO Nº: 202374300604 / 0000560-31.2023.8.25.0044

EGRÉGIA CÂMARA

INSÍGNE DESEMBARGADOR RELATOR

PREÂMBULO

Nos termos do CPC/2015, art. 1.010, §1º, o recorrido, F. O. M., devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO, interposto por SAFECAR PROTEÇÃO MÚTUA, nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O recorrido ajuizou a presente ação em razão de negativa injustificada da recorrente em cumprir as obrigações contratuais assumidas. Em 23/02/2023, o veículo do recorrido foi subtraído mediante assalto, fato devidamente registrado em Boletim de Ocorrência e comunicado à recorrente com a apresentação de todos os documentos necessários para a indenização integral.

Apesar da regularidade da comunicação e do cumprimento de todas as exigências contratuais, a recorrente negou a concessão dos benefícios, alegando suposto descumprimento de cláusulas contratuais, sem, contudo, apresentar qualquer prova concreta de irregularidade por parte do recorrido.

Em primeira instância, o juízo julgou procedente o pedido de indenização por dano material, condenando a recorrente ao pagamento do valor do veículo segundo a Tabela FIPE, corrigido monetariamente, e improcedente o pedido de indenização por dano moral.

Inconformada, a recorrente interpôs recurso de apelação, buscando reformar a sentença, alegando, novamente, suposto descumprimento contratual por parte do recorrido, sem, contudo, trazer elementos novos que justifiquem a reforma da decisão.

DO DIREITO

A decisão de primeira instância deve ser mantida, uma vez que foi proferida em conformidade com os princípios e dispositivos legais aplicáveis, notadamente o CCB/2002, art. 422, que impõe às partes o dever de boa-fé e lealdade contratual.

O recorrido cumpriu integralmente suas obrigações contratuais, comunicando o sinistro de forma tempestiva e apresentando toda a documentação exigida. A negativa da recorrente em cumprir sua obrigação de indenizar configura abuso de direito, vedado pelo CCB/2002, art. 187.

Ademais, a alegação genérica de descumprimento contratual pela recorrente não se sustenta, pois não foi apresentada qualquer prova concreta que demonstre omissões ou inexatidões por parte do recorrido. Nos termos do CPC/2015, art. 373, II, cabia à recorrente o ônus de comprovar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do recorrido, o que não foi feito.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Processo nº: 202374300604 / 0000560-31.2023.8.25.0044

Recorrente: SAFECAR PROTEÇÃO MÚTUA

Recorrido: FERNANDO OLIVEIRA MENESES

Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto pela recorrente, SAFECAR Proteção Mútua, contra a sentença de primeira instância que julgou procedente o pedido de indenização por danos materiais, condenando a recorrente ao pagamento do valor do veículo subtraído, conforme a Tabela FIPE, corrigido monetariamente. O pleito de indenização por danos morais foi julgado improcedente.

A recorrente, irresignada, alega suposto descumprimento contratual por parte do recorrido, não apresentando, contudo, elementos novos que justifiquem a reforma da sentença.

Fundamentação

Em análise dos autos, verifico que a sentença de primeiro grau foi proferida em conformidade com os dispositivos legais aplicáveis e os princípios da boa-fé objetiva e equilíbrio contratual, conforme disposto no art. 422 do Código Civil de 2002.

O recorrido cumpriu integralmente suas obrigações contratuais, comunicando o sinistro tempestivamente e apresentando toda a documentação exigida para a concessão da indenização. A negativa da recorrente em cumprir suas obrigações contratuais configura abuso de direito, vedado pelo art. 187 do Código Civil de 2002.

Ademais, a recorrente não se desincumbiu de seu ônus probatório, conforme disposto no art. 373, II do CPC/2015, não apresentando qualquer prova concreta que demonstre o alegado descumprimento contratual pelo recorrido.

Quanto à fixação do valor da indenização com base na Tabela FIPE, entendo que a sentença observou os critérios de liquidez e certeza, estando em conformidade com a jurisprudência amplamente consolidada.

Jurisprudência Aplicável

Destaco os seguintes precedentes que corroboram a manutenção da sentença de primeira instância:

  • APELAÇÃO DE AMBAS AS PARTES. DIALETICIDADE RECURSAL VERIFICADA. AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REGRESSO.
    "Como se sabe, em regra, cumpre: (i) ao autor demonstrar o fato constitutivo de seu direito (CPC/2015, art. 373, I); (ii) ao réu provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (CPC/2015, art. 373, II). [...] Dessa forma, a indenização do seguro foi integralmente paga ao segurado, sem sua oposição." (TJRJ - Apelação Acórdão/TJRJ)
  • APELAÇÃO. CONTRARRAZÕES. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE.
    "O juiz não está obrigado a produzir todas as provas requeridas pelas partes, caso as provas dos autos já sejam suficientes para formar sua convicção." (TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP)
  • APELAÇÃO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO REGRESSIVA DE RESSARCIMENTO DE DANOS.
    "No caso concreto, a ré não se desincumbiu do ônus probatório em comprovar o alegado." (TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP)

Decisão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pelo não provimento do recurso de apelação interposto pela recorrente, mantendo integralmente a sentença de primeira instância.

Condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Termos Finais

Este é o meu voto, em atenção ao princípio da fundamentação das decisões judiciais, previsto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

Local e data: [Cidade], [Data].

Assinado: [Nome do Magistrado]


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