Modelo de Embargos à Penhora: Defesa da Impenhorabilidade de Verbas de Natureza Alimentar e Contestação de Excesso de Penhora
Publicado em: 27/11/2024 CivelProcesso Civil ImpenhorabilidadeEMBARGOS À PENHORA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.
V. M. L. P., brasileira, idosa, portadora do CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada, que atua em causa própria, com endereço eletrônico ____________, nos termos do CPC/2015, art. 319, apresentar:
EMBARGOS À PENHORA
nos autos do cumprimento de sentença promovido por ____________, expondo e requerendo o que segue.
DOS FATOS
A embargante foi surpreendida com a penhora de valores depositados em sua conta bancária, no montante de R$ 12.163,93, por meio do sistema SISBAJUD. Referida penhora foi realizada sem a devida observância das normas legais que protegem a impenhorabilidade de verbas de natureza alimentar, conforme disposto no CPC/2015, art. 833, IV.
Ressalta-se que a embargante é pessoa idosa, com filho doente sob sua responsabilidade, e os valores bloqueados são destinados ao pagamento de despesas essenciais, como alimentação e plano de saúde. Além disso, o valor executado apresenta discrepância, pois se pleiteia o montante de R$ 1.130.000,00, quando, na realidade, o crédito devido é de R$ 665.000,00, conforme planilha de aluguéis vincendos apresentada.
Após 30 dias de bloqueio, Vossa Excelência determinou que a embargante se manifestasse, no prazo de 5 (cinco) dias, acerca da penhora, comprovando a impenhorabilidade das quantias e/ou eventual excesso de penhora. Assim, a presente manifestação é tempestiva e busca a proteção dos direitos da embargante.
DO DIREITO
A penhora realizada viola normas legais e princípios constitucionais, conforme se expõe a seguir:
Inicialmente, é importante destacar que os valores bloqueados possuem natureza alimentar, sendo, portanto, impenhoráveis, nos termos do CPC/2015, art. 833, IV. A legislação brasileira protege verbas destinadas à subsistência, especialmente quando se trata de pessoa idosa e com dependentes, como é o caso da embargante.
Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 1º, III, consagra a dignidade da pessoa humana como fundamento do Estado Democrático de Direito. A penhora de valores essenciais à sobrevivência da embargante e de seu filho doente afronta diretamente esse princípio, colocando em risco sua sub"'>...