Modelo de Habeas Corpus com Pedido Liminar para Relaxamento de Prisão por Constrangimento Ilegal Decorrente de Atraso no Processo
Publicado em: 28/08/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO [INSERIR ESTADO]
HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR
Impetrante: [NOME COMPLETO DO ADVOGADO], brasileiro(a), inscrito(a) na OAB/[UF] sob o nº [NÚMERO], com endereço profissional na [ENDEREÇO COMPLETO], endereço eletrônico [EMAIL].
Paciente: [NOME COMPLETO DO PACIENTE], brasileiro(a), estado civil [ESTADO CIVIL], profissão [PROFISSÃO], portador do RG nº [NÚMERO], inscrito no CPF sob o nº [NÚMERO], atualmente recolhido no [LOCAL DE RECLUSÃO].
Autoridade Coatora: MM. Juiz(a) de Direito da [VARA CRIMINAL] da Comarca de [CIDADE/ESTADO].
PREÂMBULO
O Impetrante, advogado regularmente constituído, com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar o presente HABEAS CORPUS, com pedido liminar, em favor do Paciente acima qualificado, que se encontra sofrendo constrangimento ilegal em razão de atraso injustificado no trâmite processual, conforme os fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Paciente foi preso e permaneceu encarcerado durante todo o trâmite processual. Na fase de alegações finais, o Ministério Público foi devidamente intimado para apresentar seus memoriais. Contudo, já se passaram mais de 60 (sessenta) dias desde a referida intimação, sem que o órgão ministerial tenha cumprido sua obrigação processual.
Tal atraso injustificado viola os princípios da razoabilidade e da cooperação processual, além de impedir que o processo avance para a prolação de sentença. Enquanto isso, o Paciente permanece recluso, sem que haja qualquer justificativa plausível para o atraso, configurando evidente constrangimento ilegal.
DO DIREITO
O presente Habeas Corpus encontra fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988, que assegura a proteção contra qualquer constrangimento ilegal. O Código de Processo Penal, em seu artigo 648, inciso II, também prevê que a coação será considerada ilegal quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei.
O princípio da razoável duração do processo, previsto no artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal de 1988, foi flagrantemente violado. O atraso de mais de 60 (sessenta) dias para a apresentação das alegações finais pelo Ministério Público é incompatível com a celeridade que deve ser observada em processos criminais, especialmente quando o réu encontra-se preso.