Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Entrega de Imóvel Rural Quitado com Fundamentação no CPC/2015 e Código Civil

Publicado em: 03/02/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Documento jurídico que apresenta réplica à contestação em ação de entrega de imóvel rural devidamente quitado. O autor refuta as alegações do réu sobre inadimplemento contratual e benfeitorias, fundamentando-se no princípio do pacta sunt servanda (art. 421 do CCB/2002), na vedação ao enriquecimento sem causa (art. 884 do CCB/2002) e no esbulho possessório (CPC/2015, art. 561). Constam pedidos de rejeição das alegações do réu, entrega do imóvel, custas processuais, produção de provas e designação de audiência de conciliação, se necessária.

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

A. J. dos S., já qualificado nos autos da presente ação, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 350, apresentar a presente RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de ação ajuizada pelo Autor em face de M. F. de S. L., visando à entrega de imóvel rural devidamente quitado, conforme contrato firmado entre as partes. O Autor cumpriu integralmente sua obrigação de pagamento, conforme comprovantes anexados aos autos, porém, até o presente momento, o Réu não realizou a entrega do imóvel, configurando inadimplemento contratual.

Na contestação, o Réu alega, de forma genérica, que o contrato não foi integralmente cumprido pelo Autor, bem como sustenta a existência de benfeitorias realizadas no imóvel que deveriam ser indenizadas. Contudo, tais alegações carecem de comprovação e não afastam o direito do Autor à posse do imóvel.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o contrato firmado entre as partes possui força obrigatória, nos termos do CCB/2002, art. 421, que consagra o princípio do pacta sunt servanda. Assim, uma vez que o Autor cumpriu integralmente sua obrigação de pagamento, o Réu está obrigado a entregar o imóvel, sob pena de violação contratual.

Ademais, o inadimplemento do Réu configura enriquecimento sem causa, vedado pelo CCB/2002, art. 884, uma vez que ele permanece na posse do imóvel sem qualquer justificativa legal, mesmo após o cumprimento das obrigações pelo Autor.

Quanto às benfeitorias alegadas pelo Réu, estas foram mencionadas de forma genérica, sem qualquer comprovação nos autos. Conforme entendimento consolidado, o direito à indenização por benfeitorias exige prova inequívoca de sua realização e de sua natureza, o que não foi demonstrado pelo Réu.

Por fim, destaca-se que a conduta do Réu em reter o imóvel, mesmo após o pagamento integral, caracteriza esbulho possessório, nos termos do CPC/2015, art. 561, sendo cabível a reintegração de pos"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação ajuizada por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., visando à entrega de imóvel rural devidamente quitado, com fundamento no contrato firmado entre as partes. O Autor alega que cumpriu integralmente sua obrigação de pagamento, enquanto o Réu, em contestação, aduz genericamente que o contrato não foi integralmente cumprido e menciona a existência de benfeitorias que exigiriam indenização. Apresentada réplica, os autos encontram-se prontos para julgamento.

Fundamentação

Nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, a fundamentação dos atos decisórios é imprescindível para assegurar a transparência e a legitimidade das decisões judiciais. Passo, portanto, à análise dos fatos e fundamentos jurídicos.

1. Da Obrigação Contratual

Conforme dispõe o artigo 421 do Código Civil Brasileiro, o contrato firmado entre as partes possui força obrigatória, de acordo com o princípio do pacta sunt servanda. O Autor comprovou nos autos o cumprimento integral de sua obrigação de pagamento, não restando alternativa ao Réu senão a entrega do imóvel objeto do contrato. A recusa do Réu em cumprir a obrigação configura inadimplemento contratual, passível de condenação.

2. Do Enriquecimento Sem Causa

Nos termos do artigo 884 do Código Civil, ninguém pode enriquecer sem causa à custa de outrem. A manutenção da posse do imóvel pelo Réu, após o cumprimento das obrigações pelo Autor, caracteriza enriquecimento ilícito, devendo ser cessado por meio da entrega do bem ao legítimo possuidor.

3. Das Benfeitorias Alegadas

As benfeitorias mencionadas pelo Réu na contestação carecem de comprovação adequada, sendo genéricas e desprovidas de provas documentais ou testemunhais. Conforme entendimento consolidado na jurisprudência, o direito à indenização por benfeitorias exige prova inequívoca de sua realização e sua natureza, o que não foi demonstrado pelo Réu.

4. Da Caracterização do Esbulho Possessório

A conduta do Réu em reter o imóvel após o cumprimento do contrato configura esbulho possessório, nos termos do artigo 561 do Código de Processo Civil. Deste modo, é cabível o deferimento da reintegração de posse em favor do Autor.

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal, e nos artigos 421 e 884 do Código Civil, bem como no artigo 561 do Código de Processo Civil, voto pela procedência do pedido inicial, condenando o Réu à entrega do imóvel objeto do contrato ao Autor, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Condeno ainda o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente a ação para:

  1. Determinar a entrega do imóvel rural objeto do contrato ao Autor, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
  2. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

É como voto.

 

[Local], [Data].

__________________________
[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz de Direito


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