Modelo de Resposta à Acusação em Caso de Tentativa de Homicídio com Pedido de Revogação de Prisão Preventiva e Absolvição
Publicado em: 19/02/2024 Direito PenalRESPOSTA À ACUSAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Nome do Acusado: R. A. de S.
Por seu advogado que esta subscreve, devidamente constituído nos autos, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 396-A, apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, nos termos que seguem.
DOS FATOS
O acusado, R. A. de S., foi denunciado pela prática do crime de tentativa de homicídio contra sua ex-companheira, M. C. de A., conforme narra a denúncia oferecida pelo Ministério Público. Segundo consta, o fato teria ocorrido em __________, quando o acusado, supostamente motivado por ciúmes, teria desferido golpes contra a vítima utilizando uma arma branca.
O acusado foi preso preventivamente, tendo seu pedido de revogação da prisão sido negado por este juízo. Não obstante, o acusado nega veementemente a intenção de ceifar a vida da vítima, alegando que os fatos ocorreram em contexto de discussão acalorada, sem o dolo de matar.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o acusado não possui antecedentes criminais, sendo pessoa de conduta socialmente adequada, conforme se extrai dos documentos juntados aos autos. Ademais, a análise dos elementos probatórios até o momento colhidos não demonstra, de forma inequívoca, o dolo específico de matar (animus necandi), essencial para a configuração do crime de tentativa de homicídio.
O Código Penal, em seu art. 14, II, define a tentativa como a execução de atos que, embora iniciados, não se consumam por circunstâncias alheias à vontade do agente. No caso em tela, a conduta do acusado não revela a intenção clara e inequívoca de ceifar a vida da vítima, mas sim um ato impensado em meio a uma discussão.
Além disso, o princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, impõe que a dúvida deve sempre beneficiar o réu, especialmente em casos em que os elementos probatórios não são suficientemente robustos para sustentar a acusação.
Por fim, a negativa de revogação da prisão preventiva do acusado merece ser reavaliada, uma vez que não se encontram presentes os requisitos do CPP, art. 312, como o risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.
JURISPRUDÊNCIAS
Em reforço às teses defensivas, destacam-se os seguintes precedentes:
1. Recurso em Sentido Estrito - Tentativa de Homicídio Qualificado
O Tribunal de Justiça de São Paulo, em caso análogo, destacou que o juízo de admis"'>...