Modelo de Defesa Prévia e Pedido de Revogação de Prisão Preventiva em Caso de Homicídio Qualificado
Publicado em: 23/01/2025 Direito Penal Processo PenalDEFESA PRÉVIA E PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de __________.
Processo nº __________
Requerente: A. J. dos S.
Réu: M. F. de S. L.
A. J. dos S., já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 121, §2º, IV do Código Penal, bem como nos arts. 282, 312 e 319 do CPP, apresentar sua DEFESA PRÉVIA e requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Requerente foi denunciado pela suposta prática do crime de homicídio qualificado, tipificado no art. 121, §2º, IV do Código Penal, sob a alegação de que teria agido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Em razão disso, foi decretada sua prisão preventiva, sob o fundamento de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.
Contudo, a prisão preventiva carece de elementos concretos que justifiquem sua manutenção, sendo desproporcional e contrária aos princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana. Ademais, o Requerente possui condições pessoais favoráveis, como residência fixa e trabalho lícito, que afastam o risco de fuga ou reiteração criminosa.
DO DIREITO
A prisão preventiva, conforme disposto no CPP, art. 312, é medida excepcional que exige a presença dos requisitos do fumus comissi delicti e do periculum libertatis. No presente caso, não há elementos concretos que demonstrem a necessidade da segregação cautelar, sendo possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do CPP, art. 319.
A Constituição Federal, em seu art. 5º, LXI, estabelece que ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente. A decisão que decretou a prisão preventiva do Requerente carece de fundamentação idônea, violando o disposto no art. 93, IX, da CF/88.
Além disso, a manutenção da prisão preventiva afronta o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII da CF/88, e o princípio da proporcionalidade, que exige que a medida restritiva seja adequada, necessária e proporcional ao fim que se pretende alcançar.
A doutrina reforça que a prisão preventiva deve ser utilizada como última ratio, sendo imprescindível a demonstração concreta de sua necessidade. Nesse sentido, "'>...