Modelo de Pedido de revogação de prisão preventiva de R. A. dos S. N. por tráfico de drogas, com substituição por medidas cautelares diversas, especialmente monitoramento eletrônico, fundamentado no CPP e princípios consti...

Publicado em: 29/04/2025 Direito Penal Processo Penal
Modelo de petição para requerer a revogação da prisão preventiva decretada contra o acusado R. A. dos S. N., preso por tráfico de drogas, com pedido de substituição por medidas cautelares diversas, como monitoramento eletrônico e comparecimento mensal em juízo, fundamentado no CPP, art. 312 e CPP, art. 319, princípios constitucionais da presunção de inocência, devido processo legal e princípio da homogeneidade, e amparo em jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Destaca-se a qualificação das partes, a exposição detalhada dos fatos, fundamentos jurídicos e pedidos, incluindo a intimação do Ministério Público e expedição do alvará de soltura.

PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA COM SUBSTITUIÇÃO POR MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS – MONITORAMENTO ELETRÔNICO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Requerente: R. A. dos S. N., brasileiro, solteiro, pescador, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 12.345.678-9, residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 100, Bairro Centro, CEP 20000-000, Capital/RJ, endereço eletrônico: [email protected].
Advogado: M. F. de S. L., inscrita na OAB/RJ sob o nº 123.456, endereço profissional na Av. X, nº Y, sala 101, Barra da Tijuca, CEP 00000-000, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico: [email protected].
Requerido: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com sede na Av. X, nº Y, Centro, CEP 00000-000, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico: [email protected].

3. SÍNTESE DOS FATOS

O requerente, R. A. dos S. N., foi preso em flagrante no dia 28/03/2025, por volta das 21h, nesta Capital, sob a acusação da suposta prática do crime previsto na Lei 11.343/2006, art. 33 (tráfico de drogas). Segundo consta dos autos, a prisão ocorreu após abordagem policial em local conhecido por ser ponto de tráfico, tendo sido apreendida quantidade de substância entorpecente.

Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, a custódia foi convertida em prisão preventiva, sob o fundamento de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal. O requerente, contudo, é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, conforme já informado nos autos.

Diante da ausência de elementos concretos que justifiquem a manutenção da segregação cautelar, e considerando a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, especialmente o monitoramento eletrônico, vem o requerente, por meio de sua advogada, requerer a revogação da prisão preventiva, com a aplicação das medidas cabíveis.

4. DOS FUNDAMENTOS PARA A REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva, nos termos do CPP, art. 312, constitui medida de natureza excepcional, devendo ser decretada apenas quando presentes os requisitos do fumus comissi delicti (indícios suficientes de autoria e materialidade) e do periculum libertatis (risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal).

No presente caso, embora a materialidade do delito esteja evidenciada pela apreensão de entorpecentes, não há elementos concretos que demonstrem a necessidade da custódia cautelar. O requerente é tecnicamente primário, possui bons antecedentes, residência fixa e exerce atividade laborativa lícita. Não há notícia de ameaça a testemunhas, tampouco indícios de que o requerente pretenda se furtar à aplicação da lei penal.

Ademais, a quantidade de droga apreendida não extrapola o que usualmente se arrecada com os chamados “proletários do tráfico”, conforme reconhecem reiteradas decisões dos Tribunais, não se justificando, portanto, a manutenção da medida mais gravosa.

Ressalte-se que o princípio da homogeneidade, previsto implicitamente na CF/88, art. 5º, XLVI, e explicitamente reconhecido pela jurisprudência, impede que a prisão cautelar seja mais severa do que a pena eventualmente aplicável ao final do processo. Assim, mostra-se suficiente e adequada a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, como o monitoramento eletrônico, nos termos do CPP, art. 319, IX.

A manutenção da prisão preventiva, sem fundamentação concreta e atual, viola o direito fundamental à liberdade e o princípio da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII), além de afrontar o devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV).

Dessa forma, a revogação da prisão preventiva, com a imposição de medidas cautelares diversas, mostra-se medida de rigor, em consonância com o entendimento consolidado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

5. DO DIREITO

A prisão preventiva encontra-se disciplinada no CPP, art. 311 e seguintes, sendo cabível apenas quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. O CPP, art. 313, por sua vez, estabelece as hipóteses de admissibilidade, exigindo, para o tráfico de drogas, que a pena máxima seja superior a 4 anos, o que se verifica no presente caso.

Contudo, o CPP, art. 282, § 6º, determina que a prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar diversa, prevista no CPP, art."'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de pedido de revogação de prisão preventiva, formulado por R. A. dos S. N., atualmente custodiado pela suposta prática do crime previsto na Lei 11.343/2006, art. 33, postulando sua substituição por medidas cautelares diversas, especialmente o monitoramento eletrônico.

I - Relatório

O requerente foi preso em flagrante em 28/03/2025, sendo a custódia convertida posteriormente em prisão preventiva, sob o fundamento de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal. Argumenta-se, entretanto, que o requerente é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, inexistindo elementos concretos que justifiquem a manutenção da segregação cautelar. Pleiteia-se, assim, a revogação da prisão preventiva com a aplicação de medidas cautelares diversas, em especial o monitoramento eletrônico.

II - Fundamentação

Inicialmente, destaco que a CF/88, art. 93, IX, exige que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e das normas aplicáveis.

A prisão preventiva, de natureza excepcional, encontra respaldo no CPP, art. 311, CPP, art. 312 e CPP, art. 313, sendo cabível quando presentes os requisitos do fumus comissi delicti e do periculum libertatis. No caso concreto, embora haja prova da materialidade e indícios de autoria em relação ao crime imputado, não se vislumbra, neste momento, risco concreto à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, mormente diante da primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita do requerente.

Ressalte-se que a quantidade de entorpecentes apreendida não extrapola o que usualmente se observa em situações semelhantes, não havendo elementos individualizados a indicar maior gravidade na conduta do agente.

Ademais, conforme dispõe o CPP, art. 282, § 6º, a prisão preventiva somente deve ser decretada quando não for cabível a aplicação de medida cautelar diversa prevista no CPP, art. 319. O monitoramento eletrônico e o comparecimento periódico em juízo, conquanto de menor gravidade, mostram-se adequados e suficientes para assegurar, no momento, a regularidade do processo e a aplicação da lei penal.

A manutenção da prisão preventiva, sem fundamentação concreta e atual acerca do periculum libertatis, afronta princípios constitucionais, como o devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), a presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e a homogeneidade das medidas cautelares (CF/88, art. 5º, XLVI), já reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em diversos precedentes.

Destaco, ainda, que o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, conforme jurisprudências colacionadas aos autos, vêm admitindo a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares em hipóteses análogas, sobretudo quando ausentes elementos concretos de periculosidade social do agente ou de risco processual.

III - Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente o pedido de revogação da prisão preventiva de R. A. dos S. N., substituindo-a pelas seguintes medidas cautelares, nos termos do CPP, art. 319:

  1. Monitoramento eletrônico do acusado (CPP, art. 319, IX);
  2. Comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades (CPP, art. 319, I);
  3. Proibição de ausentar-se da Comarca sem autorização judicial;
  4. Intimação do Ministério Público para manifestação;
  5. Expedição de alvará de soltura, caso não haja outro motivo para a prisão;
  6. Manutenção das demais condições legais cabíveis.

Por fim, revogo a prisão preventiva, ressalvando que o descumprimento de quaisquer das medidas impostas poderá ensejar a sua reavaliação e eventual decretação de nova custódia cautelar.

IV - Conclusão

É como voto.

 

Rio de Janeiro,                                  de abril de 2025.

Juiz de Direito


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