Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva por Falta de Requisitos Legais e Ausência de Participação em Crime de Tráfico de Drogas – Caso de Universitário Primário com Residência Fixa
Publicado em: 16/04/2025 Direito Penal Processo PenalPEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ª Vara Criminal da Comarca de Guarulhos/SP
Processo n. 1509716-98.2025.8.26.0228
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Requerente:
M. S. L. S., brasileiro, solteiro, universitário, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Guarulhos/SP, CEP XXXXX-XXX, e-mail: matheus@email.com.
Advogado:
A. J. dos S., OAB/SP XXXXX, e-mail: advogado@email.com, com escritório profissional na Rua Advogado, nº 100, Centro, Guarulhos/SP, CEP XXXXX-XXX.
Requerido:
Ministério Público do Estado de São Paulo, com endereço eletrônico institucional: mpsp@mp.sp.gov.br.
3. DOS FATOS
O Requerente, M. S. L. S., universitário, primário, com residência fixa, foi surpreendido com a decretação de prisão preventiva no âmbito do processo em epígrafe, sob a acusação de envolvimento em delito relacionado a tráfico de drogas. Contudo, conforme consta dos autos, o acusado J. foi flagrado e preso dentro do apartamento onde a droga foi localizada, tendo assumido integralmente a posse dos entorpecentes e confessado a autoria do crime.
Importante destacar que J., em seu depoimento, afirmou categoricamente que seu irmão, ora Requerente, M. S. L. S., não tinha conhecimento da prática delitiva. Ademais, restou comprovado que o Requerente estava no prédio de sua sogra, conforme comprovante de residência anexado aos autos, corroborando a narrativa de ausência de envolvimento nos fatos.
Ressalte-se, ainda, que o Requerente possui residência fixa, é primário, universitário e não possui antecedentes criminais, evidenciando seu bom comportamento social e ausência de risco à ordem pública ou à instrução criminal.
Dessa forma, não há elementos concretos que justifiquem a manutenção da custódia cautelar, sendo cabível e necessária a revogação da prisão preventiva.
4. DO DIREITO
A decretação da prisão preventiva é medida de exceção, devendo ser aplicada somente quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.
O CPP, art. 282, § 6º, dispõe que a prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o CPP, art. 319, que prevê alternativas menos gravosas, como o comparecimento periódico em juízo e a proibição de ausentar-se da comarca.
No presente caso, não há qualquer indício de que o Requerente represente risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. Ao contrário, trata-se de indivíduo com bons antecedentes, residência fixa, ocupação definida (universitário) e comprovada ausência de participação no delito, conforme confissão do corréu e demais elementos probatórios.
O princípio da presunção de inocência, consagrado na CF/88, art. 5º, LVII, determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, sendo a prisão processual medida de exceção e não de regra.
Ademais, a jurisprudência pátria tem entendido que a existência de condições pessoais favoráveis, como primariedade, residência fixa e ocupação lícita, aliadas à ausência de contemporaneidade dos fatos e de risco concreto, autorizam a revogação da prisão preventiva, com eventual aplicação de medidas cautelares diversas.
Ressalte-se, ainda, que a manutenção da prisão preventiva sem fundamentação concreta viola os princípios da legalidade, proporcionalidade e dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), devendo ser revogada para garantir o devido processo legal.
Por fim, o CPC/2015, art. 319, exige a exposição clara dos fatos e fund"'>...