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Suspensão de créditos não tributários por seguro-garantia ou fiança bancária no CPC/2015

Publicado em: 23/01/2025 AdministrativoProcesso Civil
Análise sobre a possibilidade de suspender a exigibilidade de créditos não tributários pela oferta de seguro-garantia ou fiança bancária, discutindo os limites previstos no CPC/2015 e na legislação administrativa aplicável.

"Definir se a oferta de seguro-garantia ou de fiança bancária tem o condão de suspender a exigibilidade de crédito não tributário."

Súmulas:
Súmula 517/STJ. A fiança bancária equivale a dinheiro para fins de penhora.

Legislação:


CPC/2015, art. 1.036. Estabelece o rito dos recursos repetitivos.

RISTJ, art. 257-C. Regula o processamento de recursos representativos de controvérsia.

CF/88, art. 5º, XXXV e art. 105, III, a. Fundamenta o acesso à Justiça e a competência do STJ.

Lei 6.830/1980, art. 9º, § 3º. Dispõe sobre a substituição de penhora por fiança bancária ou seguro-garantia.


Informações complementares





TÍTULO:
SEGURO-GARANTIA E FIANÇA BANCÁRIA NA EXECUÇÃO FISCAL PARA CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS



1. Introdução

O presente documento aborda a utilização do seguro-garantia e da fiança bancária como mecanismos para suspender a exigibilidade de créditos não tributários no âmbito da execução fiscal. Essas modalidades de garantia têm ganhado destaque no cenário jurídico brasileiro, especialmente devido à sua previsão no CPC/2015, que visa promover maior eficiência e economicidade nos processos executivos.

A análise foca nos limites impostos pela legislação, bem como nos requisitos que devem ser observados para a aceitação desses instrumentos como substitutos à penhora de bens, à luz dos princípios da dignidade da pessoa humana, eficiência administrativa e menor onerosidade para o executado.

Legislação:

CPC/2015, art. 835: Prevê a ordem de preferência dos bens penhoráveis.  
Lei 6.830/1980, art. 9º: Dispõe sobre a execução fiscal e a substituição de bens penhorados.  
CF/88, art. 37: Determina os princípios da legalidade e eficiência na administração pública.  

Jurisprudência:

Seguro-Garantia em Créditos Não Tributários  

Fiança Bancária na Execução Fiscal  

Suspensão de Exigibilidade no CPC/2015  


2. Seguro-garantia, fiança bancária, créditos não tributários, suspensão de exigibilidade, CPC/2015, execução fiscal

O seguro-garantia e a fiança bancária são alternativas previstas no CPC/2015 para a garantia de execuções fiscais, permitindo a suspensão da exigibilidade de créditos não tributários enquanto se discute o mérito da cobrança. Essas garantias possuem natureza jurídica equivalente ao dinheiro e estão alinhadas com o princípio da menor onerosidade para o devedor.

A aceitação do seguro-garantia depende de sua regularidade e adequação aos parâmetros estabelecidos pela Fazenda Pública, incluindo a comprovação de sua idoneidade financeira e validade do instrumento. A fiança bancária, por sua vez, deve ser emitida por instituições financeiras devidamente autorizadas e apresentar valores suficientes para cobrir o crédito exequendo e os encargos legais.

Ambos os instrumentos são essenciais para evitar a constrição de bens de forma desproporcional e assegurar a continuidade das atividades econômicas do executado, especialmente em casos envolvendo créditos não tributários. Além disso, a legislação determina que o credor tem o direito de pleitear a substituição da garantia, caso esta se mostre insuficiente ou inadequada.

Legislação:

CPC/2015, art. 835: Disciplina a ordem de preferência dos bens penhoráveis.  
Lei 6.830/1980, art. 9º: Regulamenta a substituição de penhora em execuções fiscais.  
CF/88, art. 5º, XXXV: Garante o direito de acesso à justiça.  

Jurisprudência:

Crédito Não Tributário e Seguro-Garantia  

Execução Fiscal e Fiança Bancária  

Seguro-Garantia no CPC/2015  


3. Considerações finais

A utilização de seguro-garantia e fiança bancária na suspensão da exigibilidade de créditos não tributários é uma medida que equilibra os interesses do credor e do devedor, promovendo a efetividade das execuções fiscais. Esses instrumentos asseguram o cumprimento das obrigações legais sem comprometer a sustentabilidade financeira do executado, especialmente em situações de elevada complexidade econômica.

É crucial que a aplicação desses mecanismos observe os requisitos legais e jurisprudenciais, garantindo segurança jurídica e eficiência processual. A flexibilização do sistema de garantias deve ser vista como um avanço no direito processual brasileiro, possibilitando maior dinamismo e justiça na resolução dos conflitos.



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