Jurisprudência em Destaque
Análise Jurídica da Decisão do STJ Sobre o Termo Inicial do Prazo Prescricional em Ações de Reparação de Danos
Doc. LEGJUR 240.9290.5730.3415
A controvérsia diz respeito ao termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de reparação de danos materiais e morais decorrentes do ajuizamento de ação anterior - ação de nunciação de obra nova - em que, concedida liminar, foi julgada procedente em primeiro grau de jurisdição e posteriormente, em decorrência do provimento do recurso de apelação, foi julgada improcedente, oportunidade em que foi afastado o provimento provisório outrora deferido. ... ()

Comentário/Nota
COMENTÁRIO JURÍDICO SOBRE DECISÃO DO STJ
INTRODUÇÃO
O presente comentário analisa a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito de um agravo interno interposto em recurso especial, de relatoria do Ministro J. O. N., envolvendo os agravantes J. M. B., L. O. B. S. e M. F. P. S. O julgado abordou questões relevantes sobre a definição do termo inicial do prazo prescricional em uma ação de reparação por danos decorrentes da execução de uma liminar posteriormente revogada.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA DECISÃO
A controvérsia principal residiu na fixação do termo inicial do prazo prescricional para a pretensão de reparação de danos. O STJ, ao analisar o recurso, fixou que o prazo prescricional tem início a partir do trânsito em julgado da ação de conhecimento relacionada, no caso, uma ação de nunciação de obra nova. Tal entendimento encontra respaldo na necessidade de estabilidade da relação jurídica, que somente se concretiza com o trânsito em julgado da decisão judicial.
A corte afastou a alegação de violação ao CPC/2015, art. 489, §1º, IV, entendendo que a decisão da instância de origem foi devidamente fundamentada. Adicionalmente, o recurso especial foi admitido e recebeu parcial provimento, demonstrando que a análise foi criteriosa quanto à aplicação das súmulas nº 283 e 284 do STF e nº 7 do STJ.
ASPECTOS CRÍTICOS
Embora a decisão esteja tecnicamente fundamentada, algumas críticas podem ser levantadas quanto à sua repercussão prática. A fixação do termo inicial do prazo prescricional no trânsito em julgado da ação de conhecimento pode, em determinados casos, prolongar excessivamente a insegurança jurídica para as partes envolvidas, especialmente em ações complexas que já demandam longo tempo de tramitação.
Por outro lado, a decisão também merece elogios, pois promove maior coerência e previsibilidade ao vincular o início do prazo prescricional a um marco processual objetivo, o trânsito em julgado. Este entendimento evita interpretações divergentes entre tribunais inferiores e contribui para a uniformização da jurisprudência.
CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS E JURÍDICAS
A decisão reforça a importância do trânsito em julgado como marco jurídico relevante para a contagem de prazos prescricionais em ações de reparação de danos. Esse posicionamento impacta diretamente casos similares, principalmente aqueles em que há revogação de medidas liminares durante o curso do processo. Além disso, consolida a jurisprudência sobre a aplicação das súmulas nº 283 e 284 do STF e nº 7 do STJ, reafirmando a relevância de critérios objetivos no julgamento de recursos especiais.
No entanto, deve-se observar que a ampliação do prazo para o exercício do direito de ação pode gerar reflexos no sistema de justiça, aumentando o número de demandas ajuizadas e, consequentemente, a sobrecarga do Judiciário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão, a decisão da Quarta Turma do STJ representa um avanço na uniformização da jurisprudência e na busca por maior segurança jurídica. Ao fixar o trânsito em julgado como termo inicial do prazo prescricional, o tribunal promoveu maior clareza na aplicação do direito, ainda que tal entendimento possa gerar questionamentos quanto à extensão do prazo para o ajuizamento de demandas.
O impacto desta decisão sobre o ordenamento jurídico é significativo, pois reflete a preocupação do STJ em harmonizar princípios fundamentais, como a segurança jurídica e a duração razoável do processo. Ademais, a uniformização jurisprudencial contribui para a estabilidade e previsibilidade das relações jurídicas, aspecto essencial para a pacificação social.
Outras notícias semelhantes

STJ Aplica Teoria Subjetiva da Actio Nata em Caso de Abuso Sexual Infantil e Define Termo Inicial da Prescrição
Publicado em: 28/05/2024 CivelO Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu aplicar a teoria subjetiva da actio nata para definir o termo inicial da prescrição em ações de indenização por danos materiais e morais decorrentes de abuso sexual infantil. A decisão considera que a vítima pode não ter plena consciência do dano e de sua extensão imediatamente após atingir a maioridade civil, permitindo que o prazo prescricional inicie a partir do momento em que a vítima toma ciência dos transtornos decorrentes do abuso.
Acessar
STJ Define Termo Inicial de Prazo Prescricional para Petição de Herança
Publicado em: 26/06/2024 Civel SucessãoO Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que o prazo prescricional para a ação de petição de herança se inicia na data de abertura da sucessão. A decisão, unânime, reforça a segurança jurídica nas relações sucessórias ao determinar que a contagem do prazo se dá a partir do momento da morte do autor da herança.
Acessar
Análise Jurídica da Decisão do STJ sobre Honorários Sucumbenciais em Embargos à Execução por Ilegitimidade Passiva
Publicado em: 02/02/2025 Civel Sucessão CivelProcesso CivilEste documento analisa a decisão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em agravo interno interposto pela Taipa Securitizadora S/A, que reafirmou o entendimento consolidado acerca da responsabilidade do exequente pelo pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais em casos de extinção do processo executivo por ilegitimidade passiva. A análise aborda os fundamentos jurídicos, como a aplicação do CPC/2015, art. 85, §2º, a Súmula 83/STJ e os precedentes jurisprudenciais, além de discutir os impactos práticos e a relevância da decisão para a segurança jurídica e a celeridade processual.
AcessarTransforme seu escritório de advocacia com informações legais atualizadas e relevantes!
Olá Advogado(a),
Você já pensou sobre o tempo e os recursos que gasta pesquisando leis, jurisprudências e doutrinas para os seus casos? Já se imaginou otimizando esse processo de forma eficiente e segura?
Então, temos algo em comum. O LegJur foi criado pensando em você, no advogado moderno que não pode se dar ao luxo de perder tempo em um mercado tão competitivo.
Por que o LegJur é a solução que você precisa?
1. Conteúdo Atualizado: Nosso banco de dados é atualizado constantemente, oferecendo as informações mais recentes sobre legislações, súmulas e jurisprudências.
2. Fácil Acesso: Uma plataforma simples e intuitiva que você pode acessar de qualquer dispositivo, a qualquer momento. Seu escritório fica tão flexível quanto você.
3. Busca Inteligente: Nosso algoritmo avançado torna sua pesquisa rápida e eficaz, sugerindo temas correlatos e opções para refinar sua busca.
4. Confiabilidade: Nosso time de especialistas trabalha incansavelmente para garantir a qualidade e a confiabilidade das informações disponíveis.
5. Economia de Tempo: Deixe de lado as horas de pesquisa em múltiplas fontes. Aqui, você encontra tudo o que precisa em um só lugar.
Invista no seu maior capital: o tempo
Você já deve saber que o tempo é um dos ativos mais preciosos na advocacia. Utilize o LegJur para maximizar sua eficiência, oferecendo ao seu cliente uma consultoria de alto nível fundamentada em informações confiáveis e atualizadas.
Depoimentos
"O LegJur transformou a forma como faço minha pesquisa jurídica. Agora, posso concentrar-me mais no desenvolvimento de estratégias para meus casos e menos na busca de informações."
— Maria L., Advogada
Não perca mais tempo! Torne-se membro do LegJur e eleve sua prática jurídica a um novo patamar.
Faça parte da evolução na advocacia. Faça parte do LegJur.
Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.
À vista
Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!
Parcele em até 3x sem juros
Equilave a R$ 39,96 por mês
Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!
Parcele em até 6x sem juros
Equilave a R$ 32,48 por mês
Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!
Parcele em até 6x sem juros
Equilave a R$ 24,90 por mês
Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!
Parcele em até 10x sem juros