Modelo de Contrarrazões à Apelação em Ação de Indenização por Danos Morais Decorrentes de Ofensas em Redes Sociais

Publicado em: 03/10/2023 CivelConstitucional
Apresentação de contrarrazões ao recurso de apelação interposto pelo Apelante, que busca a redução do valor fixado a título de indenização por danos morais. O documento sustenta a manutenção da sentença de primeiro grau, que condenou o Apelante ao pagamento de R$ 20.000,00 em razão de injúrias proferidas em redes sociais contra o Apelado. Fundamenta-se na responsabilidade civil configurada, princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana e a reparação integral, além de jurisprudências pertinentes que reforçam a razoabilidade e a proporcionalidade do valor arbitrado. Inclui pedidos para o não provimento do recurso e a condenação do Apelante ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________
Apelante: __________
Apelado: __________

FULANO DE TAL, já qualificado nos autos da presente ação, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO, interposto por APELANTE, nos termos do CPC/2015, art. 1010, § 1º, requerendo o regular processamento e posterior remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça.

PREÂMBULO

Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, Ilustres Julgadores,

Trata-se de recurso de apelação interposto pelo Apelante contra sentença que o condenou ao pagamento de indenização por danos morais, em razão de injúrias proferidas em redes sociais contra o Apelado. O Apelante, inconformado, busca a redução do valor fixado a título de indenização.

DOS FATOS

O Apelado ajuizou a presente ação em razão de ofensas injuriosas proferidas pelo Apelante em redes sociais, que atingiram sua honra e dignidade. As publicações, amplamente divulgadas, causaram grande repercussão negativa, expondo o Apelado a constrangimentos e danos à sua imagem.

Após regular instrução processual, o juízo de primeiro grau reconheceu a prática de ato ilícito por parte do Apelante, condenando-o ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Inconformado, o Apelante interpôs o presente recurso, alegando desproporcionalidade do valor arbitrado.

DO DIREITO

A sentença recorrida encontra-se em perfeita consonância com os princípios e normas aplicáveis ao caso, devendo ser mantida em sua integralidade.

1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL

A responsabilidade civil do Apelante está devidamente configurada, nos termos do CCB/2002, art. 186 e art. 927, que dispõem sobre a obrigação de reparar o dano causado a outrem por ato ilícito. As injúrias proferidas em redes sociais configuram violação à honra e à dignidade do Apelado, direitos fundamentais protegidos pela CF/88, art. 5º, X.

2. DO VALOR DA INDENIZAÇÃO

O valor fixado a título de danos morais atende aos critérios de razoabilidade e"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto pelo Apelante, inconformado com a sentença proferida pelo juízo de primeiro grau que o condenou ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), em razão de ofensas injuriosas proferidas em redes sociais contra o Apelado.

O Apelante alega a desproporcionalidade do valor arbitrado e pleiteia sua redução, sustentando que a condenação extrapola os limites da razoabilidade e da proporcionalidade.

Passo à análise.

Voto

1. Da Responsabilidade Civil

A responsabilidade civil do Apelante está devidamente configurada, nos termos do Código Civil de 2002, art. 186 e art. 927, que dispõem sobre a obrigação de reparar o dano causado a outrem por ato ilícito. As injúrias proferidas nas redes sociais configuram clara violação à honra e à dignidade do Apelado, direitos fundamentais consagrados pela Constituição Federal de 1988, art. 5º, X.

As provas constantes nos autos demonstram a ampla divulgação das ofensas, o que gerou constrangimentos públicos e danos à imagem do Apelado. Assim, resta inquestionável a ocorrência do dano moral e o dever de reparação por parte do Apelante.

2. Do Valor da Indenização

O quantum fixado pelo juízo de origem no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) observa os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, considerando a gravidade das ofensas e o caráter reparatório e pedagógico da condenação.

A redução do valor, como pleiteado pelo Apelante, comprometeria a função da indenização em desestimular práticas semelhantes e assegurar a reparação integral ao Apelado, conforme preceitua o Código Civil de 2002, art. 944. Nesse sentido, entendo que o valor arbitrado deve ser mantido.

3. Dos Princípios Constitucionais

O princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no art. 1º, III, da Constituição Federal de 1988, é fundamento do Estado Democrático de Direito e deve ser observado na análise do presente caso. A proteção da honra, imagem e dignidade do Apelado é imperativo constitucional, reforçando a necessidade de manutenção da condenação imposta.

Além disso, o princípio da reparação integral, previsto no Código Civil de 2002, art. 944, deve nortear a fixação da indenização, assegurando que o dano moral seja plenamente compensado.

4. Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência pátria é pacífica quanto à obrigação de reparar os danos morais decorrentes de ofensas proferidas em redes sociais. Destaco o seguinte precedente:

STJ, REsp. Acórdão/STJ - Rel. Min. Luiz Fux, j. 01.09.2010: "É dever do causador do dano reparar integralmente o prejuízo moral sofrido pela vítima, cabendo ao juízo fixar o valor da indenização em observância aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade."

Decisão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de negar provimento ao recurso de apelação, mantendo-se integralmente a sentença de primeiro grau que condenou o Apelante ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Condeno o Apelante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da condenação, conforme disposto no art. 85 do Código de Processo Civil de 2015.

Termos Finais

É como voto.

Local e data: __________.

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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