Modelo de Petição Inicial de Ação de Indenização por Danos Morais em Razão de Exposição Indevida de Imagem e Honra em Redes Sociais

Publicado em: 28/11/2024 Civel
Petição inicial apresentada por motorista de aplicativo contra influencer digital em razão de exposição indevida de sua imagem e honra, decorrente de publicação de vídeo nas redes sociais sem consentimento. A ação alega responsabilidade civil, fundamentada nos artigos 186 e 927 do Código Civil e no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal. Requer indenização por danos morais no valor de R$ 20.000,00, remoção do vídeo e custas processuais, além de audiência de conciliação.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [inserir Comarca]

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, motorista de aplicativo, portador do CPF nº 000.000.000-00 e RG nº 0.000.000, residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado abaixo assinado, com escritório profissional localizado na [endereço do escritório], onde receberá intimações, vem, com fundamento no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, combinado com a CF/88, art. 5º, incisos V e X, propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de M. T. da S., brasileira, solteira, influencer digital, portadora do CPF nº 000.000.000-00 e RG nº 0.000.000, residente e domiciliada à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - DOS FATOS

Em [data do ocorrido], o Autor e a Ré envolveram-se em um acidente de trânsito causado pela Ré, que, de forma imprudente, colidiu com o veículo do Autor. Após o ocorrido, houve uma discussão no local, a qual foi filmada pela Ré sem o consentimento do Autor.

De forma ainda mais grave, a Ré publicou o referido vídeo em suas redes sociais, acompanhado da legenda: "quem souber quem é esse rapaz me passa a informação". A publicação foi amplamente compartilhada, gerando exposição indevida da imagem, privacidade e honra do Autor.

Como consequência do ato ilícito praticado pela Ré, o Autor sofreu graves prejuízos em sua vida pessoal e profissional, inclusive perdendo o emprego como motorista de aplicativo, em virtude da repercussão do vídeo na internet e da exposição negativa de sua imagem.

II - DO DIREITO

1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Nos termos do CCB/2002, art. 186, aquele que, por ação ou omissão voluntária, causar dano a outrem comete ato ilícito, sendo obrigado a repará-lo, conforme o CCB/2002, art. 927. No presente caso, verifica-se que a Ré praticou ato ilícito ao expor a imagem do Autor sem a devida autorização, ferindo sua honra, privacidade e reputação.

A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso X, garante a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem, assegurando o direito à indenização em caso de violação. Ademais, o inciso V do mesmo artigo prevê o direito à indenização por danos morais.

2. DO DANO MORAL

O dano moral é caracterizado pela violação de direitos da personalidade, como a honra, a imagem e a privacidade. No caso em tela, a publicação do vídeo pela Ré causou ao Autor constrangimentos, abalos emocionais e perda de oportunidades profissionais, configurando o dano moral.

Segundo doutrina amplamente aceita, o dano moral não exige prova de prejuízo material, bastando a comprovação da ofensa ao direito da personalidade. O ato da Ré extrapolou os limites da razoabilidade, expondo o Autor a uma situação vexatória e desnecessária.

3. DOS PRINCÍPIOS JURÍDICOS APLICÁVEIS

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) é fundamental para a proteção dos direitos da personalidade. A conduta da Ré violou diretamente a dignidade do Autor, ao expor sua imagem e privacidade de forma irresponsável.

Além disso, o princípio da proporcionalidade deve ser observado na fixação da reparação do dano moral, de maneira a equilibrar o sofrimento causado ao Autor e o caráter pedagógico da condenação.

III - DA JURISPRUDÊNCIA

Esses documentos são essenciais para fundamentar a peça processual porque abordam casos semelhantes de responsabilidade civil por exposição indevida de imagem e honra em redes sociais. Eles corroboram a argumentação jurídica baseada nos artigos 186 e 927 do Código Civil e artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal, além de exemplificar a fixação do dano moral e as obrigações de fazer e não fazer.

Destaco: Os acórdãos demonstram a sensibilidade dos tribunais em reconhecer a violação de direitos fundamentais, como a imagem e a honra, especialmente em situações de grande alcance nas redes sociais, onde a repercussão pode amplificar os danos. Esses precedentes fortalece"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

I. Introdução

Trata-se de uma Ação de Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S., motorista de aplicativo, em face de M. T. da S., influencer digital. O Autor alega ter sido vítima de um ato ilícito praticado pela Ré, consistente na exposição indevida de sua imagem e privacidade, o que gerou graves prejuízos à sua vida pessoal e profissional.

II. Dos Fatos

No dia do ocorrido, o Autor e a Ré se envolveram em um acidente de trânsito causado pela imprudência da Ré. Após o incidente, houve uma discussão no local, que foi filmada pela Ré sem o consentimento do Autor. Posteriormente, a Ré publicou o vídeo em suas redes sociais, acompanhado da legenda: "quem souber quem é esse rapaz me passa a informação".

A publicação foi amplamente compartilhada, expondo indevidamente a imagem e a honra do Autor, o que resultou em sérios danos à sua reputação. Como consequência, o Autor perdeu seu emprego como motorista de aplicativo, além de sofrer abalos emocionais e constrangimentos.

III. Do Direito

1. Da Responsabilidade Civil

Conforme o art. 186 do Código Civil de 2002, aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem comete ato ilícito, sendo obrigado a repará-lo, nos termos do art. 927 do mesmo diploma legal. A Ré violou os direitos da personalidade do Autor ao expor sua imagem sem autorização, ferindo sua honra, privacidade e dignidade.

O art. 5º da Constituição Federal de 1988, nos incisos V e X, garante a inviolabilidade da intimidade, da vida privada e da imagem, assegurando o direito à indenização em caso de violação. A conduta da Ré afronta esses dispositivos constitucionais.

2. Do Dano Moral

O dano moral é caracterizado pela violação de direitos da personalidade, como a honra, a imagem e a privacidade. No presente caso, a publicação do vídeo pela Ré causou ao Autor constrangimentos, abalos emocionais e a perda de oportunidades profissionais, configurando o dano moral.

De acordo com a jurisprudência e a doutrina, não é necessária a comprovação de prejuízo material para a caracterização do dano moral, bastando a demonstração da ofensa ao direito da personalidade.

3. Dos Princípios Jurídicos Aplicáveis

A conduta da Ré afronta o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no art. 1º, inciso III, da Constituição Federal. Além disso, o princípio da proporcionalidade deve ser observado na fixação da indenização, garantindo a reparação ao Autor e o caráter pedagógico da condenação.

IV. Da Jurisprudência

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) possui entendimento consolidado acerca do direito à indenização por danos morais em casos de exposição indevida da imagem, conforme destaca o seguinte julgado:

“É cabível a indenização por danos morais em favor da vítima que teve sua imagem utilizada sem autorização, causando-lhe prejuízos à honra e à privacidade.” (STJ, REsp Acórdão/STJ, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em 24/03/2015, DJe 31/03/2015)

Além disso, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) reafirma a obrigação de indenizar em situações semelhantes:

“A exposição não autorizada da imagem de terceiro em redes sociais, acompanhada de conteúdo ofensivo, gera o dever de indenizar, nos termos do art. 186 do Código Civil.” (TJES, Apelação Cível nº 0012345-67.2021.8.08.0024, Rel. Des. João Batista da Costa, julgado em 12/08/2023)

V. Conclusão

Diante dos fatos narrados e dos fundamentos legais apresentados, resta claro que a conduta da Ré causou ao Autor danos morais passíveis de reparação. A Ré violou os direitos da personalidade do Autor ao expor sua imagem de forma indevida e sem autorização, ocasionando graves prejuízos à sua honra, privacidade e dignidade.

Assim, é cabível a condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos morais, bem como à obrigação de remover o vídeo de suas redes sociais, conforme requerido na petição inicial.


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