Modelo de Petição Inicial de Ação de Indenização por Danos Morais contra Consórcio Honda por Falha na Prestação de Serviço, Ação de Busca e Apreensão Indevida e Cobranças Injustas com Fundamentação no CDC e CCB

Publicado em: 28/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial proposta por consumidor contra Consórcio Honda Administradora de Consórcios Ltda., buscando indenização por danos morais decorrentes da falha na prestação do serviço, negativa injustificada da entrega do bem, ajuizamento de ação de busca e apreensão indevida e cobranças infundadas. A ação fundamenta-se na responsabilidade civil objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor, no Código Civil e na Constituição Federal, requerendo também a declaração de inexistência do débito e a condenação da ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, comerciante, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-0, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado à Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF,
por seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Consórcio Honda Administradora de Consórcios Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001-00, endereço eletrônico: [email protected], com sede na Avenida das Nações Unidas, nº 10.000, Bairro Industrial, CEP 00000-000, Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor aderiu, em [data], ao consórcio administrado pela Ré, com o objetivo de adquirir um veículo automotor da marca Honda, tendo cumprido rigorosamente com todas as obrigações contratuais, inclusive o pagamento das parcelas mensais.

Após o pagamento das parcelas iniciais e a contemplação de sua cota, o Autor buscou a retirada do bem, conforme previsto contratualmente. Contudo, de forma inesperada e injustificada, a Ré obstaculizou a realização do consórcio e a retirada do bem, alegando supostas pendências inexistentes, sem apresentar qualquer comprovação ou respaldo legal para tanto.

Em seguida, a Ré, de maneira abusiva e fraudulenta, ajuizou ação de busca e apreensão contra o Autor, bem como passou a realizar cobranças indevidas, expondo-o a constrangimentos e abalos em sua honra e reputação, inclusive perante terceiros e órgãos de proteção ao crédito.

Ressalte-se que o Autor jamais deu causa a qualquer inadimplemento ou descumprimento contratual, sendo vítima de conduta ilícita e desleal da Ré, que, ao invés de cumprir com sua obrigação de entregar o bem, optou por adotar medidas judiciais e extrajudiciais infundadas, agravando ainda mais a situação do Autor.

Tais fatos causaram ao Autor profundo abalo moral, angústia, sofrimento e constrangimento, caracterizando-se, assim, o dano moral indenizável.

Diante disso, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito à indenização pelos danos morais sofridos.

4. DO DIREITO

4.1. DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

A responsabilidade civil da Ré decorre da falha na prestação do serviço, nos termos do CDC, art. 14, sendo objetiva, prescindindo da demonstração de culpa, bastando a comprovação do dano e do nexo causal.

O Autor, na qualidade de consumidor, é destinatário final do serviço, estando a relação submetida ao regime protetivo do Código de Defesa do Consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII; CDC, art. 6º, III e CDC, art. 14).

A conduta da Ré, ao impedir a retirada do bem e, posteriormente, ajuizar ação de busca e apreensão e efetuar cobranças indevidas, caracteriza abuso de direito e violação da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), princípios basilares das relações contratuais e consumeristas.

4.2. DO DANO MORAL

O dano moral é evidente diante da exposição indevida do Autor a constrangimentos, cobranças infundadas e ação judicial injusta, que extrapolam o mero aborrecimento cotidiano, atingindo sua honra e dignidade (CF/88, art. 1º, III).

A jurisprudência é pacífica no sentido de que a frustração injustificada do consórcio, a negativa de entrega do bem e a adoção de medidas judiciais indevidas ensejam reparação por dano moral, especialmente quando comprovada a regularidade da conduta do consumidor.

4.3. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

Destacam-se os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), vulnerabilidade do consumidor e equilíbrio contratual (CDC, art. 4º, I e III), todos violados pela conduta da Ré.

O dever de indenizar decorre da conduta ilícita (CCB/2002, art. 186), da existência do dano e do nexo causal, todos presentes no caso concreto.

Por fim, a jurisprudência dos Tribunais reconhece que a busca e apreensão indevida, bem como cobranças injustas e frustração de legítima expectativa do consumidor, ensejam o dever de indenizar.

Assim, resta plenamente demonstrado o direito do Autor à reparação pelos danos morais sofridos.

5. JURISPRUDÊNCIAS

APELAÇÃO - OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CONTRATO DE CONSÓRCIO: "Consorciado teve sua cota contemplada e formalizou a compra de um veículo automotor utilizando-se da carta de crédito fornecida pela administradora - Negócio, contudo, obstacularizado pela requerida... Falha na prestação do serviço... Responsabilidade bem constatada - Condenaçã"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S. em face de Consórcio Honda Administradora de Consórcios Ltda., na qual o Autor alega que, após a contemplação de sua cota em contrato de consórcio e o adimplemento de suas obrigações, a Ré obstaculizou, de forma injustificada, a entrega do bem, promovendo ainda ação de busca e apreensão e cobranças indevidas, o que lhe teria causado danos morais.

A parte autora requer a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais, a declaração de inexistência de débito, a abstenção de restrições em cadastros de inadimplentes, bem como custas e honorários advocatícios.

2. Fundamentação

2.1. Da Preliminar

Verifico que estão presentes os pressupostos de admissibilidade, não havendo nulidades a sanar. Os fatos foram devidamente narrados e as partes regularmente representadas, de modo que conheço da presente ação.

2.2. Dos Fatos

Restou incontroverso nos autos que o Autor aderiu ao consórcio administrado pela Ré, cumpriu com as obrigações contratuais e, após contemplação, teve frustrada a entrega do bem, sob alegação de pendências não comprovadas. A Ré, ademais, ajuizou ação de busca e apreensão e efetuou cobranças indevidas, expondo o Autor a constrangimentos injustificados.

2.3. Do Direito

A relação estabelecida entre as partes é de consumo, regida pelo CDC, conforme prevê a CF/88, art. 5º, XXXII e CDC, art. 6º, III e CDC, art. 14.

A responsabilidade civil do fornecedor de serviços é objetiva, bastando a demonstração do dano e do nexo causal, conforme o CDC, art. 14. No caso, a conduta da Ré, ao impedir a entrega do bem sem justificativa válida e promover medidas judiciais e extrajudiciais indevidas, caracteriza falha na prestação do serviço e abuso de direito, em afronta à boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

O dano moral encontra respaldo na CF/88, art. 1º, III, que consagra a dignidade da pessoa humana como fundamento da República, sendo certo que a conduta da Ré ultrapassou os meros aborrecimentos cotidianos, atingindo a honra e a dignidade do Autor.

A jurisprudência é clara ao reconhecer o direito à indenização por danos morais em situações análogas, conforme os precedentes colacionados na petição inicial (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, entre outros).

Também está presente o dever de indenizar, nos termos do CCB/2002, art. 186, tendo em vista a conduta ilícita, o dano e o nexo causal.

2.4. Dos Princípios Constitucionais e Fundamentação

Nos termos da CF/88, art. 93, IX, é dever do magistrado fundamentar suas decisões. Assim, fundamento o presente voto nos princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), do acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV), da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), da vulnerabilidade do consumidor e do equilíbrio contratual (CDC, art. 4º, I e III), todos violados pela conduta da Ré.

2.5. Da Indenização e dos Pedidos

Considerando a extensão do dano, a gravidade da conduta da Ré e os parâmetros jurisprudenciais apresentados, entendo como razoável o valor pleiteado a título de indenização por danos morais, podendo ser fixado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), corrigidos monetariamente a partir da sentença e acrescidos de juros de mora desde o evento danoso, nos termos da Súmula 362/STJ e Súmula 54/STJ.

Deve ser declarada a inexistência do débito objeto das cobranças e da ação de busca e apreensão promovidas pela Ré, determinando-se a abstenção de qualquer restrição ao nome do Autor em cadastros de inadimplentes.

Condeno ainda a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85.

3. Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, para:

  1. Condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos morais ao Autor, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), corrigidos monetariamente a partir desta sentença e acrescidos de juros de mora desde o evento danoso;
  2. Declarar a inexistência do débito objeto das cobranças e da ação de busca e apreensão promovidas pela Ré, determinando a abstenção de qualquer restrição ao nome do Autor em cadastros de inadimplentes;
  3. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação;
  4. Homologo, para todos os fins, a produção das provas documentais, testemunhais e periciais eventualmente requeridas e pertinentes ao deslinde da causa;
  5. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Sentença fundamentada nos termos da CF/88, art. 93, IX.

4. Recurso

Eventuais recursos interpostos deverão ser recebidos no efeito devolutivo, salvo se houver pedido de efeito suspensivo devidamente fundamentado.

5. Conclusão

É como voto.

[Cidade/UF], [data].

___________________________________________
Juiz(a) de Direito


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