Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal com Pedido de Tutela Provisória em Face de Auto de Infração Tributária por Suposto Creditamento Irregular de ICMS e Multa Confiscatória
Publicado em: 16/11/2023 TributárioPEÇA PROCESSUAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de ___.
Nome completo do autor: A. J. dos S., estado civil, profissão, portador do CPF nº ___, residente e domiciliado em ___, endereço eletrônico ___, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional em ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL
Em face da Fazenda Pública do Estado de ___, pessoa jurídica de direito público interno, com sede em ___, endereço eletrônico ___, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor recebeu um auto de infração tributária lavrado pela autoridade fiscal do Estado de ___, referente a supostas irregularidades no creditamento de ICMS. A autuação foi fundamentada na ausência de documentação hábil que comprovasse a regularidade das transações comerciais realizadas, bem como na inexistência do estabelecimento do vendedor.
Além disso, foi aplicada uma multa punitiva que ultrapassa o valor de 100% do tributo devido, configurando, em tese, caráter confiscatório, vedado pela Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 150, IV). Tal penalidade é desproporcional e excessiva, causando severos prejuízos ao patrimônio do autor.
O autor busca, por meio da presente ação, a anulação do débito fiscal, bem como a limitação da multa punitiva ao patamar de 100% do valor do tributo, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal.
DO DIREITO
A presente ação encontra amparo no art. 38 da Lei de Execução Fiscal (LEF), que permite o ajuizamento de ação anulatória de débito fiscal, ainda que já exista execução fiscal em curso para a cobrança do crédito tributário que se pretende anular.
Conforme a CF/88, art. 150, IV, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco. A aplicação de multa punitiva em valor superior ao tributo devido configura confisco, sendo, portanto, inconstitucional.
Ademais, o CPC/2015, art. 319, estabelece os requisitos para a petição inicial, os quais foram devidamente observados nesta peça processual.
Doutrinariamente, o princípio da proporcionalidade é amplamente aplicado no Direito Tributário para evitar excessos por parte da Administração Pública. Segundo Hugo de Brito Machado, "a proporcionalidade deve ser observada na aplicação de penalidades tributárias, de modo a evitar que estas se tornem instrumentos de confisco ou de enriquecimento sem causa por parte do Estado".
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