Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal com Pedido de Tutela Provisória de Urgência em Face de Fraude e Nulidade de Citação
Publicado em: 16/04/2024 Processo CivilAÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Campo Grande/MS,
E. J. de L., brasileiro, casado, portador do RG nº _______ e CPF nº ________, residente e domiciliado na Rua ________, nº ___, Bairro ________, Campo Grande/MS, CEP ________, endereço eletrônico ________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua ________, nº ___, Bairro ________, Campo Grande/MS, CEP ________, endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 319 e seguintes do CPC/2015, propor a presente
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL
em face do ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Avenida ________, nº ___, Bairro ________, Campo Grande/MS, CEP ________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor tomou ciência de que seu nome foi indevidamente vinculado a uma empresa que jamais lhe pertenceu, sendo que as assinaturas de ingresso na referida sociedade não são de sua autoria. Ademais, o CPF utilizado para tal vinculação também não corresponde ao seu.
Em decorrência dessa fraude, o Autor está sendo processado pelo Estado de Mato Grosso do Sul nos autos nº 0004778-69.2001.8.12.001 e nº 0001191-39.2001.8.12.0001, sem jamais ter sido citado pessoalmente, nem ele, nem sua esposa. A citação ocorreu por edital, o que não chegou ao seu conhecimento.
Ressalte-se que o Autor e sua esposa possuem como único bem o imóvel localizado no lote nº 06 da quadra 10 do Loteamento Ribeirão da Lagoa, o qual está sob ameaça de arresto em razão da execução fiscal promovida pelo Estado.
DO DIREITO
A presente ação encontra fundamento no CPC/2015, art. 319, bem como no princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV). O Autor foi surpreendido com a inclusão de seu nome em uma empresa que nunca lhe pertenceu, sendo evidente a ocorrência de fraude.
A citação por edital, no caso em tela, é nula, pois não foram esgotados os meios para localização do Autor, conforme exige o CPC/2015, art. 256, § 3º. A ausência de citação pessoal viola o direito ao contraditório e à ampla defesa, sendo imprescindível a anulação dos atos processuais subsequentes.
Ademais, o imóvel do Autor é bem de família, protegido pela impenhorabilidade prevista no CCB/2002, art. 1.711 e na Lei 8.009/1990, art. 1º. Trata-se do único bem de sua propriedade, utilizado como residência por ele e sua família, sendo, portanto, insuscetível de penhora ou arresto"'>...