Modelo de Ação de Repetição de Indébito Tributário com Pedido de Tutela Provisória Contra a União Federal

Publicado em: 01/07/2024 Tributário
Propositura de ação judicial de repetição de indébito tributário com pedido de tutela provisória de urgência, fundamentada na anulação de lançamento tributário do IRPF ano-calendário 1998, reconhecido por sentença transitada em julgado. A parte autora busca a restituição de valores pagos indevidamente à União Federal, com base no art. 165 do CTN e jurisprudência consolidada, requerendo ainda a suspensão da exigibilidade do crédito tributário enquanto tramita a presente ação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ª VARA DE EXECUÇÕES FISCAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO/SP

L. G. M. de P., brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/SP sob o nº 21.396, portador da cédula de identidade nº RG 2.816.212-2 SSP/SP e inscrito no CPF sob o nº 047.707.578-91, domiciliado na Rua Alfredo Pujol, nº 1087, São Paulo/SP, CEP 02017-011, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, em causa própria, com fundamento nos artigos 38 da Lei 6.830/80, 319 e 300 do CPC/2015, propor a presente

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

em face da UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público interno, com endereço para citação na Avenida Tiradentes, CEP 29057-550, São Paulo/SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo a repetição de indébito tributário, em razão da anulação do lançamento tributário referente ao Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do ano-calendário de 1998, conforme sentença transitada em julgado na ação anulatória de débito fiscal anteriormente ajuizada pelo Autor.

DOS FATOS

1. O Autor, em sua Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 1998, ano-base 1997, apresentou cálculo de restituição no valor de R$ 2.632,18.

2. Contudo, a Receita Federal, ao analisar a declaração, entendeu que o "Prêmio Aposentadoria", recebido por ocasião da adesão ao Programa de Aposentadoria Incentivada, deveria ser tributado, e que os valores deduzidos a título de pensão alimentícia não estavam corretos.

3. Após tramitação administrativa e judicial, foi proferida sentença na ação anulatória de débito fiscal, reconhecendo que o "Prêmio Aposentadoria" possui caráter indenizatório e que as deduções referentes à pensão alimentícia eram legítimas. Assim, o lançamento tributário foi anulado.

4. Apesar da anulação do débito, o Autor não foi restituído dos valores pagos indevidamente, razão pela qual ajuíza a presente ação para a repetição do indébito.

DO DIREITO

1. Nos termos do art. 165 do Código Tributário Nacional (CTN), o sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo, nos casos de cobrança ou pagamento indevido.

2. A sentença transitada em julgado na ação anulatória de débito fiscal reconheceu a inexistência do débito tributário, configurando o pagamento indevido e ensejando o direito à repetição do indébito.

3. O art. 37, § 6º, da CF/88 estabelece a responsabilidade objetiva da Administração Pública, sendo devida a devolução dos valores pagos indevidamente pelo contribuinte.

4. Ademais, o art. 151, V, do CTN prevê a suspens"'>...

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Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Repetição de Indébito proposta por L. G. M. de P., advogado, em face da União Federal, com o objetivo de obter a restituição de valores pagos indevidamente a título de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do ano-calendário de 1998. O autor alega que, após decisão transitada em julgado, foi reconhecido que os valores pagos possuem natureza indenizatória e, portanto, não são passíveis de tributação. Mesmo diante da anulação do lançamento tributário, a União Federal não realizou a devolução dos valores pagos indevidamente, ensejando o ajuizamento da presente ação.

Fundamentação

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, inciso IX, estabelece que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade". Assim, cumpre ao magistrado fundamentar a presente decisão com base nos fatos apresentados e no direito aplicável.

O artigo 165 do Código Tributário Nacional (CTN) assegura ao contribuinte o direito à restituição de tributos pagos indevidamente. No caso em análise, ficou demonstrado que o valor pago a título de "Prêmio Aposentadoria" possui caráter indenizatório, conforme reconhecido em decisão judicial transitada em julgado. Tal entendimento foi corroborado pelo princípio da legalidade tributária, previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal.

Além disso, o autor demonstrou, por meio da documentação acostada aos autos, a inexistência de débito tributário referente ao ano-calendário de 1998, restando configurado o pagamento indevido. A União Federal, contudo, permaneceu inerte quanto à devolução dos valores pagos, violando o princípio da moralidade administrativa (art. 37, caput, da CF/88).

Cabe ressaltar que, nos termos do artigo 37, § 6º, da CF/88, a Administração Pública responde objetivamente pelos atos que causem danos ao contribuinte. Assim, é inequívoca a obrigação da União Federal de restituir os valores indevidamente recolhidos, devidamente atualizados.

Por fim, quanto ao pedido de tutela provisória de urgência, entendo que estão presentes os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015: a probabilidade do direito, demonstrada pela decisão transitada em julgado, e o perigo de dano, uma vez que a ausência de restituição pode comprometer a esfera patrimonial do autor.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente o pedido formulado na inicial, para:

  • a) Determinar à União Federal a restituição do valor de R$ 20.463,84 (vinte mil, quatrocentos e sessenta e três reais e oitenta e quatro centavos), devidamente atualizado desde o pagamento indevido;
  • b) Conceder a tutela provisória de urgência, nos termos do artigo 300 do CPC/2015, para suspender a exigibilidade do crédito tributário relacionado ao lançamento anulado;
  • c) Condenar a União Federal ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, conforme artigo 85, § 2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

São Paulo, ___ de __________ de 2025.

______________________________________

Magistrado(a)


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