Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal por Provas Ilícitas Baseada na Teoria da Árvore Envenenada
Publicado em: 09/01/2025 Processo Civil TributárioPEÇA PROCESSUAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de ___.
Processo nº: [inserir número do processo]
[Nome completo da parte autora], [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL
Com fundamento no art. 319 do CPC/2015 e demais dispositivos legais aplicáveis, em face de [nome completo da parte ré], [qualificação completa], pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
DOS FATOS
A presente demanda versa sobre a nulidade de lançamento fiscal decorrente de prova obtida de forma ilícita, em clara afronta à teoria da árvore envenenada, amplamente reconhecida no ordenamento jurídico brasileiro.
Em síntese, o Fisco realizou a autuação fiscal com base em documentos obtidos sem a devida autorização judicial, violando o direito à privacidade e à inviolabilidade de dados, garantidos pela CF/88, art. 5º, incisos X e XII. Tais documentos serviram de base para a constituição do crédito tributário, o que compromete a validade do lançamento fiscal.
A parte autora foi surpreendida com a cobrança de valores exorbitantes, sem que houvesse qualquer oportunidade prévia de defesa ou esclarecimento acerca da origem dos dados utilizados na autuação. Diante disso, busca-se a anulação do débito fiscal, uma vez que sua constituição está contaminada pela ilicitude da prova que o originou.
DO DIREITO
A teoria da árvore envenenada, amplamente aplicada no direito brasileiro, estabelece que provas obtidas de forma ilícita contaminam todas as demais que delas derivam, tornando-as igualmente inadmissíveis. Tal princípio encontra respaldo na CF/88, art. 5º, LVI, que dispõe: "são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos".
No caso em tela, a obtenção de documentos fiscais sem autorização judicial configura violação ao direito fundamental à privacidade e à inviolabilidade de dados, previstos na CF/88, art. 5º, X e XII. A utilização de tais documentos para a constituição do crédito tributário compromete a validade do lançamento fiscal, uma vez que este está diretamente vinculado à prova ilícita.
Ademais, o CTN, art. 142, estabelece que o lançamento fiscal deve observar os princípios da legalidade e da moralidade administrativa. A util"'>...