Modelo de Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa contra Diretor de Hospital por Superfaturamento e Pagamentos Irregulares
Publicado em: 21/02/2025 AdministrativoConstitucionalAÇÃO CIVIL PÚBLICA POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de ___
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por meio de seu representante legal, com fundamento no art. 129, III, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), e na Lei 8.429/1992, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA em desfavor de A. J. dos S., Diretor do Hospital Municipal de ___, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
O requerido, na qualidade de Diretor do Hospital Municipal de ___, teria praticado atos de improbidade administrativa consistentes em superfaturamento de contratos e pagamentos realizados sem qualquer lastro contratual, causando grave prejuízo ao erário público.
Conforme apurado em procedimento investigatório, o requerido autorizou pagamentos a fornecedores sem a devida comprovação da prestação dos serviços ou entrega dos bens contratados. Além disso, verificou-se que os valores pagos estavam muito acima dos praticados no mercado, configurando superfaturamento.
Os atos praticados pelo requerido violam os princípios da administração pública, em especial os da legalidade, moralidade e eficiência, além de causarem dano ao patrimônio público, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
Os atos praticados pelo requerido configuram improbidade administrativa, nos termos da Lei 8.429/1992, art. 10, caput, que dispõe sobre atos que causam prejuízo ao erário, como o superfaturamento e o pagamento sem lastro contratual.
O art. 11 da mesma lei também é aplicável, pois o requerido violou princípios da administração pública, como a moralidade e a legalidade, ao autorizar pagamentos irregulares e superfaturados.
Ademais, a Constituição Federal de 1988 (CF/88), art. 37, caput, estabelece que a administração pública deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, todos violados pelo requerido.
O princípio da supremacia do interesse público também foi desrespeitado, uma vez que os atos do requerido privilegiaram interesses particulares em detrimento do patrimônio público.
JURISPRUDÊNCIAS
Para corroborar os fundamentos jurídicos apresentados, destacam-se as seguintes jurisprudências:
1. STJ (2ª T.) - AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2.133.246 - SP
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