Modelo de Contestação em Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa por Sucessores de Ex-Vereador
Publicado em: 09/01/2025 AdministrativoCivelProcesso CivilCONTESTAÇÃO EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
Processo nº: ____________
Contestante: Sucessores do falecido Sr. ____________
Contestada: Ministério Público Estadual (MPE)
Os sucessores do falecido Sr. ____________, por meio de seu procurador legalmente constituído, com endereço eletrônico ____________, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa promovida pelo Ministério Público Estadual, pelos fatos e fundamentos que seguem.
DOS FATOS
Trata-se de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual em face do Sr. ____________, ex-vereador, sob a alegação de que este teria recebido valores superiores aos seus subsídios em razão de erro do contador da Câmara Municipal ao atualizar os valores devidos. O montante recebido a maior corresponde a 5% do subsídio do vereador.
Ocorre que o Sr. ____________ veio a falecer no curso da ação, sendo seus sucessores devidamente citados para contestar a demanda. Importa destacar que o recebimento dos valores ocorreu de forma não intencional, sem qualquer dolo ou má-fé por parte do falecido, configurando-se, no máximo, um erro administrativo alheio à sua conduta.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992) exige a presença de dolo ou má-fé para a configuração de atos de improbidade administrativa, conforme disposto no art. 10 e art. 11 da referida norma. A alteração promovida pela Lei 14.230/2021 reforça a necessidade de dolo específico para a caracterização de atos ímprobos.
No caso em tela, não há qualquer elemento que demonstre a prática de ato doloso por parte do falecido vereador. O recebimento de valores a maior decorreu de erro exclusivo do contador da Câmara Municipal, não havendo qualquer participação consciente ou intencional do réu na irregularidade apontada.
Ademais, a responsabilidade por atos de improbidade administrativa não se transmite aos sucessores, salvo no limite do patrimônio transferido, conforme disposto no art. 8º da Lei 8.429/1992, em sua redação original. No presente caso, sequer há comprovação de que os valores recebidos a maior "'>...