Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais contra o INSS por Suspensão Indevida de Benefício Assistencial

Publicado em: 13/12/2024 CivelConstitucional Direito Previdenciário
Petição inicial de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais em face do INSS, requerendo reparação por prejuízos causados pela suspensão indevida do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) de beneficiária falecida. O documento detalha a violação de direitos constitucionais, os prejuízos financeiros suportados pela família e os danos morais decorrentes, fundamentando o pedido com base na Constituição Federal, no Código Civil e em jurisprudências aplicáveis. Inclui pedidos de indenização, juros, correção monetária e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA FEDERAL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

[NOME COMPLETO DO AUTOR], já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), autarquia federal, com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo obter a reparação pelos danos materiais e morais sofridos pela família da beneficiária falecida, Sra. M. F. de S. L., em razão da suspensão indevida do benefício assistencial de prestação continuada (LOAS), previsto na Lei 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social). Durante o período de suspensão, a família arcou com despesas essenciais, como medicamentos e fraldas, que deveriam ter sido custeadas pelo benefício.

DOS FATOS

A Sra. M. F. de S. L., falecida em [data], era beneficiária do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), concedido nos termos da Lei 8.742/1993, art. 20. Contudo, em [data], o benefício foi indevidamente suspenso pelo INSS, sob alegação de irregularidades no cadastro, sem que houvesse qualquer notificação prévia ou oportunidade de defesa.

Durante os dois anos em que o benefício permaneceu suspenso, a família da beneficiária teve que arcar com despesas essenciais, como medicamentos e fraldas geriátricas, totalizando um prejuízo financeiro significativo. A ausência do benefício comprometeu gravemente a dignidade da beneficiária e de sua família, que enfrentaram dificuldades para suprir as necessidades básicas.

Após o falecimento da Sra. M. F. de S. L., a família buscou administrativamente o ressarcimento dos valores gastos, mas não obteve resposta satisfatória. Diante disso, não restou alternativa senão buscar a tutela jurisdicional para reparação dos danos sofridos.

DO DIREITO

O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, art. 203, V, e regulamentado pela Lei 8.742/1993, art. 20, que assegura um salário mínimo mensal às pessoas com deficiência e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

A suspensão do benefício sem prévia notificação ou devido processo legal viola os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório (CF/88, art. 5º, LV). Além disso, a conduta do INSS afronta o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), uma vez que privou a beneficiária de recursos indispensáveis à sua sobrevivência.

No âmbito da responsabilidade civil, o Código Civil Brasileiro de 2002, art. 186, estabelece que aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem, comete ato ilícito, sendo obrigado a repará-lo. No caso em tela, "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais ajuizada em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na qual a parte autora pleiteia a reparação pelos prejuízos decorrentes da suspensão indevida do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS). A suspensão teria violado os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do devido processo legal, causando danos materiais e morais.

Fundamentação

Dos Fatos

Conforme consta nos autos, a Beneficiária Sra. M. F. de S. L. teve seu benefício assistencial suspenso pelo INSS sob alegação de irregularidades no cadastro, sem prévia notificação ou possibilidade de contraditório. Durante o período de suspensão, a família arcou com despesas essenciais que deveriam ter sido custeadas pelo benefício, o que comprometeu sua subsistência e dignidade.

A falha no procedimento administrativo por parte do INSS resultou em prejuízos financeiros e emocionais para a família, que buscou administrativamente a reparação, sem obter êxito, culminando na presente demanda judicial.

Do Direito

O Benefício de Prestação Continuada, assegurado constitucionalmente no art. 203, V, da Constituição Federal de 1988, tem como objetivo garantir um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência ou idosos que não possuam meios de prover a própria subsistência. A suspensão do benefício sem a observância do devido processo legal afronta os princípios da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5º, LV, da CF/88.

Ademais, a conduta do INSS viola o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e configura ato ilícito nos termos do art. 186 do Código Civil, gerando a obrigação de reparação dos danos materiais e morais suportados pela parte autora. A responsabilidade objetiva do Estado, prevista no art. 37, §6º, da CF/88, reforça o dever do INSS de reparar os prejuízos causados.

Jurisprudência

A jurisprudência pátria reconhece a responsabilização do INSS em casos análogos, determinando a reparação pelos danos sofridos:

  • TJSP (5ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Desconto em benefício previdenciário desprovido de autorização do aposentado. Necessidade de restituição dos valores descontados. Dano moral ‘in re ipsa’. Fixação em R$ 8.000,00."
  • TJSP (8ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Devolução em dobro dos valores descontados indevidamente. Majoração da indenização por danos morais para R$ 10.000,00."
  • TJSP (9ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Prejuízo extrapatrimonial derivado da privação dos ativos indispensáveis à sobrevivência condigna do idoso. Arbitramento em R$ 5.000,00."

Conclusão

Diante da análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, resta evidente a responsabilidade do INSS pela suspensão indevida do benefício assistencial e pelos danos causados à família da beneficiária. A conduta administrativa irregular do INSS violou direitos fundamentais e comprometeu a dignidade humana, ensejando a procedência parcial dos pedidos formulados na inicial.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto por:

  1. Julgar procedente o pedido de condenação do INSS ao pagamento de indenização por danos materiais, no valor de R$ [valor], correspondente às despesas comprovadas com medicamentos e fraldas.
  2. Julgar procedente o pedido de condenação do INSS ao pagamento de indenização por danos morais, fixados em R$ [valor sugerido], considerando a gravidade do prejuízo suportado pela família da beneficiária.
  3. Determinar o pagamento de juros de mora e correção monetária, conforme a Súmula 54/STJ e Súmula 362/STJ.
  4. Condenar o INSS ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.

[Local], [Data].
___________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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