Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais Contra Concessionária de Energia Elétrica por Prejuízos em Propriedade Rural

Publicado em: 06/03/2025 AgrarioCivelConsumidor
Petição inicial de ação de indenização por danos materiais apresentada por agricultor contra a concessionária de energia elétrica CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. O autor busca reparação pelos prejuízos causados pela interrupção prolongada de energia elétrica, que resultou na morte de 711 frangos em sua propriedade rural. Fundamenta-se nos artigos 186 e 927 do Código Civil, artigo 37, §6º, da Constituição Federal e artigo 373, I, do CPC/2015, além de jurisprudências correlatas que confirmam a responsabilidade objetiva da concessionária. O pedido inclui a condenação ao pagamento de R$ 10.000,00, além de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________

Distribuição por dependência

Nome do Autor: A. J. dos S., brasileiro, casado, agricultor, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________.

Nome do Réu: CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________.

PREÂMBULO

O Autor, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil (CC/2002), bem como no artigo 373, I, do Código de Processo Civil (CPC/2015), propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS

em face da CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

No dia __/__/____, o Autor, proprietário de um aviário localizado na propriedade rural situada na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, sofreu um prejuízo significativo em razão da interrupção do fornecimento de energia elétrica pela Ré, que perdurou por aproximadamente 6 (seis) horas.

O aviário do Autor, que contava com 711 frangos, depende diretamente do funcionamento de ventiladores para manter a temperatura adequada e garantir a sobrevivência das aves, especialmente em dias de calor intenso. Contudo, devido à falha no fornecimento de energia elétrica, os ventiladores ficaram inoperantes, resultando na morte dos 711 frangos por asfixia e calor excessivo.

A interrupção do fornecimento de energia elétrica foi causada por problemas nas redes de energia da Ré, conforme informações obtidas junto à própria concessionária. Tal fato gerou um prejuízo estimado em R$ 10.000,00 (dez mil reais), valor correspondente ao custo das aves perdidas.

DO DIREITO

A responsabilidade civil da Ré está fundamentada no artigo 37, §6º, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que estabelece a responsabilidade objetiva das concessionárias de serviço público pelos danos causados a terceiros, independentemente de culpa, salvo nos casos de força maior ou culpa exclusiva da vítima, o que não se verifica no presente caso.

Ademais, o artigo 927 do Código Civil (CC/2002) dispõe que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No caso em tela, a falha no fornecimento de energia elétrica caracteriza ato ilícito, uma vez que a Ré não demonstrou a adoção de medidas preventivas adequadas para evitar a interrupção do serviço.

O artigo 373, I, do Código de Processo Civil (CPC/2015) estabelece que cabe ao Autor o ônus de provar os fatos con"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de ação de indenização por danos materiais proposta por A. J. dos S. contra CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A., em razão de prejuízos alegadamente sofridos em virtude da interrupção do fornecimento de energia elétrica, o que resultou na morte de 711 frangos do aviário do autor, causando um prejuízo estimado em R$ 10.000,00.

Exame dos Fatos

Os fatos narrados pelo autor indicam que houve uma interrupção no fornecimento de energia elétrica pela ré, que perdurou por aproximadamente 6 horas. A falha no fornecimento impossibilitou o funcionamento dos ventiladores do aviário, essenciais para a sobrevivência das aves, resultando na mortalidade das 711 aves por calor excessivo e asfixia.

Conforme relatado nos autos, a interrupção decorreu de falhas na rede elétrica sob responsabilidade da ré. Não há nos autos elementos que demonstrem a ocorrência de caso fortuito ou força maior que excluam a responsabilidade da concessionária, conforme alegado pela defesa.

Fundamentos Jurídicos

Nos termos do artigo 37, §6º, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), as concessionárias de serviço público respondem objetivamente pelos danos causados a terceiros, sendo necessário apenas comprovar o nexo causal entre o dano e a conduta ou omissão da concessionária.

Ademais, o artigo 927 do Código Civil (CC/2002) estabelece que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No caso em análise, a falha no fornecimento de energia elétrica, por si só, configura ato ilícito, pois a ré não demonstrou ter adotado medidas eficazes para evitar a interrupção.

O ônus da prova, conforme disposto no artigo 373, I, do Código de Processo Civil (CPC/2015), recai sobre o autor para comprovar os fatos constitutivos de seu direito. Neste caso, os documentos juntados aos autos, bem como os depoimentos de testemunhas, comprovam o prejuízo sofrido pelo autor e a relação de causalidade entre o dano e a falha da ré.

Por fim, a interrupção do fornecimento de energia elétrica não pode ser considerada caso fortuito ou força maior, pois trata-se de risco inerente à atividade desenvolvida pela concessionária, conforme jurisprudência consolidada.

Jurisprudência

Destaco o entendimento jurisprudencial que corrobora a tese do autor:

TJSP (26ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Inocorrência de caso fortuito ou de força maior. Risco inerente à atividade desenvolvida pela concessionária. Danos materiais calculados em conformidade com a cotação do preço do frango na época dos fatos. Apelo desprovido.\"

TJSP (28ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Configuração de danos materiais e lucros cessantes. Indenização por danos morais fixada em R$ 10.000,00. Recurso da autora parcialmente provido. Recurso da requerida desprovido.\"

Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação das decisões judiciais, conheço do recurso interposto e voto no sentido de dar procedência ao pedido do autor, condenando a ré, CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A., ao pagamento de:

  1. Indenização por danos materiais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), devidamente corrigidos e acrescidos de juros legais;
  2. Custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% do valor da condenação, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015.

Por fim, determino a intimação da parte ré para cumprimento da decisão no prazo legal, sob pena de incidência de multa e outras medidas coercitivas cabíveis.

Dispositivo

Voto, portanto, pela procedência do pedido, com a respectiva condenação da ré nos termos expostos acima.

É como voto.

Magistrado: ___________________________

Data: ___/___/____


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