Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais Decorrente de Negativação Indevida e Ausência de Notificação Prévia com Pedido de Tutela Antecipada

Publicado em: 01/10/2024 CivelConsumidor
Ação judicial proposta por Lindinalva Carvalho de Araújo Silva contra Plamev Administradora de Benefícios de Atenção à Saúde de Animais Domésticos S/A, visando à reparação por danos morais no valor de R$ 10.000,00, devido à inclusão indevida de seu nome nos cadastros de inadimplentes (SPC/SERASA), sem notificação prévia, e os prejuízos e constrangimentos dela decorrentes. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, a ação aborda a responsabilidade objetiva da requerida, a inversão do ônus da prova e a teoria do desestímulo. Também pleiteia a concessão de gratuidade de justiça, a realização de audiência de conciliação, e a antecipação de tutela para exclusão imediata do nome da autora dos registros negativos.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU/SE

LINDINALVA CARVALHO DE ARAÚJO SILVA, brasileira, casada, aposentada, inscrita no CPF sob o nº 575.764.835-04, carteira de identidade sob o nº 824.769 SSP/SE, residente e domiciliada na Rodovia dos Náufragos, nº 8.750, Zona de Expansão – Rua B, nº 986, CEP: 49.004-003 – Aracaju/SE, telefone (79) 99936-6097, e-mail: [email protected], por meio de seu advogado ao final firmado, com endereço profissional descrito no cabeçalho desta, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DA NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DA AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

em face de PLAMEV ADMINISTRADORA DE BENEFÍCIOS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ANIMAIS DOMÉSTICOS S/A, inscrita no CNPJ sob o nº 17.745.307/0001-14, com sede na Rua Ministro Orozimbo Nonato, 215, Lote 0001, Pavimento 6, Quadra C, Bairro Vila da Serra, Município de Nova Lima/MG, CEP: 34.006-053, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

1. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Nos termos do CPC/2015, art. 319, inc. VII, a Autora manifesta sua opção pela realização de audiência de conciliação. Requer, portanto, a citação da Ré para comparecimento à audiência a ser designada, nos termos do CPC/2015, art. 334, caput c/c §5º.

2. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A Autora requer a concessão do benefício da justiça gratuita, nos termos do CPC/2015, art. 98, uma vez que não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento. Tal pleito encontra respaldo no princípio do acesso à justiça, previsto no art. 5º, inc. XXXV, da CF/88.

3. DOS FATOS

No dia 30/09/2024, por volta das 15h, após sair de uma sessão de radioterapia, a Autora, acompanhada de sua genitora e seu esposo, dirigiu-se à concessionária Contorno Veículos, localizada na Av. Tancredo Neves, com o objetivo de adquirir um veículo. Após fornecer os dados necessários para a análise de crédito, foi surpreendida pela informação de que seu financiamento havia sido negado devido à existência de restrições em seu nome nos órgãos de proteção ao crédito (SPC/SERASA).

Ao investigar a situação, constatou-se que a negativação foi realizada pela Ré, sob a alegação de inadimplência referente à mensalidade de junho de 2022, no valor de R$ 260,75, vinculada ao contrato nº E3595451, referente a dois planos premium para pets de pequeno porte. No entanto, a Autora não possuía qualquer débito em aberto.

Tal situação causou à Autora constrangimento e prejuízos, incluindo a perda da oportunidade de financiar o veículo em condições mais vantajosas. A inclusão indevida de seu nome nos cadastros de inadimplentes gerou danos morais e psíquicos, expondo-a a humilhações e transtornos.

4. DO DIREITO

5. DA PREVALÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – CDC

Nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º, a relação entre as partes é de consumo, configurando a Autora como consumidora e a Ré como fornecedora de serviços. Assim, aplicam-se as normas protetivas do CDC, especialmente aquelas que tratam da responsabilidade objetiva e da inversão do ônus da prova.

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Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais em face de PLAMEV ADMINISTRADORA DE BENEFÍCIOS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ANIMAIS DOMÉSTICOS S/A, ajuizada pela autora Lindinalva Carvalho de Araújo Silva, que alega ter sofrido negativação indevida de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito (SPC/SERASA) sem prévia notificação, gerando danos morais e prejuízos financeiros.

A autora requer a exclusão de seu nome dos cadastros de inadimplentes, bem como a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00, além da concessão da gratuidade de justiça e da inversão do ônus da prova.

Fundamentação

1. Do Direito à Prévia Notificação

Nos termos do artigo 43, §2º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), é obrigatória a comunicação prévia ao consumidor sobre a negativação de seus dados nos cadastros de inadimplentes. A falha em cumprir tal requisito configura irregularidade no procedimento, sendo suficiente para ensejar a reparação.

2. Da Responsabilidade Objetiva

Conforme o artigo 14 do CDC, a responsabilidade do fornecedor de serviços é objetiva, bastando a comprovação do dano e do nexo causal. No caso em tela, a inclusão indevida do nome da autora nos cadastros de inadimplentes configura falha na prestação do serviço, sendo devida a reparação pelos danos morais sofridos.

3. Do Dano Moral In Re Ipsa

É entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a negativação indevida de nome em órgãos de proteção ao crédito configura dano moral in re ipsa, ou seja, presume-se o dano apenas pelo ato ilícito. A situação gerou à autora constrangimento, humilhação e prejuízos, sendo cabível a reparação.

4. Do Quantum Indenizatório

O valor da indenização deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, considerando a gravidade do dano e a capacidade econômica das partes. Nesse sentido, o montante de R$ 10.000,00 pleiteado pela autora se mostra adequado para reparar o dano sofrido e desestimular práticas similares por parte da ré.

5. Da Gratuidade de Justiça

O artigo 98 do Código de Processo Civil (CPC/2015) assegura o benefício da gratuidade de justiça à parte que comprovar insuficiência de recursos. Diante da documentação apresentada pela autora, resta demonstrada a sua incapacidade de arcar com os custos processuais, sendo cabível o deferimento do benefício.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal, voto:

  • Pelo conhecimento da ação, tendo em vista o preenchimento dos requisitos legais;
  • Pelo deferimento do pedido de gratuidade de justiça;
  • Pela procedência do pedido para determinar a exclusão do nome da autora dos cadastros de inadimplentes;
  • Pela condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do arbitramento e acrescidos de juros legais a partir da citação;
  • Pela condenação da ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

Aracaju/SE, ___ de __________ de 2024.

Magistrado: ___________________________


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