Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais em face de Imobiliária e Seguradora por Negativação Indevida

Publicado em: 08/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
A presente ação judicial busca a declaração da inexigibilidade de débito no valor de R$ 49.486,11, supostamente relacionado a contrato de locação, e a condenação das rés (Imobiliária Baggio Ltda e Fairfax Brasil Seguros Corporativos S.A.) ao pagamento de indenização por danos morais em razão de negativação indevida do nome da autora no Serasa. A autora alega que devolveu o imóvel locado em conformidade com os termos contratuais, sem danos ou pendências, e que não foi notificada previamente sobre cobranças ou reparos. O fundamento jurídico baseia-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que define a relação de consumo e a responsabilidade objetiva das rés, além de garantir a reparação por danos morais em casos de cobrança indevida. A ação também pleiteia tutela provisória para exclusão imediata do nome da autora dos cadastros de inadimplentes.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C.C. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA – PR

J. de A., brasileira, solteira, profissional liberal, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portadora do RG nº X.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua XXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, Curitiba/PR, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua XXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, Curitiba/PR, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, no CPC/2015, art. 319 e seguintes, bem como no CDC, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C.C. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de IMOBILIÁRIA BAGGIO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Rua XXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, Curitiba/PR, endereço eletrônico: [email protected], e FAIRFAX BRASIL SEGUROS CORPORATIVOS S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Rua XXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, São Paulo/SP, endereço eletrônico: [email protected], pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

DOS FATOS

A Autora firmou contrato de locação de imóvel situado na Rua XXXXXXXXX, nº XXX, ap. XXX – Curitiba/PR, intermediado pela Ré Imobiliária Baggio e com garantia securitária da Fairfax Brasil Seguros Corporativos S.A..

O imóvel foi devolvido antecipadamente, restando apenas duas mensalidades de aluguel em aberto. A devolução foi realizada em conformidade com os termos contratuais, com a entrega do imóvel em boas condições, conforme atestado na vistoria de entrada e considerando a existência de Fundo de Conservação do Imóvel (FCI) suficiente para cobrir os reparos básicos, como pintura. Não houve qualquer dano estrutural ou a mobílias.

Contudo, a Autora foi surpreendida com uma notificação de possível negativação de seu nome junto ao Serasa, no valor de R$ 49.486,11, valor este exorbitante e sem qualquer respaldo contratual ou comunicação prévia.

Em momento algum a Autora foi notificada sobre pendências, cobranças adicionais ou reparos realizados. A inclusão de seu nome em cadastro de inadimplentes foi feita de forma unilateral, sem qualquer contraditório ou oportunidade de esclarecimento, o que configura cobrança indevida e dano moral in re ipsa.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, uma vez que a Autora é destinatária final do serviço de intermediação imobiliária e da garantia securitária.

Nos termos do CDC, art. 42, parágrafo único, o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à devolução em dobro do valor pago, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo engano justificável, além da reparação por danos morais.

A responsabilidade das Rés é objetiva, conforme preceitua o CDC, art. 14, sendo desnecessária a demonstração de culpa. A simples falha na prestação do serviço, com a indevida negativação do nome da Autora, já enseja o dever de indenizar.

Ademais, a jurisprudência pátria é pacífica no sentido de que a negativação indevida gera dano moral presumido, conforme entendimento consolidado na Súmula 385/STJ e na Súmula 54/STJ, esta última fixando o termo inicial dos juros de mora na data do evento danoso.

O valor cobrado (R$ 49.486,11) é absolutamente des"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito Cumulada com Indenização por Danos Morais, proposta por J. de A. em face de Imobiliária Baggio Ltda. e Fairfax Brasil Seguros Corporativos S.A., na qual a autora pleiteia a declaração de inexigibilidade de débito no valor de R$ 49.486,11, bem como indenização por danos morais decorrentes de negativação indevida.

Dos Fatos

Conforme narrado nos autos, a autora firmou contrato de locação de imóvel com intermediação da primeira ré e garantia securitária fornecida pela segunda ré. Após a devolução do imóvel em boas condições e com o Fundo de Conservação de Imóvel (FCI) disponível para eventuais reparos, a autora foi surpreendida com a notificação de negativação de seu nome, sem qualquer comunicação prévia ou justificativa acerca do valor cobrado.

Tal conduta, segundo a inicial, configura cobrança indevida e enseja a reparação de danos morais, sendo a responsabilidade das rés objetiva, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.

Fundamentos Jurídicos

Inicialmente, cumpre destacar que a relação jurídica entre as partes está submetida às normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 2º e CDC, art. 3º), sendo caracterizada como relação de consumo. Nos termos do CDC, art. 14, a responsabilidade dos fornecedores de serviços é objetiva, bastando a comprovação do dano e do nexo causal para ensejar a reparação.

Ademais, o CDC, art. 42, parágrafo único, assegura ao consumidor a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente, salvo engano justificável. No presente caso, não há justificativa plausível para a cobrança no montante de R$ 49.486,11, tampouco foi apresentada qualquer documentação que comprove a origem do débito.

Quanto ao dano moral, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a negativação indevida de nome em cadastros de inadimplentes enseja o dano moral in re ipsa, ou seja, presumido, conforme entendimento consolidado na Súmula 385/STJ.

Análise Hermenêutica

A CF/88, art. 93, IX, exige que as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas. Assim, à luz dos princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e da dignidade da pessoa humana, entendo que a conduta das rés violou os direitos da autora, configurando ato ilícito apto a gerar a reparação moral pleiteada.

Além disso, a ausência de transparência e de comunicação prévia à negativação afronta o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e agrava a responsabilidade das rés.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente a presente ação para:

  1. Declarar a inexigibilidade do débito de R$ 49.486,11;
  2. Condenar as rés, solidariamente, ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir da data desta sentença e acrescidos de juros de mora a partir do evento danoso;
  3. Determinar a exclusão do nome da autora dos cadastros de inadimplentes, sob pena de multa diária de R$ 500,00 em caso de descumprimento;
  4. Condenar as rés ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Curitiba/PR, ___ de ___________ de 2025.

Juiz de Direito


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Publicado em: 03/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor

Petição inicial de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito combinada com pedido de Indenização por Danos Morais, proposta por agricultor residente em área rural contra uma concessionária de energia elétrica. O autor busca o reconhecimento da inexigibilidade de multa aplicada de forma irregular, referente a consumo de energia elétrica imputado antes da instalação de equipamento de medição em sua propriedade. A ação fundamenta-se em direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e na Constituição Federal, destacando-se a responsabilidade objetiva da ré e o prejuízo moral causado pela cobrança indevida, com pedido de reparação no valor de R$ 10.000,00.

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Publicado em: 17/09/2024 CivelProcesso CivilConsumidor

Este documento trata de uma Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e tutela de evidência, proposta por Adairton dos Anjos contra Cícero Barbosa Eleutério. A ação decorre de um contrato de compra e venda de veículo, no qual o réu, além de não transferir a propriedade do bem, descumpriu obrigações contratuais, gerando multas e a negativação do nome do autor. O fundamento jurídico baseia-se no Código Civil Brasileiro e no Código de Trânsito Brasileiro, sendo pleiteados a inexigibilidade do débito, indenização por danos morais e medidas para regularização da situação.

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Publicado em: 20/08/2024 CivelProcesso CivilConsumidor

Ação judicial na qual a parte autora busca a declaração de inexigibilidade de débito referente à cobrança indevida por serviço de "Linha Dependente" não contratado junto à ré, Claro S/A. O pedido inclui a repetição de indébito em dobro, com fundamento no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), além da inversão do ônus da prova com base no art. 6º, VIII. A ação se baseia em práticas abusivas configuradas como venda casada (art. 39, I, CDC) e falha na prestação de serviço, destacando jurisprudências correlatas e solicitando reparação de danos materiais.

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