Modelo de Ação de Repetição de Indébito Tributário para Restituição de Valor Pago Indevidamente sobre ITBI

Publicado em: 30/07/2024 Tributário
Petição inicial de Ação de Repetição de Indébito Tributário, fundamentada no CPC/2015, art. 319, pleiteando a restituição de valor pago indevidamente a título de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis). O caso trata de arbitramento unilateral de base de cálculo pelo Município, sem processo administrativo, em desrespeito ao art. 148 do CTN e à jurisprudência do STJ (Tema Repetitivo 1.113). Contém fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais, pedidos de restituição com correção monetária pelo IPCA-E e juros de mora pela taxa SELIC, além de condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

[Local], [Data]

Nome do Autor: [Nome completo do autor], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], com endereço eletrônico [e-mail].

Nome do Réu: MUNICÍPIO DE [nome do município], pessoa jurídica de direito público interno, com sede na [endereço completo], representado por seu Procurador-Geral, endereço eletrônico [e-mail].

PREÂMBULO

O Autor, por meio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento no art. 319 do CPC/2015, vem propor a presente:

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO

em face do MUNICÍPIO DE [nome do município], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor adquiriu o imóvel localizado em [endereço completo do imóvel], pelo valor de R$ [valor da compra e venda], conforme consta na escritura pública de compra e venda lavrada em [data].

Ocorre que, ao realizar o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), o Município Réu utilizou como base de cálculo o valor de referência unilateralmente estipulado pela municipalidade, no montante de R$ [valor arbitrado], o qual excede o valor efetivamente pago na transação.

Tal procedimento resultou no recolhimento a maior do ITBI, no valor de R$ [valor pago a maior], conforme comprovante de pagamento anexo.

O Autor, inconformado com a cobrança indevida, busca a restituição do valor pago a maior, uma vez que a base de cálculo do ITBI deve corresponder ao valor da transação declarado, salvo comprovação de que este não reflete o valor de mercado, o que não ocorreu no presente caso.

DO DIREITO

De acordo com o art. 156, II da CF/88, compete aos Municípios instituir o ITBI, cuja base de cálculo é o valor venal do imóvel transmitido. Contudo, a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento do Tema Repetitivo 1.113 (REsp 1.937.821/SP) estabelece que:

"A base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em condições normais de mercado, não estando vinculada à base de cálculo do IPTU, que nem sequer pode ser utilizada como piso de tributação. O valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com o valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo fisco "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a)

Trata-se de apreciação de Ação de Repetição de Indébito Tributário proposta por [Nome do Autor] em face do Município de [nome do município], pleiteando a restituição do valor pago indevidamente a título de ITBI.

Dos Fatos

O Autor alega que, ao realizar o pagamento do ITBI, o Município Réu utilizou como base de cálculo o valor arbitrado unilateralmente pela municipalidade, superior ao valor efetivamente pago na transação, resultando no recolhimento a maior do imposto.

Diante disso, pleiteia a restituição do valor pago indevidamente, alegando que a base de cálculo do ITBI deve corresponder ao valor da transação efetivamente declarado.

Do Direito

Nos termos do art. 156, II, da Constituição Federal de 1988, compete aos Municípios instituir o ITBI, cuja base de cálculo é o valor venal do imóvel transmitido. Importa destacar o entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do Tema Repetitivo 1.113:

"A base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em condições normais de mercado, não estando vinculada à base de cálculo do IPTU. O valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com o valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo fisco mediante a regular instauração de processo administrativo próprio (CTN, art. 148)." (STJ, REsp Acórdão/STJ)

O arbitramento unilateral pelo Município Réu, sem instauração de processo administrativo e sem observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, viola o devido processo legal, previsto no art. 5º, LIV, da CF/88.

Além disso, o art. 167, parágrafo único, do CTN assegura ao contribuinte o direito à restituição do tributo pago indevidamente, com a devida atualização monetária.

Das Jurisprudências

A jurisprudência é pacífica no sentido de que a base de cálculo do ITBI deve ser o valor da transação declarado, salvo comprovação em processo administrativo que justifique a divergência. Exemplos de precedentes:

  • STJ - Tema Repetitivo 1.113: "A base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em condições normais de mercado..."
  • TJSP - Processo nº Acórdão/TJSP: "Presunção de que o valor declarado pelo contribuinte condiz com o de mercado não afastada. Tema 1.113 do C. STJ."
  • TJSP - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: "Condenação do Réu à restituição do valor correspondente à diferença entre o valor arbitrado e o valor efetivamente pago."

Da Decisão

Diante dos fatos apresentados e com base nos fundamentos legais e jurisprudenciais, passo à análise do mérito. Concluo que o arbitramento unilateral pelo Município Réu, sem a devida instauração de processo administrativo e comprovada violação ao contraditório, é irregular.

Ademais, o direito à restituição do tributo pago indevidamente está assegurado no art. 167 do CTN, sendo aplicáveis os critérios de atualização monetária previstos na legislação vigente.

Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pela procedência do pedido, para condenar o Município Réu à restituição do valor pago indevidamente pelo Autor, no montante de R$ [valor], acrescido de correção monetária pelo IPCA-E e juros de mora pela taxa SELIC, nos termos do art. 167, parágrafo único, do CTN.

Condeno, ainda, o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em [percentual] sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.

[Assinatura do Magistrado]


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