Modelo de Ação de Restituição de Valores contra Instituição Financeira por Débitos Indevidos com Base no Código de Defesa do Consumidor e Código Civil

Publicado em: 12/07/2024 CivelConsumidor
Petição inicial para ação judicial de restituição de valores indevidamente debitados em conta corrente, proposta por correntista contra a instituição financeira SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil. Fundamentada nos artigos 186, 927 e 884 do Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor, a ação solicita, além da restituição simples e em dobro dos valores, a reparação por danos morais, com base na responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços financeiros. Inclui pedido de citação da parte Ré, produção de provas e audiência de conciliação, conforme o Código de Processo Civil.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, estado civil [especificar], profissão [especificar], portador do CPF nº [especificar], RG nº [especificar], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional à [endereço completo do advogado], vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186, 927 e 884 do Código Civil (CCB/2002), bem como no Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 6º, VI e VIII), propor a presente:

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES

Em face de SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [especificar], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS

O Autor é correntista da instituição financeira Ré, onde mantém conta corrente nº [especificar]. Em [data], o Autor identificou que valores depositados em sua conta corrente foram indevidamente debitados, sem qualquer autorização ou justificativa plausível por parte da Ré.

Após constatar o ocorrido, o Autor tentou resolver a situação de forma administrativa, entrando em contato com a Ré por meio de [especificar: telefone, e-mail, agência bancária, etc.]. Contudo, a Ré não apresentou solução satisfatória, tampouco justificou os débitos realizados.

Diante da ausência de resposta e da retenção indevida dos valores, o Autor sofreu prejuízos financeiros e transtornos, sendo compelido a buscar a tutela jurisdicional para obter a restituição dos valores depositados.

DO DIREITO

A conduta da Ré viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos no CCB/2002, art. 422. Além disso, configura enriquecimento ilícito, vedado pelo CCB/2002, art. 884, uma vez que a Ré reteve valores que não lhe pertencem.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) também é aplicável ao caso, conforme entendimento consolidado pelo STJ (Súmula 297/STJ), uma vez que a relação entre o Autor e a Ré é de consumo. Nesse sentido, o CDC, art. 6º, VI, assegura ao consumidor a efetiva reparação de danos patrimoniais e morais, enquanto o CDC, art. 42, parágrafo único, prevê a restituição em dobro do valor indevidamente cobrado, salvo engano justificável.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de ação de restituição de valores, proposta pelo Autor, A. J. dos S., contra a Ré, SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, em razão de débitos indevidos realizados em sua conta corrente nº [especificar], sem autorização ou justificativa plausível.

O Autor fundamenta seu pedido com base nos artigos 186, 927 e 884 do Código Civil, bem como nos artigos 6º, VI e VIII, e 42 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, alega que a conduta da Ré resultou em prejuízos financeiros e morais, requerendo a restituição dos valores em dobro, danos morais e demais cominações legais.

Da Fundamentação

Dos Fatos

Restou incontroverso nos autos que houve débito em conta corrente do Autor, sem autorização expressa ou justificativa por parte da Ré. A tentativa de solução administrativa por parte do Autor foi infrutífera, evidenciando a necessidade de provocação judicial.

Do Direito

A conduta da Ré, conforme narrada nos autos, viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato (CCB/2002, art. 422), além de configurar enriquecimento ilícito, vedado pelo art. 884 do Código Civil. O artigo 6º, VI, do Código de Defesa do Consumidor assegura ao consumidor o direito à efetiva reparação dos danos patrimoniais e morais, enquanto o art. 42, parágrafo único, prevê a restituição em dobro de valores cobrados indevidamente, salvo engano justificável.

Neste caso, a responsabilidade da Ré é objetiva, à luz do art. 14 do CDC, sendo prescindível a comprovação de culpa para a reparação de danos. A jurisprudência pátria é pacífica no sentido de condenar instituições financeiras à restituição em dobro de valores cobrados indevidamente, a exemplo dos seguintes precedentes:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Pedido de devolução/compensação que comporta deferimento, desde que comprovado o depósito na conta da autora na fase de cumprimento de sentença."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Reconhecimento da inexistência da contratação, com determinação para que o banco réu restitua as parcelas indevidamente descontadas da conta corrente do autor. [...] Restituição em dobro."

Da Conclusão

Diante dos fatos e fundamentos acima expostos, concluo que a conduta da Ré foi indevida, ensejando a restituição dos valores debitados da conta corrente do Autor. Adicionalmente, verifico que não há nos autos qualquer justificativa plausível que afaste a incidência do art. 42, parágrafo único, do CDC, sendo devida a restituição em dobro.

No que tange aos danos morais, entendo que o transtorno causado pela retenção indevida de valores em conta corrente caracteriza abalo à dignidade do Autor, justificando a condenação em valor razoável que atenda ao caráter punitivo e pedagógico da medida.

Do Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal/88, julgo procedente o pedido inicial para:

  1. Condenar a Ré à restituição dos valores indevidamente debitados da conta corrente do Autor, no montante de R$ [especificar], corrigidos monetariamente a partir do evento danoso e acrescidos de juros de mora desde a citação;
  2. Condenar a Ré à devolução em dobro dos valores indevidamente debitados, conforme art. 42, parágrafo único, do CDC;
  3. Condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ [especificar], corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais;
  4. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em [especificar]% do valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Localidade], [Data].

____________________________________

[Nome do Magistrado]

Juiz(a) de Direito


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