Modelo de Ação de Restituição de Valores Pagos em Operação de Cartão de Crédito Consignado com Pedido de Tutela de Urgência e Prioridade de Tramitação
Publicado em: 05/09/2024 CivelConsumidorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU/SE
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DO PROCESSO
G. S., brasileiro, divorciado, aposentado, inscrito no CPF sob o nº 234.816.335-72, portador da carteira de identidade nº 464.277–SSP/SE, residente e domiciliado na Rua José Isídio de Oliveira Filho, nº 329 - Casa A – Bairro Santos Dumont, Aracaju/SE – CEP: 49.087-730, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS EM OPERAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de BANCO BMG S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 61.186.680/0001-74, com sede na Rua Rio de Janeiro, nº 654, Belo Horizonte/MG – CEP: 30.160-041, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
PREÂMBULO
Nos termos do art. 71 da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), o Autor, por ser idoso, requer prioridade na tramitação do presente feito, considerando a sua condição de aposentado e a necessidade de resguardar seus direitos fundamentais.
I. DOS FATOS
O Autor é aposentado e beneficiário do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Em operação de crédito realizada junto à instituição financeira Demandada, foi incluído um contrato de Cartão de Crédito Consignado, identificado pelo nº 17868222318012024.
Desde 01/05/2005, o Réu passou a descontar mensalmente valores do benefício previdenciário do Autor, a título de pagamento mínimo de fatura do referido cartão de crédito. O Autor, no entanto, desconhece o que é uma operação de RMC – Reserva de Margem Consignável, especialmente no formato de cartão de crédito.
Os descontos realizados pela Ré correspondem apenas à parcela mínima da fatura, enquanto o saldo restante é acrescido de encargos abusivos, tornando a dívida impagável. Tal prática configura evidente violação aos princípios da boa-fé e da transparência, previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O Autor deseja a restituição de todos os valores pagos indevidamente em razão dessa operação de crédito.
II. DO DIREITO
O contrato de cartão de crédito consignado, como o firmado entre as partes, deve observar os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, conforme preconiza o CDC, art. 6º, III e IV. Contudo, a conduta do Réu viola tais princípios, ao impor descontos automáticos no benefício previdenciário do Autor sem a devida clareza sobre os termos contratuais.
Ademais, o CDC, art. 42, parágrafo único, prevê a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente, salvo hipótese de engano justificável, o que não se aplica ao caso em tela. A ausência de comprovação de contratação válida pelo Réu reforça a nulidade da relação jurídica.
...