Modelo de Recurso de Apelação para Anulação de Contrato de Cartão de Crédito Consignado

Publicado em: 08/10/2024 Processo CivilConsumidor
Modelo de recurso de apelação para anulação de contrato de cartão de crédito consignado, alegando vício de consentimento, falta de informação adequada e abuso na relação de consumo. Inclui fundamentação legal e constitucional, princípios aplicáveis à relação de consumo e pedidos de reforma da sentença.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 7ª Vara Cível de Aracaju/SE

Processo nº: [número do processo] Número Único: [número único do processo]

Apelante: M. P. de C.
Apelado: Banco BMG S.A.

M. P. DE C., devidamente qualificada nos autos da Ação Requerendo Restituição de Valores Pagos em Operação de Cartão de Crédito Consignado, que move em face do BANCO BMG S.A., por meio de seu advogado que ao final subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 1.009, interpor RECURSO DE APELAÇÃO contra a sentença de fls. __, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I - BREVE SÍNTESE DOS FATOS

A Apelante é beneficiária de pensão por morte previdenciária junto ao INSS e se deparou com descontos em seu benefício referentes ao contrato de cartão de crédito consignado nº 17868222318012024, que ela desconhece ter celebrado. Tais descontos ocorrem desde maio de 2016, sendo que a Apelante jamais autorizou a realização dessa operação.

Em vista disso, a Apelante buscou a tutela jurisdicional para suspender os descontos e obter a devolução em dobro dos valores indevidamente descontados. No entanto, a sentença de primeiro grau julgou improcedentes os pedidos da Apelante, considerando a validade do contrato apresentado pelo Apelado, sem, contudo, observar as questões levantadas pela Apelante quanto à falta de clareza e à abusividade da contratação.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO RECURSO

A sentença merece reforma, pelos seguintes fundamentos:

  1. Nulidade do Contrato por Vício de Consentimento: O contrato de cartão de crédito consignado foi firmado sem a devida clareza e transparência, violando o CDC, art. 6º, III, que garante ao consumidor o direito à informação adequada e clara sobre os produtos e serviços contratados. A Apelante não tinha pleno conhecimento das condições do contrato, sendo induzida a erro quanto à natureza da operação.

  2. Princípio da Hipossuficiência do Consumidor: A Apelante, na condição de consumidora e beneficiária de pensão previdenciária, é parte hipossuficiente na relação contratual, conforme CDC, art. 4º, I. O Apelado, por outro lado, é instituição financeira e deve zelar pela transparência e boa-fé nas contratações, nos termos do CCB/2002, art. 422. No entanto, o contrato foi apresentado à Apelante de"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

A presente apelação visa reformar a sentença de improcedência dos pedidos formulados por Marleide Pereira de Carvalho em face do Banco BMG S.A., referentes à ilegalidade dos descontos realizados no benefício previdenciário da Apelante. A Apelante desconhece a contratação do cartão de crédito consignado e busca a restituição dos valores pagos, bem como a declaração de nulidade do contrato por vício de consentimento.

O contrato apresentado pelo Apelado foi firmado sem a devida clareza e transparência, violando o direito à informação do consumidor, garantido pelo CDC. Além disso, o desconto no benefício previdenciário da Apelante configura prática abusiva, devendo o Apelado ser responsabilizado pela repetição do indébito, nos termos do CDC, art. 42, parágrafo único.

Conceitos e Definições

  • Apelação: Recurso cabível contra sentença que tenha julgado total ou parcialmente o mérito da causa, visando a reforma, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão (CPC/2015, art. 1.009).

  • Vício de Consentimento: Defeito que afeta a manifestação de vontade em um contrato, podendo resultar em sua nulidade ou anulabilidade.

  • Restituição em Dobro: Devolução do valor cobrado indevidamente, em dobro, prevista pelo CDC, art. 42, parágrafo único, como forma de indenização ao consumidor.

Considerações Finais

A Apelante busca a reforma da sentença de primeiro grau, a fim de que sejam reconhecidos os vícios do contrato de cartão de crédito consignado firmado com o Banco BMG S.A. A falta de clareza e a abusividade da contratação violam os direitos da Apelante como consumidora, justificando a declaração de nulidade do contrato e a devolução em dobro dos valores indevidamente descontados.

TÍTULO:
MODELO DE RECURSO DE APELAÇÃO PARA ANULAÇÃO DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO ALEGANDO VÍCIO DE CONSENTIMENTO, FALTA DE INFORMAÇÃO ADEQUADA E ABUSO NA RELAÇÃO DE CONSUMO



1. Introdução

Este recurso de apelação visa à anulação de contrato de cartão de crédito consignado, fundamentando-se na alegação de vício de consentimento, falta de informação adequada e abuso na relação de consumo, conforme prevê o CDC, art. 6º, III. O consumidor foi induzido a contratar um serviço sem a devida clareza quanto às suas condições, o que viola seus direitos fundamentais, garantidos pela CF/88, art. 5º, XXXII e pelo CDC, art. 4º. A sentença de primeiro grau deve ser reformada para restabelecer o equilíbrio na relação contratual.

Legislação:
CDC, art. 6º, III - Direito à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços.
CF/88, art. 5º, XXXII - O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.

Jurisprudência:
Anulação contrato consignado
Defesa consumidor
Contrato consumo informação adequada


2. Recurso de Apelação

O recurso de apelação é o meio processual adequado para impugnar a sentença que não observou os direitos do consumidor em relação à anulação do contrato de cartão de crédito consignado. O recorrente busca demonstrar que houve um claro vício de consentimento no momento da contratação, agravado pela falta de informação adequada sobre os termos do contrato e suas consequências. Além disso, houve abuso de poder econômico, caracterizando uma prática lesiva à boa-fé contratual e ao equilíbrio nas relações de consumo, conforme o CDC, art. 51.

Legislação:
CPC/2015, art. 1.009 - Dispõe sobre a interposição de apelação contra sentenças.
CDC, art. 51 - Estabelece as cláusulas abusivas que podem ser consideradas nulas de pleno direito.

Jurisprudência:
Recurso apelação contrato consumo
Anulação contrato crédito consignado
Apelação consumo


3. Contrato de Cartão de Crédito Consignado

O contrato de cartão de crédito consignado impõe ao consumidor uma modalidade de crédito que, muitas vezes, é oferecida sem a devida transparência quanto aos juros aplicados, taxas e forma de amortização da dívida. Na prática, isso pode configurar abuso na relação de consumo, conforme o CDC, art. 6º, IV, que protege o consumidor de práticas abusivas e desproporcionais. Neste caso, o contrato deve ser anulado, considerando que o consumidor foi induzido ao erro, caracterizando um claro vício de consentimento.

Legislação:
CDC, art. 6º, IV - Proteção contra práticas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.

Jurisprudência:
Contrato cartão consignado abuso
Cartão consignado anulação
Crédito consignado abusividade


4. Vício de Consentimento

O vício de consentimento ocorre quando o consumidor contrata um serviço sem plena ciência das suas implicações, sendo induzido ao erro por falta de informação adequada. No caso de cartão de crédito consignado, é comum que o consumidor seja levado a acreditar que está contratando um empréstimo consignado tradicional, quando na verdade está sujeito a taxas e encargos mais elevados. Essa conduta fere o princípio da transparência e gera o direito à anulação do contrato, conforme o CCB/2002, art. 138.

Legislação:
CCB/2002, art. 138 - Define o erro como vício do negócio jurídico, possibilitando sua anulação.
CDC, art. 6º, III - Garante o direito à informação clara e adequada sobre o produto ou serviço.

Jurisprudência:
Cartão consignado vício consentimento
Anulação contrato vício consentimento
Erro consentimento cartão


5. Restituição em Dobro

Ao constatar o vício de consentimento e a prática abusiva no fornecimento de informações ao consumidor, o recorrente faz jus à restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, conforme o CDC, art. 42, parágrafo único. O entendimento jurisprudencial é claro ao determinar que a devolução de valores deve ocorrer em dobro quando configurado má-fé ou engano por parte do fornecedor de serviços.

Legislação:
CDC, art. 42, parágrafo único - Determina a devolução em dobro de quantias pagas indevidamente, salvo engano justificável.

Jurisprudência:
Restituição em dobro cartão
Restituição crédito consignado
Restituição abuso consumo


6. Direito do Consumidor

A relação de consumo é regida por princípios fundamentais que visam à proteção da parte mais vulnerável no contrato: o consumidor. Neste caso, o cartão de crédito consignado foi oferecido de maneira abusiva, sem a devida transparência, o que caracteriza infração aos direitos do consumidor. O CDC assegura a informação clara, o direito à escolha consciente e a reparação por danos em caso de condutas ilícitas. O contrato deve ser anulado e os valores pagos devem ser devolvidos.

Legislação:
CDC, art. 6º, III - Garante ao consumidor o direito à informação adequada e clara sobre os produtos e serviços.

Jurisprudência:
Defesa consumidor cartão consignado
Contrato anulação consumo
Defesa consumidor abuso crédito


7. Anulação de Contrato

Diante do exposto, requer-se a anulação do contrato de cartão de crédito consignado firmado entre as partes, com base no vício de consentimento e na falta de informação adequada. A relação de consumo deve ser protegida, e o recorrente, restituído integralmente dos valores pagos, além da devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente, conforme preceitua o CDC. A sentença de primeiro grau deve ser reformada para que prevaleça o equilíbrio e a justiça na relação contratual.

Legislação:
CCB/2002, art. 138 - Estabelece o erro como causa de anulação do contrato.

Jurisprudência:
Anulação contrato consignado
Anulação cartão crédito consignado
Contrato consignado abuso consumidor


8. Considerações Finais

Com base nos argumentos apresentados, requer-se a reforma da sentença para anular o contrato de cartão de crédito consignado, garantindo ao consumidor o direito à restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, além da proteção contra práticas abusivas. A falta de informação adequada e o vício de consentimento caracterizam um desequilíbrio na relação de consumo que deve ser reparado, nos termos do CDC e da CF/88.


 


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