Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito e Indenização por Danos Morais por Corte Indevido de Energia Elétrica

Publicado em: 18/04/2024 Consumidor
Modelo de petição inicial para Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais, movida por consumidor contra concessionária de energia elétrica (RGE - Rio Grande Energia S.A.), em razão de corte indevido do fornecimento de energia elétrica por débitos atribuídos a terceiros. O documento aborda os fundamentos jurídicos com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), princípios contratuais e jurisprudências aplicáveis, pleiteando a declaração de inexigibilidade do débito, a religação do serviço e a reparação por danos morais.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___, Estado do Rio Grande do Sul.

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil ___, profissão ___, portador(a) do CPF nº ___, residente e domiciliado(a) na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com escritório profissional situado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de RGE - Rio Grande Energia S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ___, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O autor é consumidor regular dos serviços de fornecimento de energia elétrica prestados pela ré na unidade consumidora localizada no endereço ___, conforme contrato nº ___.

Recentemente, o autor foi surpreendido com o corte de energia elétrica em sua residência, sob a alegação de inadimplência referente a débitos de períodos anteriores à sua ocupação do imóvel, os quais são atribuídos ao antigo inquilino ou proprietário.

Apesar de o autor ter apresentado documentos que comprovam a data de início de sua relação contratual com a ré e a inexistência de débitos em seu nome, a concessionária manteve a interrupção do serviço, causando-lhe transtornos e prejuízos de ordem material e moral.

Tal conduta é abusiva e contrária aos princípios que regem as relações de consumo, configurando-se como prática ilegal e passível de reparação.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços pelos danos causados aos consumidores (CDC, art. 14).

A interrupção do fornecimento de energia elétrica em razão de débitos de terceiros viola o princípio da boa-fé objetiva e o direito do consumidor à continuidade do serviço público essencial, conforme previsto no art. 22 do CDC.

Ademais, a Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 37, §6º) impõe às concessionárias de serviço público a responsabilidade pelos danos que causarem a terceiros, independentemente de culpa, desde que demonstrado o nexo causal entre a conduta e o dano.

No caso em tela, a ré não comprovou a regularidade do débito que motivou o corte de energia, tampouco apresentou justificativa plausível para a interrupção do serviço, descumprindo seu dever de transparência e informação (CDC, art. 6º, III).

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S. em face de RGE - Rio Grande Energia S.A.. O autor alega que a ré, de forma indevida, cortou o fornecimento de energia elétrica na unidade consumidora localizada em seu endereço, atribuindo-lhe débitos relativos a períodos anteriores à sua ocupação do imóvel. Requer a declaração de inexigibilidade dos débitos, a religação do serviço e a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais. A ré, devidamente citada, apresentou contestação, sustentando a regularidade de seus atos.

II. Fundamentação

A controvérsia recai sobre a legalidade da interrupção do fornecimento de energia elétrica pela ré, em razão de débitos atribuídos a terceiros, anteriores à relação contratual existente entre as partes.

1. Dos Fatos

Observa-se que o autor apresentou documentos que comprovam a data de início de sua relação contratual com a ré, bem como a inexistência de débitos em seu nome. A ré, por sua vez, não se desincumbiu do ônus de demonstrar a regularidade do débito que motivou a interrupção do fornecimento de energia.

2. Do Direito Aplicável

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nos termos do art. 22 do CDC, os fornecedores de serviços essenciais não podem interrompê-los sem justa causa, devendo garantir sua continuidade. Além disso, o art. 14 do CDC consagra a responsabilidade objetiva pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa, desde que existente o nexo causal.

A Constituição Federal de 1988, no art. 37, §6º, impõe às concessionárias de serviço público a responsabilidade pelos danos causados a terceiros. Ademais, a interrupção do fornecimento de energia elétrica em razão de débitos de terceiros viola os princípios da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, ambos protegidos pela CF/88.

3. Da Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica em reconhecer a inexigibilidade de débitos de terceiros e a ilicitude de cortes indevidos de serviços essenciais. Cito como precedentes os seguintes julgados:

  • TJSP (31ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Cobrança indevida de consumo de energia elétrica e inscrição no cadastro de inadimplentes geram o dever de indenizar por dano moral."
  • TJSP (30ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Suspensão indevida de fornecimento de energia. Danos morais configurados."

4. Do Dano Moral

A interrupção indevida de energia elétrica em uma residência ultrapassa o mero aborrecimento, atingindo a dignidade do consumidor e causando-lhe prejuízos notórios. No presente caso, o autor teve sua rotina gravemente prejudicada, configurando-se o dano moral.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Declarar a inexigibilidade dos débitos atribuídos ao antigo inquilino ou proprietário do imóvel;
  2. Determinar a imediata religação do fornecimento de energia elétrica na unidade consumidora do autor;
  3. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir desta decisão;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade, ___ de ___ de 20__.

__________________________________________

Magistrado(a)


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