Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito com Indenização por Danos Morais e Pedido de Tutela Antecipada contra Concessionária de Água

Publicado em: 07/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial de ação declaratória de inexigibilidade parcial de débito, cumulada com pedido de indenização por danos morais e tutela antecipada, proposta por consumidor contra concessionária de água. O autor busca a revisão de cobranças abusivas e incompatíveis com a média de consumo, baseando-se no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal. A ação também requer refaturação das contas e a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais devido à conduta abusiva e ameaça de corte de fornecimento do serviço essencial.

PETIÇÃO INICIAL

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [CIDADE/UF]

[NOME COMPLETO DO AUTOR], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [XXX.XXX.XXX-XX] e do RG nº [XX.XXX.XXX-X], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na [endereço do advogado], onde recebe intimações e notificações, vem, com fulcro no CPC/2015, art. 319 e na Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face de [NOME DA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [XX.XXX.XXX/0001-XX], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é consumidor dos serviços de fornecimento de água prestados pela Ré, sendo responsável pela unidade consumidora localizada no endereço supracitado.

Ocorre que, a partir do mês de [mês/ano], o Autor passou a receber faturas de consumo de água com valores exorbitantes e incompatíveis com a média histórica de consumo da residência, que sempre girou em torno de R$ [valor médio], mas que, de forma abrupta, passou a ser cobrada em valores superiores a R$ [valor excessivo], sem qualquer justificativa plausível.

O Autor, diligentemente, entrou em contato com a Ré, solicitando esclarecimentos e revisão das cobranças, inclusive com registro de protocolos de atendimento, os quais não foram solucionados de forma satisfatória. Mesmo após a visita de técnico da concessionária, não foi constatado qualquer vazamento ou anormalidade no imóvel.

Além disso, o Autor realizou vistoria particular, que também não identificou qualquer irregularidade nas instalações hidráulicas. Ainda assim, a Ré manteve a cobrança dos valores abusivos, ameaçando inclusive o corte do fornecimento de água, serviço essencial à dignidade da pessoa humana, conforme preceitua a CF/88, art. 1º, III e CF/88, art. 6º.

O Autor, portanto, se vê compelido a buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecida a inexigibilidade parcial do débito, com a consequente refaturação das contas com base na média de consumo anterior, bem como a indenização por danos morais decorrentes da conduta abusiva da Ré.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é de consumo, sendo o Autor destinatário final do serviço prestado pela Ré, concessionária de serviço público essencial, o que atrai a incidência da Lei 8.078/1990, art. 2º e Lei 8.078/1990, art. 3º.

A Lei 8.078/1990, art. 14 dispõe que o fornecedor responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

O aumento abrupto e injustificado do valor da fatura caracteriza vício na prestação do serviço, impondo-se a revisão das cobranças com base na média de consumo dos 12 meses anteriores, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

Ademais, a conduta da Ré violou os princípios da boa-fé objetiva<"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexigibilidade de débito c/c indenização por danos morais e pedido de tutela antecipada, proposta por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face de [NOME DA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA]. O autor aponta cobrança abusiva em suas contas de fornecimento de água, sem justificativa plausível, e requer a revisão das cobranças com base na média de consumo anterior, além da indenização por danos morais.

Os documentos anexados aos autos demonstram que o aumento no valor das faturas não foi acompanhado de qualquer explicação técnica ou administrativa satisfatória por parte da ré, que, inclusive, ameaçou o corte do fornecimento de água, serviço essencial à dignidade da pessoa humana.

Voto

Senhor Presidente, passo à análise do mérito, conforme disposto na CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais.

1. Do Direito Aplicável

A relação jurídica entre o autor e a ré é regulada pelo Código de Defesa do Consumidor ( Lei 8.078/1990), sendo o autor destinatário final do serviço prestado pela ré. Nos termos do CDC, art. 14, a concessionária responde, independentemente de culpa, pelos danos causados ao consumidor por defeitos na prestação do serviço.

A cobrança de valores exorbitantes, sem justificativa plausível ou erro comprovado, caracteriza vício na prestação do serviço, infringindo os princípios da boa-fé objetiva e da transparência (Lei 8.078/1990, art. 6º, III), bem como o princípio do equilíbrio contratual.

Ademais, a ameaça de corte no fornecimento de água, serviço essencial, viola a CF/88, art. 1º, III, e a CF/88, art. 6º, que asseguram a dignidade da pessoa humana e o direito social ao bem-estar mínimo.

2. Da Análise dos Fatos

Os elementos probatórios juntados aos autos indicam que o autor sempre manteve um histórico de consumo compatível, não havendo qualquer indício de vazamento ou irregularidades nas instalações hidráulicas de sua residência, conforme laudo técnico particular e vistoria da concessionária anexados aos autos.

A ré, por sua vez, limitou-se a manter as cobranças, sem apresentar justificativa técnica ou administrativa plausível para o aumento abrupto das faturas. Tal conduta caracteriza descumprimento do dever de informação previsto no CDC, art. 6º, III, e impõe a revisão das cobranças com base na média de consumo dos últimos 12 meses.

3. Do Dano Moral

A conduta da ré, ao cobrar de forma abusiva e ameaçar a suspensão de fornecimento de um serviço essencial, ultrapassa os meros dissabores do cotidiano. O autor sofreu abalo psicológico e angústia, configurando o dano moral passível de reparação, conforme entendimento consolidado pelo STJ.

Com base nos precedentes apresentados, entendo que o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) é adequado e proporcional para a compensação dos danos morais sofridos pelo autor.

4. Da Tutela Antecipada

Os requisitos do CPC/2015, art. 300 estão presentes, uma vez que há elementos que evidenciam a probabilidade do direito do autor e o perigo de dano iminente, caso o fornecimento de água seja suspenso. Assim, entendo que a tutela antecipada deve ser concedida para determinar que a ré se abstenha de suspender o fornecimento de água até decisão final.

5. Conclusão

Ante o exposto, conheço do recurso interposto e voto para DAR PROVIMENTO AO PEDIDO, nos seguintes termos:

  • Declarar a inexigibilidade parcial do débito referente às faturas de água com valores exorbitantes;
  • Determinar a refaturação das contas com base na média de consumo dos 12 meses anteriores;
  • Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do arbitramento e acrescidos de juros de mora a partir da citação;
  • Determinar que a ré se abstenha de suspender o fornecimento de água ao autor até decisão final;
  • Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Decisão

Por unanimidade, voto pelo provimento do pedido, nos termos acima expostos.

[Local], [Data]

[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz de Direito


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