Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito e Indenização por Danos Morais Contra Instituição Bancária por Cobrança Indevida

Publicado em: 11/06/2024 Consumidor
Propositura de ação judicial por consumidor contra instituição bancária visando a declaração de inexistência de débito referente a cartão de crédito não contratado, com pedido de indenização por danos morais e repetição do indébito em dobro. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor, alegando práticas abusivas como cobrança indevida e imposição de serviços não contratados (venda casada). Inclui análise jurídica, jurisprudência e pedidos de condenação do réu por danos materiais e morais.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

A. J. dos S., nacionalidade, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Banco XYZ S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor foi surpreendido ao receber uma cobrança referente a um cartão de crédito que jamais contratou, sendo que, além disso, foi incluído em cadastros de inadimplentes sem qualquer justificativa plausível. Tal situação configura evidente prática abusiva por parte do Réu, que, ao realizar a cobrança indevida, infringiu os direitos do consumidor.

Ademais, o Autor constatou que a cobrança incluía valores referentes a taxas de manutenção do cartão e seguros que jamais foram contratados, configurando prática de venda casada, vedada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Apesar de ter tentado resolver a questão administrativamente, o Réu manteve-se inerte, o que levou o Autor a buscar a tutela jurisdicional para ver declarada a inexistência do débito, bem como para ser indenizado pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo o Autor consumidor e o Réu fornecedor de serviços, conforme os arts. 2º e 3º do CDC. Assim, aplicam-se ao caso os princípios da boa-fé objetiva e da vulnerabilidade do consumidor.

A prática de cobrança por serviços não contratados viola o art. 39, III, do CDC, que proíbe o fornecedor de exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva. Além disso, a prática de venda casada, configurada pela imposição de taxas e seguros não contratados, é expressamente vedada pelo art. 39, I, do CDC.

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RELATÓRIO

Trata-se de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito c/c Indenização por Danos Morais, proposta por A. J. dos S., em face do Banco XYZ S/A. O autor alega que foi surpreendido com a cobrança de um cartão de crédito que jamais contratou, além de ter sido incluído em cadastros de inadimplentes sem justificativa. Requer a declaração de inexistência do débito, a repetição do indébito em dobro e a condenação do réu em danos morais.

O réu, regularmente citado, apresentou contestação, argumentando que não houve irregularidade na cobrança e que o autor, em algum momento, teria consentido com a contratação dos serviços. Após o término da instrução processual, os autos foram conclusos para julgamento.

FUNDAMENTAÇÃO

1. Da Inexistência de Débito

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme os arts. 2º e 3º deste diploma legal. A prática de cobrança por serviços não contratados afronta o art. 39, III, do CDC, que proíbe o fornecedor de exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva. Além disso, a imposição de taxas e seguros não contratados caracteriza a prática de venda casada, vedada pelo art. 39, I, do CDC.

A análise dos autos demonstra que o réu não apresentou provas documentais suficientes para comprovar a celebração válida do contrato, tampouco para justificar a cobrança realizada. Dessa forma, resta configurada a inexistência de débito, devendo ser declarada nos termos do pedido inicial.

2. Dos Danos Morais

A inscrição indevida do nome do autor em cadastros de inadimplentes configura dano moral in re ipsa, ou seja, prescinde de prova do abalo psíquico sofrido, bastando a demonstração do ato ilícito. Tal entendimento está consolidado na jurisprudência, sendo aplicado em casos similares.

No caso em tela, restou caracterizada a falha na prestação do serviço por parte do réu, com cobrança indevida e consequente negativação do nome do autor. Assim, faz-se necessária a reparação moral, em valor a ser arbitrado de forma proporcional à gravidade da conduta e aos danos sofridos.

3. Da Repetição do Indébito

O art. 42, parágrafo único, do CDC, prevê que o consumidor cobrado em quantia indevida faz jus à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou, salvo hipótese de engano justificável. No caso, não há nos autos qualquer justificativa razoável para a cobrança realizada, razão pela qual é devida a repetição do indébito em dobro, conforme requerido.

JULGAMENTO

Com base na análise dos fatos e fundamentos jurídicos acima expostos, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo PROCEDENTE a ação para:

  1. Declarar a inexistência do débito referente ao cartão de crédito e às taxas cobradas;
  2. Condenar o réu a pagar ao autor a quantia de R$ __________, a título de indenização por danos morais, em valor a ser corrigido monetariamente desde a data da sentença, acrescido de juros de mora de 1% ao mês, a contar da citação;
  3. Determinar a repetição do indébito em dobro, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC, com correção monetária e juros legais;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, e por tudo mais que consta nos autos, JULGO PROCEDENTE a presente ação, extinguindo o processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

________________________________
Magistrado
Juiz de Direito


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