Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito c/c Devolução em Dobro e Danos Morais

Publicado em: 16/09/2024 CivelConsumidor
Modelo de petição inicial para ação declaratória de inexigibilidade de débito, devolução em dobro e danos morais, referente a descontos indevidos sobre aposentadoria por renegociação de empréstimo não solicitada.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/Estado]

Requerente: [Nome Completo da Requerente], nacionalidade, estado civil, aposentada, inscrita no CPF sob o nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada à [endereço completo].
Requerido: [Nome da Instituição Financeira], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo].

Valor da Causa: R$ [valor da causa]

[Nome do Advogado], advogado constituído pela Requerente, conforme instrumento procuratório em anexo, inscrito na OAB/UF sob o nº [número], com endereço profissional à [endereço do escritório], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 784, I, Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), e demais disposições legais aplicáveis, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO EM DOBRO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de [Nome da Instituição Financeira], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

I. Dos Fatos

A Requerente, aposentada pelo INSS, nunca solicitou qualquer tipo de renegociação de empréstimo junto à Requerida. No entanto, desde o ano de 2021, a Requerente percebeu que sua aposentadoria vinha sofrendo descontos mensais, referentes a um suposto empréstimo renegociado, o qual nunca foi solicitado, muito menos houve assinatura de contrato ou qualquer tipo de aceitação formal por parte da Requerente.

Diante de sua surpresa, a Requerente entrou em contato com a Requerida para questionar a origem dos descontos e foi informada de que o empréstimo havia sido renegociado. Todavia, a Requerente jamais foi informada ou consultada acerca dessa renegociação, tampouco firmou qualquer contrato autorizando a alteração das condições do empréstimo original.

Em razão da conduta abusiva da Requerida, a Requerente busca a declaração de inexigibilidade do débito relativo à renegociação não solicitada, a devolução em dobro dos valores descontados indevidamente de sua aposentadoria e a compensação pelos danos morais sofridos, em razão da cobrança indevida e do transtorno causado.

II. Do Direito

A conduta da Requerida viola expressamente os direitos da Requerente enquanto consumidora, conforme dispõe o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990, art. 39, III e V), que veda o fornecimento de produtos ou serviços sem solicitação prévia, bem como a prática de conduta abusiva em relação ao consumidor.

1. Da Inexigibilidade do Débito

Nos termos do CCB/2002, art. 104, um contrato somente é válido se houver a manifestação de vontade "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

A Requerente, aposentada, teve seu benefício previdenciário descontado indevidamente pela Requerida, referente a uma renegociação de empréstimo que jamais solicitou ou autorizou. A ação tem como objetivo a declaração de inexigibilidade do débito, a devolução em dobro dos valores descontados e a reparação pelos danos morais sofridos, em razão da conduta abusiva da instituição financeira.


Conceitos e Definições

  1. Inexigibilidade de Débito: Situação em que não há fundamento jurídico para a cobrança de uma dívida, tornando-a juridicamente inexigível.

  2. Repetição de Indébito: Restituição ao consumidor de valores pagos indevidamente, que pode ser feita de forma dobrada, em caso de má-fé do credor, conforme o CDC, art. 42, parágrafo único.

  3. Danos Morais: Compensação financeira pelo sofrimento psicológico ou emocional causado por condutas abusivas ou ilegais.


Considerações Finais

A presente ação visa proteger os direitos da Requerente, que foi vítima de cobranças indevidas e abusivas por parte da instituição financeira. A prática de renegociação de empréstimos sem autorização, seguida de descontos em aposentadoria, viola direitos fundamentais e gera tanto danos materiais quanto morais ao consumidor, que devem ser devidamente reparados.

TÍTULO:
MODELO DE PETIÇÃO INICIAL PARA AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO, DEVOLUÇÃO EM DOBRO E DANOS MORAIS REFERENTE A DESCONTOS INDEVIDOS SOBRE APOSENTADORIA POR RENEGOCIAÇÃO DE EMPRÉSTIMO NÃO SOLICITADA


1. Introdução

A ação declaratória de inexigibilidade de débito visa proteger o consumidor aposentado de cobranças indevidas decorrentes de renegociação de empréstimo não solicitada. É uma medida destinada a corrigir falhas de conduta por parte de instituições financeiras, que agem de maneira abusiva ao aplicar descontos indevidos sobre o benefício previdenciário de aposentados. Tal prática fere o direito do consumidor e impõe severas consequências financeiras e emocionais ao beneficiário.

Legislação:

CDC, art. 39 - Proibição de práticas abusivas.

CCB/2002, art. 187 - Abuso de direito.

Jurisprudência:

Inexigibilidade de Débito

Cobrança Indevida


2. Inexigibilidade de Débito

A inexigibilidade de débito ocorre quando o consumidor é indevidamente cobrado por uma dívida que não reconhece ou não deve. No presente caso, o aposentado é submetido a descontos automáticos em seu benefício previdenciário, sem qualquer consentimento ou solicitação de renegociação de empréstimo. Esta situação fere os princípios basilares do Código de Defesa do Consumidor, especialmente a boa-fé objetiva.

Legislação:

CDC, art. 6º, IV - Direito à proteção contra práticas abusivas.

CCB/2002, art. 422 - Princípio da boa-fé.

Jurisprudência:

Inexigibilidade de Débito

Direito do Consumidor


3. Repetição de Indébito

A repetição de indébito é o direito que o consumidor possui de receber de volta os valores pagos indevidamente, em dobro, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor. No caso de descontos não autorizados sobre a aposentadoria, a instituição financeira deve restituir ao aposentado o valor cobrado de forma duplicada, além dos acréscimos legais.

Legislação:

CDC, art. 42, parágrafo único - Repetição de indébito em dobro.

CCB/2002, art. 876 - Devolução de pagamento indevido.

Jurisprudência:

Repetição de Indébito

Cobrança Indevida


4. Danos Morais

Os danos morais são configurados pela conduta abusiva da instituição financeira ao impor descontos indevidos no benefício previdenciário do autor. A falha na prestação de serviço, além de causar prejuízos financeiros, também afeta o bem-estar emocional do aposentado, que depende desses valores para sua subsistência. Tal situação configura violação dos direitos da personalidade.

Legislação:

CCB/2002, art. 186 - Responsabilidade civil por ato ilícito.

CDC, art. 14 - Responsabilidade do fornecedor de serviços.

Jurisprudência:

Danos Morais

Responsabilidade Civil


5. Renegociação de Empréstimo

A renegociação de empréstimo não solicitada é uma prática abusiva comum, especialmente em relação a consumidores vulneráveis, como aposentados. Ocorre quando uma instituição financeira altera as condições de um contrato de empréstimo sem a devida autorização do consumidor, gerando descontos indevidos diretamente no benefício previdenciário. Tal conduta deve ser reprimida, sendo exigível a reparação pelos danos causados.

Legislação:

CDC, art. 39, III - Proibição de prática abusiva ao modificar unilateralmente o contrato.

CCB/2002, art. 421 - Princípio da autonomia da vontade.

Jurisprudência:

Renegociação de Empréstimo

Contrato Bancário


6. Desconto Indevido

O desconto indevido de valores diretamente sobre a aposentadoria do consumidor, sem sua autorização, configura prática abusiva, sujeita à devolução em dobro e à reparação dos danos morais. Além disso, é uma violação do direito à dignidade da pessoa humana, previsto pela Constituição Federal, já que compromete a subsistência do aposentado.

Legislação:

CDC, art. 42, parágrafo único - Devolução em dobro do valor cobrado indevidamente.

CF/88, art. 5º, X - Proteção à honra e à imagem das pessoas.

Jurisprudência:

Desconto Indevido

Devolução em Dobro


7. Ação Contra Banco

A ação contra banco é um mecanismo jurídico utilizado pelos consumidores para proteger-se de práticas abusivas cometidas por instituições financeiras. No caso de descontos indevidos, o banco é o responsável pela violação dos direitos do consumidor e deve ser acionado judicialmente para a reparação dos danos materiais e morais causados.

Legislação:

CDC, art. 14 - Responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços.

CCB/2002, art. 927 - Responsabilidade civil por danos.

Jurisprudência:

Ação Contra Banco

Responsabilidade Civil de Banco


8. Direito do Consumidor

O direito do consumidor é amplamente protegido pelo Código de Defesa do Consumidor, que veda práticas abusivas e impõe responsabilidade objetiva às instituições financeiras. O consumidor aposentado, vulnerável perante essas instituições, deve ter seus direitos garantidos e protegidos contra cobranças indevidas e práticas de renegociações não solicitadas.

Legislação:

CDC, art. 6º, IV - Proteção contra práticas abusivas.

CDC, art. 39, V - Proibição de exigência de vantagem manifestamente excessiva.

Jurisprudência:

Direito do Consumidor

Práticas Abusivas


9. Aposentadoria

Os valores recebidos a título de aposentadoria são destinados à subsistência do aposentado, e qualquer desconto indevido ou cobrança não autorizada constitui grave violação dos direitos da pessoa idosa. Além de comprometer sua dignidade, tais práticas violam a proteção legal oferecida aos benefícios previdenciários.

Legislação:

Lei 8.213/1991, art. 115 - Descontos permitidos sobre o benefício previdenciário.

Lei 10.741/2003, art. 102 - Proteção dos direitos dos idosos.

Jurisprudência:

Desconto Indevido em Aposentadoria

Proteção dos Direitos dos Idosos


10. Considerações Finais

A petição inicial para ação declaratória de inexigibilidade de débito, devolução em dobro e danos morais se fundamenta nos direitos básicos do consumidor e do idoso, que não podem ser prejudicados por práticas abusivas cometidas por instituições financeiras. A justiça deve proteger o aposentado contra tais atos, promovendo a reparação integral dos danos causados, tanto materiais quanto morais, e a devolução em dobro dos valores indevidamente descontados.


 

 


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