Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito com Repetição de Indébito e Danos Morais por Fraude em Cartão de Crédito

Publicado em: 11/03/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais, proposta por consumidor contra instituição financeira devido à falha na segurança e bloqueio de cartão de crédito furtado, que resultou em transações fraudulentas. A ação fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), destacando a responsabilidade objetiva da instituição por fortuito interno, a negativação indevida do autor em cadastro de inadimplentes, e a consequente reparação moral e material solicitada.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

[NOME COMPLETO DO AUTOR], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, com endereço profissional à [endereço completo do advogado], endereço eletrônico [e-mail do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é titular de um cartão de crédito emitido pela Ré, utilizado regularmente para suas transações financeiras. No entanto, no dia [data], o Autor teve seu cartão de crédito furtado, fato imediatamente comunicado à Ré, com o devido registro de boletim de ocorrência.

Apesar da comunicação tempestiva, a Ré não bloqueou o cartão de forma eficaz, permitindo que terceiros realizassem diversas transações fraudulentas, totalizando o valor de R$ [valor]. Tais operações jamais foram realizadas ou autorizadas pelo Autor.

Mesmo após a contestação formal das cobranças, a Ré manteve a exigência do pagamento, incluindo o nome do Autor em cadastros de inadimplentes, causando-lhe abalo moral e prejuízos financeiros.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez que o Autor se enquadra como consumidor e a Ré como fornecedora de serviços (CDC, art. 2º e art. 3º). Assim, a responsabilidade da Ré é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, respondendo pelos danos causados ao consumidor em razão de falha na prestação do serviço.

A falha na segurança do sistema da Ré caracteriza fortuito interno, o que não exclui sua responsabilidade pelos prejuízos sofridos pelo Autor. Conforme entendimento consolidado, as instituições financeiras devem garantir a segurança das operações realizadas por seus clientes, sendo responsáveis pelos danos decorrentes de fraudes e delitos praticados por terceiros.

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito c/c Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais proposta por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], pessoa jurídica de direito privado. Alega o Autor que, após o furto de seu cartão de crédito e comunicação tempestiva à Ré, esta falhou em bloquear o cartão, permitindo transações fraudulentas que ensejaram cobranças indevidas e a negativação de seu nome em cadastros de inadimplentes.

Voto

Passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados nos autos. A presente matéria exige uma interpretação hermenêutica entre os fatos narrados e os dispositivos constitucionais e legais aplicáveis, à luz do princípio do devido processo legal e da proteção ao consumidor consagrada no ordenamento jurídico brasileiro.

Dos Fatos e do Direito Aplicável

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), aplicável em razão da inequívoca relação de consumo existente (arts. 2º e 3º do CDC). A responsabilidade da Ré é objetiva, conforme dispõe o art. 14 do CDC, respondendo pelos danos causados ao Autor em razão da falha na prestação do serviço, aqui materializada pela omissão no bloqueio do cartão furtado e pela manutenção de cobranças indevidas.

A falha na segurança do sistema da Ré configura fortuito interno, que, conforme entendimento consolidado da jurisprudência pátria, não exclui a responsabilidade do fornecedor de serviços. Ademais, a inscrição indevida do nome do Autor nos cadastros de inadimplentes configura dano moral in re ipsa, bastando o ato ilícito para presumir o abalo moral sofrido, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC.

O direito à repetição do indébito em dobro também é assegurado pelo art. 42 do CDC, diante da cobrança indevida de valores que jamais foram autorizados ou realizados pelo Autor. A conduta da Ré, portanto, enseja sua condenação à reparação integral dos danos materiais e morais sofridos pelo Autor.

Fundamentação Constitucional e Legal

O art. 5º, inciso XXXII, da Constituição Federal de 1988, determina que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. A proteção ao consumidor é, portanto, um direito fundamental e uma cláusula pétrea do ordenamento jurídico brasileiro. No caso em análise, a falha na prestação do serviço pela Ré viola o direito à segurança e à dignidade do consumidor.

Ademais, o art. 93, inciso IX, da Constituição Federal exige que as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, interpreto os fatos à luz dos dispositivos legais e constitucionais aplicáveis, conforme explicitado acima.

Jurisprudência Aplicada

Cito, para reforçar o entendimento aqui apresentado, os seguintes precedentes:

  • TJSP (12ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.\"
  • TJSP (12ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso.\"
  • TJSP (12ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"O reconhecimento de inexistência do débito relacionado às operações impugnadas era mesmo medida que se impunha.\"

Decisão

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  1. Declarar a inexigibilidade dos débitos oriundos das transações fraudulentas realizadas com o cartão de crédito furtado;
  2. Condenar a Ré à repetição do indébito em dobro, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC;
  3. Condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir desta decisão;
  4. Determinar a exclusão imediata do nome do Autor dos cadastros de inadimplentes;
  5. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o valor da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

[Localidade], [Data]

__________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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